05/03/2018

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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Ministro destaca coesão territorial
 com ferrovia entre a Covilhã e Guarda

O ministro das Infraestruturas afirmou que a modernização na Linha da Beira Baixa no troço Covilhã-Guarda, cujos trabalhos foram lançados esta segunda-feira, vai contribuir para a coesão territorial e para melhorar a ligação com Espanha.

"Trata-se de um investimento de enorme importância para o interior do país, fomentando a coesão territorial e aproximando esta região, que é uma região de si já muito unida do ponto de vista económico e social, mas que agora volta a beneficiar da ferrovia como espaço importante dessa aproximação. E é uma obra que também melhorará, e de que maneira, as ligações internacionais, desde a Beira Baixa até Espanha", disse o ministro do Planeamento e das Infraestruturas.
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FOLCLORE DE CARRIS
Pedro Marques falava na Estação Ferroviária da Covilhã, distrito de Castelo Branco, onde decorreu a cerimónia do ato de consignação da empreitada e lançamento dos trabalhos, que incluem a construção da Concordância das Beiras, troço de ligação entre a Linha da Beira Alta e a Linha da Beira Baixa.

O investimento total no projeto de modernização deste troço é de cerca de 77 milhões de euros, 52 milhões dos quais respeitantes à obra física, que permitirá reabrir um troço que estava fechado desde 2009.

A obra está inscrita no projeto do Corredor Ferroviário Norte e deve estar concluída dentro de 18 meses, ou seja, antes do final de 2019 passará a permitir ligação ferroviária entre os distritos de Castelo Branco e da Guarda.

"É também uma obra que suscitará a nossa capacidade para intervir de modo acelerado na renovação da Linha da Beira Alta", acrescentou o governante, explicando que tal será possível porque passa a haver uma alternativa de circulação.

Pedro Marques lembrou ainda que este investimento é a concretização de um compromisso que tinha sido previamente assumido e salientou que este Governo não se lembrou do interior apenas depois dos incêndios do verão passado e que o trabalho de valorização das regiões de baixa densidade já estava a decorrer, como exemplifica a obra lançada esta segunda-feira.

"O interior do país não pode mais ser encarado como as traseiras do Litoral, mas sim como o centro do mercado e do acesso a um mercado de 60 milhões de habitantes", acrescentou.

Segundo disse, esta aposta na modernização na ferrovia portuguesa é também mais uma peça do "desígnio" que se coloca a todos os países de consolidar o mercado único europeu, através do reforço da conectividade internacional e da melhoria da qualidade de circulação de pessoas e bens.

Uma ideia partilhada pela comissária europeia dos transportes, Violeta Bulc, que esteve presente na cerimónia e referiu que investimento na linha férrea é sempre "uma grande notícia para qualquer região", tendo aconselhado a todos que encarem este investimento como "uma oportunidade de crescimento e de atração de novos investidores".

Anfitrião desta cerimónia, o presidente da Câmara Municipal da Covilhã, Vítor Pereira, mostrou-se satisfeito com a antecipação desta obra que como lembrou, já era esperada, antes mesmo deste troço ter sido encerrado.

O autarca apontou as mais-valias que este investimento deverá implicar para o movimento pendular diário entre a Guarda/Covilhã/Castelo Branco e salientou como positivo o facto de os cidadãos e empresas locais passarem a dispor de uma "alternativa mais rápida, mais segura, mais cómoda e mais amiga do ambiente".

Presente na cerimónia, o presidente da Câmara da Guarda, Álvaro Amaro, frisou que a obra não é só importante para as duas cidades que terão a ligação direta através deste troço, mas também para toda a região e para o país.

"Este é talvez o projeto mais importante das próximas décadas, no caso concentro da Guarda porque é [criar] uma plataforma ferroviária da ligação direta a Espanha e à Europa", disse, frisando ainda a importância estratégica da obra de concordância entre as linhas da Beira Alta e da Beira Baixa.
 
A obra lançada integra, entre outros trabalhos, a renovação integral de 36 dos 46 quilómetros do troço (dez já estão intervencionados), bem como a reabilitação de seis pontes centenárias, a remodelação de estações e apeadeiros, drenagem e estabilização de taludes e a iluminação e automatização e supressão de passagens de nível.

* A obra é importante mas vai resultar em quase nada porque um enorme problema subsiste, a necessidade de um novo troço entre Abrantes e Castelo Branco, viajar no "intercidades" ao longo do Tejo é como andar de carroça.

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