01/10/2018

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HOJE NO 
"OBSERVADOR"
Maria sofre abusos sexuais 
durante o horário de visitas

Mulher estava internada depois de ter despertado de um coma quando terá sido vítima de abusos sexuais no quarto. Suspeito tinha mantido relação de cinco anos com a vítima e está em liberdade.

Uma mulher de 59 anos terá sido violada enquanto estava internada na unidade de Neurologia do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, em pleno horário de visitas. O suspeito é um homem com o qual tinha tido uma relação amorosa há quatro anos — e que durou cinco.
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O episódio não foi confirmado ao Observador pelo Hospital de Santa Maria, mas foi relatado à TVI pela filha da vítima. A mulher estava internada no serviço de Neurologia há apenas um dia, depois de ter despertado de um coma, e foi nessa altura que terão acontecido os abusos. “Ela teve falta de ar e meteram-na em coma induzido para poder respirar, pelo ventilador. Na sexta-feira ligaram-me a dizer que ela tinha acordado e, nesse mesmo dia, foi passada para o piso 7. No dia seguinte, aconteceu o que aconteceu”, relata.

A mulher estava no quarto, com mais três pacientes, todos separados por cortinas. Foi outra doente que se apercebeu do sucedido. “As cortinas estavam fechadas, mas ouviram a minha mãe tentar gritar — neste caso a gemer, porque ela não consegue gritar. A senhora deu um toque na cortina e, supostamente, viu o homem em cima dela. Ela tinha o peito destapado e ele estava lá com a boca. Fez questão de tapar a cara com um chapéu”, contou, na mesma entrevista à TVI.

Só depois de o homem sair é que a testemunha terá chamado a segurança do hospital. Segundo o relato da filha, o estado de saúde da mãe não a terá permitido defender-se e provavelmente “nem se apercebeu do que aconteceu”. A filha revela também não saber se a violação foi consumada, mas adianta que a fralda que a mulher usava “foi remexida”. Conta ainda que chegou a cruzar-se com o homem no hospital, tendo-o mesmo confrontado com as razões pelas quais ali estava. “Respondeu-me : ‘O que achas que estou aqui a fazer?'”, revela a filha, que assegura que o homem com quem a mãe teve uma relação de cinco anos estava alcoolizado. “Dava para ver na cara dele e sentia-se o cheiro a álcool”.

Os problemas com a bebida não eram, aliás, novidade. Segundo conta a filha da vítima, o suspeito “tinha problemas com o vinho, mas não era agressivo”. “Não houve nenhuma agressão à minha mãe. Dizia as suas porcarias, às vezes batia nas paredes e depois ia dormir”, conta.

O estado do suspeito é uma das razões pela indignação da filha com o Hospital de Santa Maria. Mas há outra: o homem terá subido ao piso 7 sem ter senha de visita. “Perguntei como é que ele tinha subido, devido ao estado em que ele estava, e por não ter senha. Só me disseram que não sabiam como ele tinha entrado”. A filha da vítima diz ainda que fez queixa às autoridades e que o homem foi detido pela PSP, mas está em liberdade. “Já o viu na rua depois disso, mas não pensei em falar com ele. Nem quero”, remata.

* Quem conhece a estrutura deste mega hospital sabe que os sistemas de controlo e segurança são duma fragilidade confrangedora. Só no Banco de Urgências se observa alguma actividade "musculada" por parte de agentes duma empresa de segurança, mas é só folclore.
O hospital não garante a segurança de nenhum doente. Os excelentes profissionais de saúde que lá trabalham não são guarda costas de ninguém.
O episódio é grave e perguntamos se o cobarde violador  foi presente a um juíz?

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