04/01/2018

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HOJE NO 
"DINHEIRO VIVO"
Fisco desiste de cobrar 
125 milhões à Brisa

AT anulou liquidação adicional pela alienação da sua participação na CCC no Brasil, depois de ter pedido dois pareceres com conclusões opostas.

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) anulou uma liquidação adicional de aproximadamente 125 milhões de euros que tinha instaurado à Brisa pela venda da sua participação na Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR) no Brasil, noticia o Jornal de Negócios esta quinta-feira. 
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A decisão foi tomada em 2016 pela Unidade dos Grandes Contribuintes (UGC) depois de ter recebido pareceres internos que apontavam em sentidos diferentes.


Em causa está, segundo o jornal, a alienação em 2010 de 16,35% da participação na CCR, numa operação que permitiu um encaixe de 1,3 mil milhões de euros ao grupo presidido por Vasco de Mello. 

No relatório de inspeção, o inspetor da UGC defendeu que a operação deveria ser sujeita ao pagamento de imposto em Portugal. A empresa tem uma posição contrária. Esta inspeção deu lugar à instauração de uma liquidação adicional no final de 2015, já em cima do prazo para não deixar caducar a notificação, mas acabaria por ser anulada o ano passado. 

O Negócios revela que, entretanto, a AT pediu dois pareceres internos sobre o assunto mas que acabaram por defender posições contrárias: um que suportava a posição do inspetor e um segundo a dar razão à empresa.

A Unidade dos Grandes Contribuintes decidiu validar a conclusão do segundo, optando pela anulação da dívida. 
O Negócios tentou perceber porquê mas não obteve resposta.

Para a Brisa, a decisão não foi surpreendente. “Como a Brisa afirmou em 2015, o imposto aplicável à alienação das ações que detinha na CCR foi integralmente pago no Brasil (…) em sede de reclamação administrativa, a Brisa demonstrou que não era devido qualquer outro imposto, quer nos termos da lei portuguesa, quer nos termos dos acordos internacionais sobre dupla tributação celebrados entre Portugal e o Brasil”, afirmou o diretor de comunicação da empresa, Franco Caruso.

* Pensamos que o fisco de Mário Centeno não largava um osso de 125 milhões se tivesse a razão do seu lado.

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