27/02/2018

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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
“Antigo BES vai no sentido
.de cair em mãos espanholas”

O economista, autor de dois livros sobre a resolução do Banco Espírito Santo (BES) e testemunha de defesa de Ricardo Salgado na contestação aos processos-contraordenacionais do Banco de Portugal, acredita que "o sentido em que as coisas se estão a dirigir é de o antigo BES cair nas mãos de uma empresa espanhola". 
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As afirmações do economista foram proferidas esta terça-feira, 27 de fevereiro, na apresentação do livro ‘Caso BES – O Impacto da Resolução na Economia Portuguesa’. Trata-se do segundo livro escrito por Avelino de Jesus e José Poças Esteves sobre a resolução do antigo banco e Ricardo Salgado, com críticas diretas à decisão de 3 de agosto de 2014 do Banco de Portugal. 

Perante uma plateia cheia de economistas, Avelino de Jesus recordou, na apresentação do livro, o que um amigo lhe terá dito aquando da intervenção do supervisor financeiro no BES. "Na altura disse-me que o BES ia ser atribuído ao Santander Totta", confessou o também docente do ISEG. "Não está lá ainda, está nas mãos de um chamado grupo abutre, mas esperem um pouco e vão ver o que acontecerá", atirou Avelino de Jesus. E rematou: "Vamos ter um banco de empresas a ser gerido por espanhóis." 

O economista defendeu também que "os capitais têm pátria" e que "a nacionalidade do capital é fundamental" para o crescimento económico do País. Daí até dizer que a decisão do Banco de Portugal de resolver o BES "foi altamente lesiva" foi apenas um passo. No livro apresentado, os economistas defendem que o impacto da intervenção no BES custará ao PIB nacional, em sete anos, 25,2 mil milhões de euros. O equivalente a 14% da riqueza nacional produzida nesse período.

* Falou um apaniguado de Salgado, somente isso.

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