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HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
APAV ajudou mais de 5.600 idosos
vítimas de crime nos últimos quatro anos
Mais de 5.600 pessoas idosas foram
vítimas de crime e de violência nos últimos quatro anos, segundo a
Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, sobretudo mulheres agredidas
pelos filhos, que viveram nesta situação entre dois a seis anos.
Dados
da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), quando se assinala o
Dia Internacional da Pessoa Idosa, revelam que entre 2013 e 2017, a
associação ajudou 5.683 pessoas idosas, em que a maioria (4.556) foi
vítima de crimes e de violência.
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No
total dos 10.740 crimes associados a estas 5.683 pessoas, 8.561 foram
relativos a violência doméstica, seguido de crimes contra pessoas
(1.595), crimes contra o património (515), crimes contra a vida em
sociedade e o Estado (40), outras formas de violência (26) e crimes
rodoviários (3).
No
total das 4.556 pessoas idosas vítimas de crime e de violência, 3.619
eram mulheres e 937 eram homens, em 37,4% dos casos eram pai/mãe do
agressor, e em 27,6% cônjuge.
Cerca
de 28% tinha entre 65 e 69 anos, em 42% dos casos eram casadas e
pertenciam a um tipo de família nuclear com filhos (30,5%).
Estas
pessoas sofreram de vitimação continuada (79%) e em 12% dos casos
viveram nesta situação entre dois a seis anos, com as agressões a
ocorrerem sobretudo (53,3%) na residência comum e em 28,8% na residência
da vítima.
Nestes
quatro anos, a APAV contabilizou mais agressores do que vítimas, com os
primeiros a chegarem aos 4.771, na maior parte dos casos (3.259), do
sexo masculino e com idades compreendidas entre os 65 e os 74 anos.
Outro
dos problemas ligado aos mais velhos é a solidão, havendo, em Portugal,
mais de 400 mil pessoas que vivem sozinhas, o que acarreta mais riscos
no que diz respeito à sua saúde física e psicológica.
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Numa
carta enviada ao Governo, a Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP)
alerta para o terço da população portuguesa que será idosa em 2050 e
para o quase um milhão que terá mais de 80 anos, apontando que as
doenças mais comuns associadas à solidão são a hipertensão arterial, as
infeções repetidas, a ansiedade, a depressão e as demências.
Nessa
mesma carta, a OPP mostra-se disponível para colaborar com o Governo no
sentido de combater “este difícil desafio demográfico”, defendendo que a
“promoção de processos de envelhecimento ativo e saudável traduzir-se-á
em mais saúde e menos doença no futuro”.
“Nesse
sentido, urge promover e dar oportunidade a que as pessoas tenham mais
conhecimento e literacia em saúde. Urge promover e dar oportunidade a
que as pessoas construam hábitos de vida mais saudáveis”, defende a OPP.
“Urge
promover e dar oportunidade a que as pessoas desenvolvam competências
pessoais e sociais que melhor as preparem para as crises que enfrentarão
no seu processo de envelhecimento e lhes permitam mais realização
pessoal, mais bem-estar e mais qualidade de vida”, acrescenta.
Na
carta enviada ao Governo, a OPP defende ainda a necessidade de promover
uma agenda para a prevenção e desenvolvimento das pessoas.
* Se o mundo fosse bom organizações como a APAV seriam desnecessárias, por isso desejamos agradecidos que os seus voluntários continuem no exercício solidário de apoio aos mais frágeis.
Contribuamos com um pequeno donativo regular para aumentar a capacidade de intervenção da APAV.
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