30/10/2018

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HOJE NO
"DINHEIRO VIVO"
Aumento dos preços nos centros históricos de Lisboa e Porto
chega aos 40%

A freguesia de Santo António, em Lisboa, continua a ser a mais cara do país.

Casas de luxo e preços a condizer. Nos centros históricos de Lisboa e Porto, preço do metro quadrado está cada vez menos acessível a todas as carteiras. Os dados revelados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que no centro da capital, a mediana de preços é de 2753 euros por metro quadrado.
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Ou seja, uma casa de 100 metros quadrados em Lisboa já custa mais de 270 mil euros. No espaço de 12 meses este valor aumentou mais de 23%.

No Porto o cenário é semelhante, apesar dos preços mais baixos. Uma casa no centro da Invicta custava em mediana, no segundo trimestre de 2018, 1460 euros por metro quadrado, ou mais 24,7% do que em meados de 2017.

Uma ronda pelas freguesias das duas cidades mostra que há zonas onde os preços são muito superiores aos da mediana. Em Lisboa, Santo António continua a ocupar o primeiro lugar do pódio das freguesias mais caras do país.

Se no primeiro trimestre deste ano tinha sido notícia por ter ultrapassado pela primeira vez a fasquia dos quatro mil euros por metro quadrado, na segunda análise trimestral de 2018 consolidou esse valor.

O metro quadrado na zona da capital que rodeia a Avenida da Liberdade está nos 4105 euros, mais 24,6% do que há um ano.
Mas em Lisboa houve aumentos de preços mais expressivos no mesmo período. Nas Avenidas Novas e em Campolide o valor do metro quadrado aumentou 37% face a meados de 2017. Nas Avenidas já ultrapassa os 3300 euros e em Campolide ronda os 2600 euros. Já a freguesia mais cara a seguir a Santo António continua a ser a vizinha Misericórdia, onde o metro quadrado custa 3894 euros.

Houve apenas uma freguesia onde, à semelhança do que já tinha acontecido no trimestre anterior, os preços caíram. Foi em Marvila, onde o metro quadrado no segundo trimestre de 2018 passou a custar 1543 euros, menos 6,5% do que há um ano.

Na cidade do Porto o aumento de preços menos expressivo foi de 14% e teve lugar na freguesia de Campanhã, a única do município onde o preço mediano se mantém abaixo dos mil euros (897 euros). Já na União das freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória, o aumento dos preços voltou a ultrapassar os 40%, tal como já tinha acontecido no primeiro trimestre.

Desta vez o valor do metro quadrado subiu 43,7% para 1777 euros. A freguesia mais cara do Porto continua a ser União das freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde. Com um aumento dos preços de 22,9% no segundo trimestre, o metro quadrado passou a situar-se nos 2142 euros.

* É muita fumaça, os preços são voláteis à espera de caçar incautos.

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