17/05/2018

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HOJE NO 
"OBSERVADOR"
Ministério Público acusa ex-diretor
 do Museu da Presidência de abuso 
.de poder e tráfico de influência

Diogo Gaspar, ex-diretor do museu da presidência que foi alvo de buscas da polícia judiciária em 2016, e viu apreendidas peças que tinha do instituto em casa, foi acusado de crimes de abuso de poder.

Diogo Gaspar, antigo diretor do Museu da Presidência da República, foi acusado pelos crimes de abuso de poder, participação económica em negócio, tráfico de influência, falsificação de documento, peculato e branqueamento de capitais, avançou esta tarde o jornal Público, com base em nota da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa.
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O Ministério Público afirma que “está suficientemente indiciado que entre 2004 e 2016, o arguido que exercia funções no Museu da Presidência da República (MPR) utilizou a sua posição, funções e atribuições e para obter vantagens patrimoniais e não patrimoniais indevidas, em seu benefício e de terceiros”.

Em 2016, o Ministério Público fez buscas na casa de Diogo Gaspar e apreendeu vários objetos pertences ao espólio do museu que coordenava (incluindo um retrato de Jorge Sampaio pintado pela pintora Paula Rego).

Segundo a acusação, Gaspar “elaborou uma lista de peças de mobiliário do Palácio da Cidadela de Cascais que classificou como “alienáveis”, a abater, invocando o seu estado de degradação ou falta de valor e considerando que a melhor proposta apresentada foi a da empresa de um outro arguido, logrou adquirir para si, pelo menos, 178 peças de mobiliário por valor inferior ao de mercado. A nota da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa refere ainda que Gaspar e os outros três arguidos utilizaram documentos que “não correspondiam à verdade” para  “ocultar a atuação criminosa”.

Diogo Gaspar foi condecorado a 16 de fevereiro de 2016 com o grau de Cavaleiro da Ordem de Santiago, pelo Presidente da República Aníbal Cavaco Silva, pelo seu trabalho prestado como responsável do Museu da Presidência da República, desde o seu início, em 2001. Diogo Gaspar foi escolhido para o cargo pelo Presidente Jorge Sampaio, que também o condecorou. Esteve 12 anos à frente do Museu da Presidência da República.

* Uma vergonha nas barbas de dois ex-PR's

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