IX-OS RIOS E A VIDA
2- DANUBIO - EUROPA


FONTE:  MrVeddhas

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MARCHESA
por GEORGINA CHAPMAN
e KEREN CRAIG
NEW YORK FASHION WEEK
OUTONO/INVERNO
2017/2018




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HOJE NO 
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"

Detidos dois suspeitos de tráfico humano de Portugal para o Canadá

Dupla é suspeita de retirar passaportes às vítimas e de as obrigar a trabalhos sexuais

Uma mulher e um homem foram detidos em Toronto no âmbito de uma operação internacional sobre tráfico humano de Portugal para o Canadá, disse à Lusa fonte da polícia daquela cidade canadiana.
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Os dois suspeitos, Sónia Fernandes da Cunha, de 40 anos, de Toronto, e Ruben Soza, de 40 anos, de Toronto, foram detidos no dia 19 de outubro. Ela está indiciada por 10 crimes relacionados com tráfico humano e assalto com uma arma, enquanto ele é suspeito de cinco crimes, relacionados com tráfico humano, anunciaram as autoridades num comunicado.

À Lusa, as autoridades escusaram-se a adiantar a nacionalidade dos suspeitos, dizendo apenas que ambos têm "ligações a Portugal".

"O Projeto 'Betrayal' começou em fevereiro de 2017. Na altura tivemos informações de mulheres traficadas de Portugal para Toronto", começou por contar à Lusa o detetive Nunziato Tramontozzi, da unidade de Crimes Sexuais e de combate ao Tráfico Humano da polícia de Toronto.

Segundo uma nota da polícia, o caso remonta a maio de 2016, quando uma mulher proveniente de Portugal viajou para Toronto, após ter sido contratada para um trabalho de rececionista.

Na altura, quando se encontrou com os dois suspeitos, foi-lhe oferecido trabalho como massagista numa clínica, porque a vaga para rececionista já teria sido ocupada.

A vítima foi forçada, enquanto fazia massagens, a "vender serviços sexuais", que foram anunciados no site backpages.com, e foi-lhe "retirado o passaporte".

As autoridades ainda alegam que os dois acusados conseguiram convencer a vítima a entregar-lhes todo o dinheiro recebido durante esses serviços por questões de "segurança". Quando a vítima confrontou os suspeitos, foi "violentamente agredida".

No dia 19 de outubro deste ano, a Unidade de Tráfico Humano, com mandados de busca, conseguiu realizar buscas em várias locais em Toronto, onde deteve os dois suspeitos, obtendo documentos importantes para a investigação, alegadamente o passaporte da vítima.

"Em maio de 2017, uma mulher vítima de tráfico humano relacionada com a atual investigação deu-nos uma declaração sobre o que lhe aconteceu desde que chegou de Portugal. Foi nessa altura que o projeto teve mais intensidade e começou a investigação com outras agências da polícia", sublinhou.

Além da polícia de Toronto, a operação envolve a agência de Fronteiras do Canadá (CBSA, sigla em inglês), da Polícia Judiciária (Portugal), e da Finch Track, uma agência federal canadiana que investiga transações financeiras em que há a suspeita de ilegalidades.

"O tráfico humano no Canadá já é quase tão lucrativo como o tráfico de droga e de armas. Uma das vantagens é que [os criminosos] podem voltar a utilizar aquelas vítimas. Uma rapariga pode ter sexo com 15 a 20 pessoas por dia e faz 250 mil dólares por ano. É um negócio muito lucrativo que cada vez mais está a aumentar e só através da educação se pode evitar", concluiu o detetive sargento Nunziato Tramontozzi.

Os suspeitos foram, entretanto, libertados sob fiança e aguardam uma data para julgamento. A polícia de Toronto continua a investigar o caso e está a solicitar a ajuda do público.

 * Se culpados que sejam punidos severamente.
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8. PARA LÁ DA ETERNIDADE
UM FILME PARA O FUTURO



FONTE: PIERROT LE FOU

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HOJE NO 
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/ 
/DA MADEIRA"
Jardim solidário com “os companheiros que se demitiram em Machico”

O antigo presidente do PSD e do Governo Regional enviou uma nota às redacções para demonstrar “solidariedade ao grande Presidente da Câmara Municipal de Machico que foi o Dr. Emanuel Gomes, bem como à restante Comissão Concelhia social-democrata que se demitiu, apesar de recentemente eleita ante o desagrado “renovadinho”.
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O ex-dirigente sublinha que “de facto, o PSD vai se afundando com a incompetência da rua dos Netos, aparelho a ter de ser mudado com urgência”.

Alberto João Jardim termina com mais uma farpa: “Mais uma vez se dá “tacho” a um “fiel” - na Secretaria de Agricultura, claro! - contra o entendimento de pessoas que toda a vida serviram bem o partido mesmo sem a colaboração do agora ‘premiado’”.

* Estranho que tendo sido Alberto João Jardim o exemplar paquidérmico do nepotismo, venha agora a censurar novos amiguismos.


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FILIPA GUIMARÃES

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Carrilho hipnotizou 
juíza em tribunal

Há alturas em que tenho profundas saudades do "O Jornal do Incrível". Com manchetes de galinhas com 3 patas e bezerros com rabos de porcos e outros fenómenos grotescos, para poder ler na capa: "Carrilho hipnotizou juíza em tribunal" ou algo assim. 

Joana Ferrer, com um conhecido fascínio pelos últimos dias do Hitler e pela selecção de futebol alemã, cujos jogos assiste fora de casa é, no mínimo estranha. Não por causa disso, mas pelas ideias que tem acerca da realidade. Como achar que depois de uma mulher levar do marido pensa logo em ir para o Instituto de Medicina Legal mostrar as nódoas negras. Ou falar para a esquadra: "Acudam! Sou a Bárbara Guimarães e o meu marido bateu-me!". Bom, se fosse o piquete aqui da minha esquadra, desligava-me logo o telefone na cara.

Como subterfúgio emocional ou incapacidade de compreender este acórdão alienígena, prefiro achar que o acusado teve o poder de a hipnotizar com as suas exaltações e linguagem. Joana Ferrer deve passar os dias num casulo a ouvir Wagner (só e mais nada), a ver fotografias da Leni Riefenstahl e aquelas célebres paródias do youtube com o Bruno Ganz a fazer de Hitler e a perceber que tudo lhe está a correr mal. Será que tem o desejo oculto de vir um dia a legendá-las com uma sentença sua? Porque isto parece mesmo um divertimento de algum adolescente criativo.

No século corrente, uma magistrada considerar que o dinheiro resolve problemas domésticos, que vítimas de maus tratos físicos e psicológicos não têm sentimentos de vergonha quando são maltratadas, são raciocínios que põe em causa tratados de psicologia, sociologia e, ouso dizer, anos de trabalho de juristas realmente empenhados a construir uma sociedade mais justa.

Será que vê pouca televisão? O quiosque de jornais e revistas da sua área de residência terá fechado? Ah, se calhar está desconectada da net ou, quem sabe, do próprio dia-a-dia. É que estes assuntos também se vão ouvindo aqui e ali. Ninguém mete conversa com ela no café? Deve ter o problema da Bárbara Guimarães, mas ao contrário. Ninguém fica a olhar para ela nem lhe pede um autógrafo. Claro que na comunicação social ninguém expõe a sua vida por ser figura pública há anos seguidos.

Que filmes, discos, vídeos, revistas ou material devemos enviar para Joana Ferrer na esperança que a realidade e a ficção lhe mostrem que uma "mulher autónoma e independente", como diz ser Bárbara Guimarães, que fez questão de começar por tratar pelo próprio nome, perceber que há outras formas de um ser humano reagir em contextos adversos?

Vou fazer uma tentativa. Que tal começar por lhe mandar o "ShreK", para perceber que há monstros bonitos e príncipes cretinos? Talvez "A Bela e o Monstro" não seja grande ideia. Ainda capaz de achar que a estamos a querer condicionar e isso, pronto, também se percebe. Se calhar, mais vale disponibilizar-lhe o visionamento uma coisa mais básica. Para crianças a partir dos três anos. Temo que "Gru – O Maldisposto" já lhe seja de certa forma familiar... Se a juíza tem particular interesse que queda do III Reich deve ter visto gente mesmo indisposta. Má ideia...

Talvez seja mais adequado que assista a alguma fita com seres humanos, não vá achar que a inteligência e bom-senso não comparecem até nos filmes para criancinhas. Se, ao menos, tivesse lido "O Pequeno Príncipe", já teria sido uma grande mais-valia para a sua formação. Mas será que entende que é um livro sobre sentimentos? Será que que sabe que estes existem e que ficam baralhados sempre que uma pessoa é insultada ou agredida pelo marido e pai dos filhos?

Seria mais confortável, para todos, acreditar que os acessos de cólera de Manuel Maria Carrilho, testemunhados e relatados por jornalistas, a tivessem, simplesmente, hipnotizado. É que assim colocávamos esta decisão no leque de "notícias" do "Jornal do Incrível". Sempre teria uma ligeira conexão com a realidade. Pouquinha é certo. Mas sempre era melhor que nada.

IN "SÁBADO"
16/12/17

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HOJE  NO 
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Bloomberg: 
Na bolsa portuguesa, ganha-se 
mais dinheiro “em família”

A maioria das cotadas com melhor desempenho este ano é parcialmente controlada pelo fundador ou por membros da família.

Num artigo publicado esta quarta-feira, 20 de Dezembro, a Bloomberg conclui que quando se trata de investir em Portugal, os laços familiares "são chave".
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Isto porque olhando para o PSI-20 – que está a ter o seu melhor ano em relação ao Stoxx600 desde 2007 – a maioria das cotadas com melhor desempenho são empresas parcialmente controladas pelo fundador ou seus descendentes. De acordo com a agência norte-americana, metade das actuais 18 cotadas do índice nacional têm um fundador ou membro da família como principal accionista.

A líder destacada de 2007 é a Mota-Engil, que ganha mais de 132% desde o início do ano, um dos exemplos de uma empresa que continua sob a influência de uma família: o chairman, António Mota, é filho do fundador da construtora.

"Com o risco de investir em Portugal a diminuir, as empresas familiares, mais pequenas, tornaram-se ímanes para os investidores", refere Paulo Monteiro, gestor do fundo Invest Ibéria, citado pela agência noticiosa. "As empresas familiares oferecem uma vantagem: muitas vezes têm uma orientação de negócio de longo prazo".

A Bloomberg destaca ainda a Altri, a Navigator e a Semapa – detida maioritariamente pela família Queiroz Pereira – com subidas de 41,8%, 34,9% e 33,3% este ano, respectivamente.

Entre os melhores desempenhos contam-se ainda a Corticeira Amorim e a Sonae, controladas pelas famílias Amorim e Azevedo, que também superaram a evolução do PSI-20. Até ao momento, o principal índice nacional acumula uma valorização de quase 16,5% desde o início do ano.

Segundo a agência noticiosa, em 2017 trocaram de mãos 92,5 milhões de acções do PSI-20 por dia, em média, o que representa uma subida de 9% face à média do ano passado.

A Bloomberg recorda que, em meados de Dezembro, o Banco de Portugal reviu em alta as estimativas de crescimento para a economia este ano para 2,6% - o melhor ritmo em 17 anos – e que, depois da Standard & Poor’s, em Setembro, também a Fitch retirou Portugal do "lixo", no final da semana passada.

* Em Portugal nas vigarices e acções fraudulentas os laços familiares também "são chave".

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1-MAGIA EM ÁFRICA

Os ZANGBETO
Togo - Benin - Senegal



FONTE: Bruno Guerreiro de Moraes

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1- AS VISÕES QUE O
ESTADO NOVO SILENCIOU


* Nesta época  "nataleira" podemos apreciar a intensa cooperação entre o governo de Salazar e a igreja de Roma.


FONTE: EXPRESSO

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HOJE  NO 
"CORREIO DA MANHÃ"
Arguidos da Máfia de Braga 
condenados a pena máxima de 25 anos

Seis arguidos do processo Máfia de Braga foram esta tarde condenados à pena máxima de 25 anos de prisão pela morte do empresário João Paulo Fernandes e por dissolverem o seu corpo em 500 litros de ácido sulfúrico. 

O acórdão lido no Tribunal São João Novo, no Porto, determina que Emanuel Paulino (conhecido como o Bruxo da Areosa), os irmãos Pedro, Adolfo e Manuel Bourbon, Rafael Silva e Hélder Moreira vão cumprir pena máxima por um homicídio que os juízes qualificam como "cruel e desumano". 
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Os outros três arguidos no processo levaram penas menores. Luís Filipe Monteiro foi apenas condenado a pena de multa, por posse de arma proibida. Estava em prisão preventiva e vai ser libertado. Filipe Leitão foi punido pelo crime de furto com 5 anos de prisão (com pena suspensa) e Nuno Lourenço com um 1 ano e 10 meses de pena suspensa por falsificação de documentos. Ambos os arguidos estavam a ser julgados em liberdade. 

O Tribunal de São João Novo fixou uma indemnização de quase meio milhão de euros para a filha da vítima, que assistiu ao sequestro do pai quando tinha oito anos. A decisão de primeira instância atribui ainda uma compensação de 80 mil euros para os pais de João Paulo Fernandes. 

Advogados da 'Máfia de Braga' vão recorrer 
Os advogados dos seis envolvidos no sequestro e homicídio de João Paulo Fernandes, cujo corpo acabou dissolvido em ácido sulfúrico, hoje condenados a 25 anos de prisão, pena máxima, vão recorrer da decisão judicial. À saída do Tribunal São João Novo, no Porto, e em declarações aos jornalistas, o advogado de Pedro Bourbon, tido como o autor moral do crime, considerou que o acórdão "consubstancia um atentado aos princípios mais básicos de direito penal, é um acórdão que não está fundamentado na sua decisão, não está explicada a convicção, nem a motivação do tribunal".

"E, acima de tudo, é um acórdão que é feito à revelia da prova produzida, neste caso não produzida em julgamento", afirmou Filipe Guimarães. Confirmando que vai recorrer, o causídico salientou ter a "plena convicção" de que o Tribunal da Relação reporá a justiça. Parca em palavras, a advogada de Adolfo Bourbon, Mara Ferreira, foi perentória em dizer que vai recorrer porque não esperava uma pena "tão pesada". "É uma honra para mim e um privilégio defender um cidadão injustamente acusado, iremos provar isso mesmo agora em sede de recurso e, daqui a uns meses, estaremos cá novamente para repetir o julgamento, não tenho grande dúvida sobre isso", sustentou o causídico Pedro Miguel Branco, representante de Hélder Moreira. O advogado insistiu no facto de Hélder Moreira não ter nada a ver com o crime, não lhe tendo sido apontado um único facto concreto relativamente ao corpo, justificando assim o recurso. 

Na mesma linha de entendimento, o advogado Rui Silva Leal, defensor de Emanuel Paulino, afiançou discordar de "muita da fundamentação" do acórdão. "Neste momento fez-se a justiça da primeira instância, agora a justiça do processo só termina quando for transitado em julgado a decisão final e, portanto, até ao fim não vamos desistir porque entendemos que não há provas legais que permitam esta condenação", asseverou. 

Já a advogada de Luís Filipe Monteiro, arguido que esteve em prisão preventiva e que, hoje, foi apenas condenado a 720 euros de multa por posse ilegal de arma, não tendo ficado provado o seu envolvimento no crime, assumiu estar "francamente" satisfeita pelo desfecho. "É um arguido que não tinha nada a ver com o que se discutia nos presentes autos, era apenas familiar de outro arguido", ressaltou. 

O advogado da filha da vítima, André Lajes, classificou a pena como "exemplar", sublinhando que os arguidos "fizeram tudo" para obstruir as provas. "Já estávamos à espera que os arguidos fossem condenados nesta pena máxima, eu penso que se fez justiça", entendeu a defesa dos pais, José Dantas.

 Tribunal dá como provado plano de sequestro e morte 
No início da leitura do acórdão, os juízes deram como provado que o arguido Pedro Bourbon montou um esquema, com a ajuda de Emanuel Paulino, conhecido como o 'Bruxo da Areosa', para matar o empresário João Paulo Fernandes. 

O plano remonta a dezembro de 2015, cerca de quatro meses antes do crime ser efetivado. Vítma foi alvo de vigilância entre janeiro e fevereiro. O sequestro do empresário - que ocorreu a 11 de março de 2016, em Braga - foi executado pelo Bruxo da Areosa e por Rafael Silva. Adolfo e Manuel Bourbon (irmãos do arguido Pedro Bourbon) acompanharam o sequestro numa segunda viatura, que serviria de apoio. 

Os juízes estabeleceram que foram os quatro - o Bruxo da Areosa, Rafael Silva e os irmão Adolfo e Manuel Bourbon - que mataram João Paulo Fernandes, em circunstâncias que não possível apurar. E foram também eles que dissolveram o corpo em ácido. O sequestro aconteceu quando o empresário chegava a casa com a filha de 8 anos. Menor assistiu ao pai ser agredido e levado no carro do grupo. No acordão, os juízes lembram este facto para dizer que os arguidos "sujeitaram a vítima a tratamento cruel e desumano". 

O acórdão desvaloriza o facto de o corpo da vítima nunca ter sido encontrado, lembrando que "longe vão os tempos em que a expressão 'sem cadáver não há crime tinha validade no mundo criminal'. A decisão do tribunal acrescenta que o plano de Pedro Bourbon e do Bruxo passava por estes se apropriarem dos bens do pai da vítima. Juizes dizem que Emanuel tinha ascendente sobre os outros arguidos. Pedro Bourbon terá forjado um álibi para o dia do crime. 

Em relação ao arguido Filipe Leitão, o acórdão diz que este deu códigos ao Bruxo da Areosa para que este roubasse de um stand da Mercedes o carro usado no crime. Sobre os pedidos de indemnização cível pedidos pelos pais, o tribunal dá como provados quase todos os factos, atestando que a família de João Paulo Fernandes vive em completo sofrimento. 

MP pedia pena máxima
Durante as alegações finais do processo, em novembro, o procurador do Ministério Público (MP) pediu a pena máxima de 25 anos de prisão para os arguidos, classificando o crime como "violento e cruel" e de "elevadíssima ilicitude". Na altura, o procurador disse que os suspeitos planearam a morte com "muitos meses de antecedência", o que revela "a sua personalidade desviante". De acordo com a acusação do MP, aqueles sete homens "organizaram-se entre si, criando uma estrutura humana e logística com o propósito de sequestrar um empresário de Braga, de o matar e de fazer desaparecer o seu cadáver". Com isso, pretendiam "impedir de reverter um estratagema" mediante o qual o património dos pais da vítima fora passado para uma sociedade controlada por dois dos arguidos, refere a acusação. 

Na execução daquele propósito, e depois de terem monitorizado as rotinas da vítima, quatro dos arguidos dirigiram-se, em 11 de março de 2016, a Braga, em dois carros roubados no Porto, numa empresa de comércio de automóveis, sustenta o MP. "Abordaram o empresário por volta das 20h30" daquele dia, "meteram-no no interior de um dos veículos automóveis e levaram-no para um armazém em Valongo, onde o mataram por estrangulamento, acabando por dissolver o cadáver em 500 litros de ácido sulfúrico, já noutro armazém, sito em Baguim do Monte", realça. 

No âmbito da investigação deste caso, o Gabinete de Recuperação de Ativos da Polícia Judiciária (PJ) arrestou e apreendeu ativos no valor de aproximadamente um milhão de euros. Além destes sete arguidos, o processo envolve mais dois homens. Um está acusado de furto qualificado e outro dos crimes de falsificação ou contrafação de documento e de incêndio, sendo que para ambos o MP pediu pena suspensa.

* A bem da Justiça.

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HOJE  NO 
"OBSERVADOR"
A bitcoin não vai longe 
(e o holandês ING dá 6 razões)

A moeda digital não cairá para zero, mas no "pós-bolha" vai tornar-se um instrumento de "nicho", para obcecados com privacidade e com tecnologias e, também, para criminosos. É a opinião do banco ING.

Faça o teste. É provável que tenha um ou, mesmo, dois canais de informação financeira na sua televisão em casa. Além da Bloomberg, talvez tenha a CNBC, duas norte-americanas. E mesmo que não tenha o hábito ver estes canais, não fique surpreendido, por estes dias, se em vez de estarem a falar de ações, petróleo, taxas de juro e política económica estiverem a falar de bitcoin e das outras moedas digitais (mas, sobretudo, da bitcoin). Este é um sinal claro de que a subida vertiginosa da cotação da bitcoin está a ser acompanhada com interesse por parte das pessoas (os telespectadores) e por estes canais financeiros. Mas a “febre” vai passar e, ainda que a tecnologia — a blockchain — seja promissora, a bitcoin não irá longe e voltará a ser o “instrumento de nicho” que foi nos seus primeiros anos. Esta é, pelo menos, a opinião de um economista do gigante bancário holandês ING.
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Geeks (entusiastas das novas tecnologias), pessoas obcecadas com a privacidade, pessoas com medo de episódios de hiper-inflação (frequentes na História mundial e mesmo na actualidade) e pessoas interessadas em contornar os bancos “por razões ideológicas ou criminosas”. A bitcoin tem boas probabilidades de continuar a ser fascinante — ou, no mínimo, útil — para estas pessoas. Mas Teunis Brosens, economista sénior do holandês ING, aposta que, no futuro, a moeda digital não irá muito mais longe do que isso e irá voltar a ser nada mais do que um “instrumento de nicho”.

Apesar de ser evidente que o investimento (em rigor, a aplicação de dinheiro) em bitcoin há muito começou a ser feita por aqueles que se podem considerar investidores de retalho, com pequenos montantes, Teunis Brosens acredita que essas decisões de investimento estão a ser tomadas maioritariamente como especulação e não pela utilização da moeda digital como forma de pagamento (agora ou no futuro minimamente próximo). Além da especulação, “a bitcoin tem pouco a oferecer ao público geral e voltará, provavelmente, a ser um instrumento de nicho para um grupo restrito de pessoas”.

Não é, de todo, fácil prever qual é o futuro da bitcoin ou, sequer, atribuir-lhe um valor potencial. Mas, num relatório enviado aos clientes, o ING decide “juntar-se à multidão de analistas que estão a observar características típicas de uma bolha” e dá seis razões que, por si ou no seu conjunto, tornam provável que a bitcoin não venha a ser mais do uma “bolha” especulativa e fracasse como meio de pagamentos mainstream. Saiba quais são.

1- A falta de regulação. Trunfo ou calcanhar de Aquiles?
Para já, pelo menos à superfície, a posição oficial é laissez-faire, laissez-passer. Mas os governos não andam distraídos e, à medida que o valor da bitcoin subiu, começaram a surgir declarações públicas que mostram que pode estar iminente algum tipo de regulação de uma moeda digital que tem, como atrativo principal, o facto de não ser regulada. O último a falar nisto foi o ministro das Finanças de França, Bruno Le Maire, que quer ver esta questão discutida na próxima reunião do G20, em abril.

Governos como o do Reino Unido e de outros países europeus estão preocupados com o eventual uso da bitcoin para atividades criminosas e evasão fiscal, segundo o The Guardian. Paradoxalmente, este é um problema que, a confirmar-se, não começou só quando a moeda digital disparou mais de 1.000% em poucos meses — a sua utilização para atividades ilícitas é antiga e bem documentada, embora os seus defensores considerem que reduzir a bitcoin a isso não é justo. Podem estar contados os dias do anonimato (que, na realidade, não é pleno) nas transações de bitcoin.

“Para que a bitcoin cresça e amadureça, precisa de ser trazida para o centro do espaço regulado, em vez de existir nas franjas como atualmente acontece”, diz o ING. Claro que isso irá implicar, com toda a certeza, que “as bolsas de bitcoin e outros prestadores de serviços tenham de promover práticas adequadas de segurança e cumprimento das boas práticas de conhecer o seu cliente”, para evitar a utilização das moedas digitais para financiar crimes, branqueamento de capitais e, até, terrorismo.

2- Bitcoin não tem intermediários? Não será bem assim
Não há um banco central, não há bancos, não há empresas de cartões de crédito — “ninguém se mete no meio, entre ti e a pessoa ou entidade a quem queres pagar alguma coisa ou transferir dinheiro”. Este é um dos argumentos mais comuns dos entusiastas das moedas digitais como a bitcoin. Mas, na realidade, também não é bem assim. As bolsas de bitcoins cobram comissões significativas nas transações e conversões envolvendo moedas digitais e um negócio que floresceu nos últimos anos é a criação de “carteiras” virtuais onde as pessoas guardam os registos sobre as bitcoins que detêm, o que é o mesmo que dizer “onde guardam as bitcoins que têm“.

O ING recorda um estudo que propõe que um quinto das bitcoins em circulação não estão, nesta altura, realmente em circulação. Perderam-se os registos, discos rígidos queimaram, houve erros nas transferências, pessoas morreram e os registos e passwords desapareceram para sempre. Enquanto intermediários financeiros, um dos papéis dos bancos é gerir este tipo de situações, prevenir o roubo e certificar-se que as pessoas não perdem o acesso ao dinheiro (seu ou de alguém de quem são herdeiros).

A realidade é que, como nota o banco holandês, a maior parte das pessoas — excetuando os tais geeks e criminosos — não querem ter o trabalho de guardar os seus registos de bitcoins em papéis em cofres, nem querem correr riscos potencialmente devastadores. Portanto, o ING conclui que imaginar um futuro para a bitcoin em que realmente não existem intermediários pode não ser totalmente realista. Daí que, se houver intermediários, haverá (mais) comissões — portanto, em que é que isso é diferente da banca tradicional?

3- Qual é, realmente, o potencial da bitcoin?
Um exemplo prático: vamos ao restaurante, almoçamos, no final pagamos com cartão de débito. O terminal de pagamentos vai validar, junto do banco, se temos dinheiro suficiente na conta para pagar a despesa. Pelo menos em teoria, com a bitcoin não é bem assim. “Quando pago com bitcoin, o terminal do retalhista não se limita a processar a minha transação, mas tem de participar na validação de todas as transações que estão a acontecer naquele momento, e registá-las”, explica o ING, acrescentando que isto cria uma grande quantidade de tráfego.
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É claro que podem surgir intermediários que ajudem a processar estas transações, de forma a simplificar o processo. “Mas isso leva-nos, de novo, para o ponto anterior”, ironiza Teunis Brosens. Neste momento, segundo a informação do ING, o ecossistema da bitcoin é capaz de processar cerca de 7 transações por segundo — “para que a bitcoin venha a desempenhar um papel importante como sistema de pagamentos, a capacidade de gestão de transações tem de ser 100 vezes, ou mesmo 1000 vezes, superior a isto“.

Já existem relatos de atrasos no processamento de transações com bitcoins — várias horas à espera de ver uma transação concluída. Há serviços (pagos) que ajudam a que as transações se façam mais rapidamente, basicamente saltando para a “frente da fila”, mas esses custos só se justificam em montantes mais elevados, não para pagar uma refeição num restaurante.

4- Bitcoin. Valiosa sim, mas muito volátil
Este é um dos pontos mais importantes, diz o ING. Os defensores da bitcoin argumentam que à medida que a moeda digital se afirmar e se tornar mais mainstream, a volatilidade vai diminuir. E isso é crucial, porque “ter uma moeda que hoje nos compra um grande latte e, no dia seguinte, só nos compra uma bica, não é muito conveniente”. Para que a bitcoin funcione como meio de pagamento, “precisa de ser estável”, diz Teunis Brosens.

O exemplo do grande latte e da bica é ilustrativo, mas este é um problema ainda maior quando pensamos no mundo empresarial: “Uma moeda que tenha uma valorização ou desvalorização de 10% pode ser a diferença entre um ótimo lucro e um grave prejuízo, num piscar de olhos”, diz o ING, lembrando que a bitcoin tem registado enorme volatilidade ao longo dos anos, muito mais do que as moedas convencionais e do que o ouro (um ativo com o qual a bitcoin é frequentemente comparado).

“A bitcoin continua a ser uma forma de dinheiro que tem oferta fixa, na sua própria blockchain, sem que haja um banco central a gerir a quantidade de moeda e a estabilidade dos pares cambiais. Isto torna-a intrinsecamente propensa a ser volátil, defende o economista do ING.

5-Sabe quanta energia se gasta a explorar novas bitcoins?
A forma como a bitcoin foi desenhada estabelecia que “achar” novas moedas seria cada vez mais difícil — no sentido de mais moroso, mais complexo e a precisar de cada vez maior poder computacional. Foi por isso que, a certa altura, houve gente a instalar supercomputadores em países ou regiões com eletricidade mais barata, para estarem 24 horas sobre 24 horas a trabalhar no código e a tentar extrair bitcoins.

Para os céticos da bitcoin, a questão energética será uma das mais prováveis razões para o colapso da moeda digital. Neste momento, estima-se que está a consumir-se eletricidade a um ritmo anualizado de 32 terawatt-hora em eletricidade com computadores ligados a tentar “extrair” bitcoin. Isso é muito ou pouco? Em Portugal inteiro, consomem-se por ano cerca de 47 terawatt-hora, segundo dados da Pordata relativos a 2015.

Na opinião do ING, este tipo de consumos energéticos são “indesejáveis e insustentáveis, desperdiçando eletricidade que podia ser utilizada em coisas mais úteis“.

6-Falta de organização leva a espontaneidade ou a balbúrdia?
Mais uma vez, o ING salienta que a falta de uma centralidade, uma entidade gestora, na bitcoin é, ao mesmo tempo, o grande atrativo e o calcanhar de Aquiles. É ténue a linha que separa a liberdade e a espontaneidade da balbúrdia e o ING acredita que a bitcoin vai acabar por sucumbir — ainda que outras criptomoedas possam ter mais sucesso neste campo.
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Na bitcoin alguém definiu as regras de como novas moedas eram extraídas, mas falta quem garanta não só que o sistema funciona sem falhas mas, também, que é possível enquadrar inovações no sistema da bitcoin. Um exemplo prático: o que vai acontecer quando a revolucionária computação quântica for capaz de “quebrar” a criptografia da bitcoin? O que acontece ao “nosso dinheiro”?

Outro fator crucial é a aparente simplicidade que existe em copiar a tecnologia da bitcoin, não existindo quaisquer regimes de exclusividade nesta matéria. A moeda digital vem recomendada como dinheiro que nunca será inflacionado por nenhum governo ou banco central (porque o limite máximo é de 21 milhões de moedas), mas a realidade é que a proliferação de moedas digitais e de estirpes da bitcoin abonam pouco a favor dessa noção de que é algo limitado e impossível de replicar.

O ING admite que algumas moedas digitais — poucas — podem sair vitoriosas mas isso faz com que, no fundo, o que está em causa neste momento é uma aposta naquela (ou naquelas) que vai ter sucesso. Como na bolha das dotcom, a maior parte das empresas tecnológicas colapsaram, mas quem investiu na Amazon ou na Google certamente não ficou dececionado. Será que a bitcoin, que vale neste momento 17 mil dólares, vai ser a Google ou a Amazon, ou será que vai ser a Pets.com?

* Uma peça jornalística bem  esclarecedora.

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XIII.O MUNDO SECRETO DOS JARDINS


O MUNDO 
DAS ÁGUAS


* Nesta nova época de "bloguices" que vai de Setembro a Julho do próximo ano, iremos reeditar algumas séries que de forma especial sensibilizaram os nossos visitadores alguns anos atrás, esta é uma delas.

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POR QUE LUTAMOS!



*A campanha Livres & Iguais das Nações Unidas pediu a ativistas e aliados que nos ajudassem a criar um vídeo que capturasse parte da força e do espírito do movimento LGBT. 
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FONTE: ONU Brasil

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MARCHE
PELA SUA SAÚDE 


E VERÁ QUE EMAGRECE

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UVAS DE PORTUGAL
AS CASTAS



FONTE: Casa do Vinho - Famiglia Martini


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Um pouco diferentes










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1464
Senso d'hoje
RAQUEL VARELA
HISTORIADORA
DOCENTE UNIVERSITÁRIA
"Auto-Europa...Trabalhar
ao Sábado?..não há descanso..."



 * Intervenção de professora Raquel Varela no programa "O Último Apaga a Luz "- RTP3, 15 de Dezembro de 2017.

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