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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
12/11/2017
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Elif Shafak
O poder revolucionário
da diversidade do pensamento
"A partir dos demagogos populistas, aprenderemos que a democracia é indispensável", afirma a romancista Elif Shafak, "a partir dos isolacionistas, entenderemos a necessidade da solidariedade global. E, a partir dos tribalistas, compreenderemos a beleza do cosmopolitismo".
Nascida na Turquia, Shafak sentiu na pele a devastação que a perda de diversidade pode trazer, e conhece o poder revolucionários do pluralismo como uma reposta ao autoritarismo.
Nesta palestra passional e pessoal, ela nos lembra que não há binarismo na política, nas emoções e em nossas identidades.
"Ninguém nunca deveria se calar diante o medo da complexidade", diz Shafak.
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ALEXANDRA MONTEIRO
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IN "JORNAL DE NOTÍCIAS"
10/11/17
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Saúde ambiental e legionela
A doença dos legionários, reconhecida
desde 1976, tem vindo a adquirir cada vez maior importância pelo
crescente número de casos identificados, pela sua gravidade e pelo
impacto de surtos associados a diversas estruturas existentes na
comunidade. Constitui uma infeção respiratória aguda (pneumonia), de
instalação súbita, causada por bactérias do género Legionela. O
principal modo de transmissão é através da inalação de aerossóis de água
contaminada com a bactéria, não se transmitindo pela ingestão de água.
Apesar
de a bactéria existir no meio ambiente em reservatórios naturais, como
lagos e rios, o aparecimento de casos de doença encontra-se associado à
colonização de reservatórios artificiais, como redes prediais de água,
sistemas de climatização (torres de arrefecimento, condensadores
evaporativos e humidificadores), sistemas de água climatizada de uso
recreativo ou terapêutico (piscinas climatizadas e banheiras de
hidromassagem) e equipamentos usados na terapia respiratória. Outros
sistemas e equipamentos poderão ser também responsáveis pela
proliferação da bactéria: abastecimento e distribuição de água, de
combate a incêndios, de rega por aspersão, de lavagem de automóveis e
fontes ornamentais.
No sentido de se
prevenir a colonização, e consequente aparecimento de casos de doença,
os gestores dos estabelecimentos devem implementar medidas de prevenção e
controlo, por forma a evitar a sobrevivência e o desenvolvimento da
bactéria nos diversos equipamentos que favoreçam a sua adaptação. Estas
intervenções deverão ser monitorizadas, através da realização de ações
de verificação, internas e externas, no sentido de aferir o estado de
implementação e operacionalização dos programas.
Os
técnicos de saúde ambiental, com formação superior de base para atuar
no binómio saúde-ambiente, são elementos nucleares nos serviços de saúde
pública, desenvolvendo atividades de identificação, caracterização e
redução de fatores de risco para a saúde com origem no ambiente. São
responsáveis pela execução de ações de vigilância sanitária de sistemas,
estruturas e atividades com interação no ambiente, dando um contributo
fundamental na área da prevenção e controlo da legionela, através da
realização de inspeções sanitárias que visam o conhecimento e a análise
do funcionamento das infraestruturas e dos equipamentos, bem como a
promoção de atividades preventivas e de controlo da legionela, prestando
todo o apoio técnico na determinação de medidas corretivas essenciais
para a minimização do risco.
* INVESTIGADORA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SAÚDE AMBIENTAL
IN "JORNAL DE NOTÍCIAS"
10/11/17
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* Viagem extraordinária pelos tesouros da História de Portugal superiormente apresentados por Paula Moura Pinheiro.
Mais uma notável produção da RTP
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XXXI-VISITA GUIADA
À Sala da Aula
no Hospital de São José
e Museu da Marinha
LISBOA - PORTUGAL
* Viagem extraordinária pelos tesouros da História de Portugal superiormente apresentados por Paula Moura Pinheiro.
Mais uma notável produção da RTP
**
As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à
mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios
anteriores.
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RAINHAS DA COLORATURA
O soprano coloratura é um tipo de soprano operático que tem a voz mais aguda de todas e é especializado em repertório distinguido por sua agilidade, saltos e alta tessitura superando facilmente o C6 e não muito raramente até o F6. O termo coloratura refere-se a ornamentação elaborada de uma melodia, característica das obras compostas para esse tipo de voz.
Dentro a categoria coloratura existem papéis escritos especificamente para vozes mais leves conhecidas como ''lírico coloraturas'' e outros para vozes mais pesadas conhecidas como ''dramático coloraturas''. Alguns papéis podem ser cantados por ambas vozes.
Por exemplo, Lucia di Lammermoor de Gaetano Donizetti foi cantada no Metropolitan Opera por muitos anos e com muito êxito pelo soprano lírico-coloratura Lily Ponms, cuja voz era pequena e leve, mas também por Ruth Ann Swenson e Maria Callas, dois exemplos de sopranos ''dramático coloraturas'' .
As categorias dentro do mesmo tipo de coloratura são determinadas pelo volume, peso e cor da voz.
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ESTA SEMANA
NA "SÁBADO"
Advogado prepara terramoto na justiça
Acusado de corrupção no processo que envolve o ex-vice presidente de Angola, Paulo Amaral Blanco denuncia Daniel Proença de Carvalho, o presidente do Banco Atlântico, Carlos Silva, e indica Marcelo Rebelo de Sousa como testemunha
O
processo em si já é sensível: está em causa uma suspeita de corrupção
de um antigo procurador do Ministério Público, em que o corruptor activo
é Manuel Vicente, antigo vice-presidente de Angola. Entre os dois,
segundo a acusação do Ministério Público, houve um intermediário: Paulo
Amaral Blanco, advogado de Vicente, e também acusado por corrupção. A
dois meses do início do julgamento (28 de janeiro de 2018), Paulo Blanco
contestou a tese do MP, colocando no centro da sua defesa dois
personagens: o advogado Daniel Proença de Carvalho, que já reagiu, e o presidente do Banco Privado Atlântico (BPA), Carlos Silva.
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É
preciso recuar um pouco para se apanhar o fio à meada desta história:
em resumo, segundo o Ministério Público, Orlando Figueira, enquanto
procurador do Departamento Central de Investigação e Acção Penal,
arquivou dois processos relativos a Manuel Vicente a troco de
contrapartidas financeiras. Estas passaram por um emprego no Banco Best,
ligado ao BCP que, por sua vez, é controlado pela empresa angolana
Sonangol, e por facilidades de crédito junto do Banco Atlântico.
Em
causa na Operação Fizz estão alegados pagamentos de Manuel Vicente, no
valor de 760 mil euros, ao então magistrado do Departamento Central de
Investigação e Acção Penal (DCIAP) para obter decisões favoráveis.
Em junho deste ano, a juíza Ana
Cristina Carvalho confirmou os crimes constantes na acusação e decidiu
mandar para julgamento Manuel Vicente por corrupção activa em co-autoria
com Paulo Blanco e Armindo Pires, branqueamento de capitais em
co-autoria com Paulo Blanco, Armindo Pires e Orlando Figueira e
falsificação de documento com os mesmos arguidos.
Orlando
Figueira está pronunciado por corrupção passiva, branqueamento de
capitais, violação de segredo de justiça e falsificação de documentos, o
advogado Paulo Blanco por corrupção activa em co-autoria, branqueamento
também em co-autoria, violação de segredo de justiça e falsificação
documento em co-autoria.
A
acusação situa o papel de Paulo Blanco como intermediário. Só que,
depois de dispensado pela Ordem dos Advogados do sigilo profissional,
aquele advogado relatou, na defesa entregue ao tribunal que o irá
julgar, outra versão dos acontecimentos.
A
aproximação entre Orlando Figueira e Angola terá ocorrido, segundo a
versão de Paulo Blanco, primeiro numa viagem àquele país juntamente com o
procurador Vítor Magalhães e, posteriormente, num almoço entre o
próprio, Carlos Silva e Orlando Figueira, no Hotel Ritz, em Lisboa. Um
encontro que terá ocorrido após uma audição no DCIAP do presidente do
Banco Atlântico com o procurador Rosário Teixeira, no âmbito de um
processo que este investigava.
Curiosamente,
segundo Paulo Blanco, o procurador, que recentemente acusou José
Sócrates, optou por não notificar formalmente Carlos Silva para o ouvir
como testemunha, mas através solicitou um contacto através do então
colega, Orlando Figueira. "O arguido nunca, até hoje, percebeu o real
intuito do dr. Rosário Teixeira na realização da citada diligência nas
referidas circunstâncias", referiu a defesa de Paulo Blanco.
Terá
sido durante esse almoço que Orlando Figueira fez saber a Carlos Silva
estar "na inteira disponibilidade" de ir trabalhar para Angola,
manifestando o desejo de sair da magistratura, resolver o problema do
divórcio com a mulher e começar uma nova vida com uma colega
procuradora. Carlos Silva terá manifestado interesse na contratação dos
seus serviços, uma vez que um director do banco em angola estaria de
saída devido a um problema pessoal, em Portugal.
Só
que, no início de Janeiro de 2012, o activista angolano Rafael Marques
terá prestado declarações num processo, envolvendo o Banco Atlântico.
"Tendo tomado conhecimento de tal facto, Carlos Silva decidiu que nenhum
dos bancos poderia contratar Orlando Figueira, aparecendo" com a
sociedade Primagest que "é um mero veículo do BPA". Paulo Blanco admitiu
apenas ter ajudado Orlando Figueira na elaboração do contrato-promessa
de trabalho com um banco, que acabou por não acontecer, e na resolução
de alguns aspectos relativos ao divórcio.
"O
arguido", refere, "não teve qualquer intervenção no contrato de
trabalho" com a Primagest, que segundo a acusação foi a formalidade
necessária para fazer chegar dinheiro ao antigo procurador, "nem no
acordo de revogação", o qual, segundo lhe terá transmitido Orlando
Figueira, "foi elaborado por Daniel Proença de Carvalho".
Este
último advogado volta a aparecer na defesa de Paulo Blanco no chamado
"caso EDIMO", que envolveu suspeitas de fraude fiscal da empresa ligada
ao enteado de Manuel Vicente. O advogado refere ter rejeitado "a oferta
de serviços" de Orlando Figueira, já fora da magistratura do MP,
"recusando também a encomenda, compra e comissões na obtenção de
pareceres jurídicos, Orlando Figueira levou Andre Navarro (gestor do
BPA) e Daniel Proença de Carvalho" a retirarem-lhe a defesa da empresa.
Contactado pela SÁBADO, Daniel Proença de Carvalho não quis prestar
nenhum esclarecimento sobre este caso.
O
nome de Proença de Carvalho volta a ser citado na defesa de Paulo
Blanco, quando este refere que, certo dia, Orlando Figueira lhe contou
que, além da ligação profissional ao BPC, "estava a colaborar
profissionalmente com o BPA, interagindo em Lisboa com André Navarro e
Daniel Proença de Carvalho".
Em
jeito de conclusão, Paulo Blanco critica o Ministério Público por ter
disparado na direcção errada: "Está espelhada no inquérito a identidade
do autor do convite para o procurador Orlando Figueira abandonar a
magistratura do MP"; "Está declarado no inquérito quem interveio na
formalização e celebração do contrato promessa de trabalho, do contrato
de trabalho e na sua revogação"; "Está demonstrado que o arguido não
interveio nesses momentos da vida do procurador Orlando Figueira"
Marcelo Rebelo de Sousa testemunha
O
Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, é uma das testemunhas
abonatórias indicadas por Paulo Blanco, juntamente com Fernando Seara,
professor de Direito e advogado.
Porém,
é no rol das testemunhas com eventual conhecimento directo dos factos
em causa no processo que se encontra um desfile de magistrados: Carlos
Alexandre e Ivo Rosa, juízes do Tribunal Central de Instrução Criminal,
Cândida Almeida, ex-directora do DCIAP, onde correram vário processos
ligados a figuras angolanas, Rosário Teixeira, Ricardo Matos, Vítor
Magalhães, Elisa Santos e Teresa Sanchez, procuradores daquele
departamento, João Maria de Sousa, procurador-geral de Angola, Luís
Neves, director da Unidade Nacional Contra-Terrorismo da Polícia
Judiciária, Orlando Nascimento, presidente do Tribunal da Relação de
Lisboa, Carlos Amaro e Paula Lourenço, advogados, Carlos Silva,
presidente do BPA e Daniel Proença de Carvalho, entre outros advogados,
magistrados e gestores.
* A notícia é o preâmbulo dum enredo digno de telenovela.
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II . O MUNDO SEM NINGUÉM
1- EPIDEMIA
* Nesta nova época de "bloguices" que vai de Setembro a Julho do próximo ano, iremos reeditar algumas séries que de forma especial sensibilizaram os nossos visitadores alguns anos atrás, esta é uma delas.
** As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.
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** As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.
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HOJE NO
"A BOLA"
«Foi surreal, não tenho palavras para estas últimas três corridas»
- Miguel Oliveira
Depois de mais uma vitória no Moto2, no GP de Valência, Miguel Oliveira não conseguiu esconder a felicidade.
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«Foi
surreal, não tenho palavras para estas últimas três corridas. Estou
muito contente pela equipa e estamos muito confiantes para a próxima
época.»
O piloto português da KTM esteve a maior parte da corrida atrás do campeão do mundo Franco Morbidelli e confessou que não esperava conseguir ultrapassá-lo.
«Só vi que tinha possibilidades quando vi a pista limpa, pensei que talvez no fim pudesse apanhá-lo, mantive-me calmo, estava a forçar, mas não ao máximo, pois não queria cometer erros. Desta vez não fiquei atrás dele e passei-o logo e tentei depois ganhar alguma vantagem», disse.
O piloto português da KTM esteve a maior parte da corrida atrás do campeão do mundo Franco Morbidelli e confessou que não esperava conseguir ultrapassá-lo.
«Só vi que tinha possibilidades quando vi a pista limpa, pensei que talvez no fim pudesse apanhá-lo, mantive-me calmo, estava a forçar, mas não ao máximo, pois não queria cometer erros. Desta vez não fiquei atrás dele e passei-o logo e tentei depois ganhar alguma vantagem», disse.
* Piloto fantástico.
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ESTA SEMANA
NO
"SOL"
Banca pode perder 40% do negócio
Carlos Moedas já admite que o novo sistema de pagamentos, a entrar em vigor já em janeiro, vai provocar uma revolução nos serviços. A banca como a conhecemos já tem fim marcado
A banca como a conhecemos vai desaparecer. Em janeiro de 2018 vai
entrar em vigor a nova diretiva de serviços de pagamentos que
simplesmente vai pôr fim ao monopólio que as instituições financeiras
têm sobre a informação financeira dos seus clientes e sobre os serviços
de pagamentos.
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Ainda esta semana, o comissário europeu Carlos Moedas
afirmou que estamos perante uma «revolução» nos serviços de pagamentos
bancários porque implica «mudar paradigmas e reduzir custos».
«As grandes empresas vão ter de viver com novos ‘players’, que irão
invadir os seus negócios. As ‘fintech’ estão a pisar os calcanhares aos
bancos e isso é positivo», revelou o ex-secretário de Estado de Passos
Coelho.
Isto significa que daqui a menos de dois meses qualquer empresa,
desde que esteja licenciada, passa a ter informação sobre as contas
bancárias dos clientes desde que sejam autorizadas, sem estarem sujeitas
à regulação financeira.
A fórmula é simples: os clientes podem recorrer a prestadores de
serviços para gerirem a suas contas, onde é possível, por exemplo,
efetuar o pagamento da conta de eletricidade pela aplicação da Uber ou
pelo Facebook. Outra hipótese é fazer uma compra através de uma
plataforma online, como é o caso da Amazon, e ter a possibilidade de
escolher se quer que esta aceda diretamente aos seus dados bancários
para proceder ao pagamento sem passar por outros intermediários até aqui
tradicionais, como o sistema Visa ou PayPal.
Uma alteração que irá obrigar os bancos a fornecer a estes potenciais
novos prestadores de serviços o acesso às contas dos clientes através
de API (Application Program Interface) abertas. E para os clientes que
tenham mais do que uma conta bancária, a nova diretiva irá introduzir o
conceito de fornecedores de serviços de informações de contas (AISP -
Account Information Service Provider), que possibilita aos consumidores
terem acesso a todas as informações das suas contas num só portal.
Uma novidade que poderá ganhar maiores contornos numa altura em que
estamos a assistir a uma ‘guerra’ aberta às comissões bancárias que
estão atualmente a ser praticadas pelo setor financeiro no mercado
nacional.
A verdade é que embora exista uma maior transferência de dados entre
instituições - o que poderia implicar receios quanto às quebras de
segurança relativamente a dados pessoais -, a nova diretiva traz também
importantes alterações legislativas relativamente à proteção dos dados
dos consumidores. O que vai requerer uma melhor verificação da
identidade do comprador.
Perda de negócio
As consequências para o setor já são visíveis. De acordo com os
consultores da Roland Berger, a nova diretiva vai afetar mais de mil
milhões de clientes bancários e, como tal, irá colocar em risco entre
25% e 40% do produto bancário dos bancos a operar na União Europeia.
Para a consultora, os riscos para o sistema financeiro não ficam por
aqui, ao considerar que os bancos «enfrentam um risco de perda da
relação do dia a dia com os clientes pela transferência dos serviços de
gestão financeira e de pagamentos para plataformas online ou mobile de
novos operadores, que não se encontram restringidos pela infraestrutura
bancária existente».
E deixa um recado: se nada fizerem, «o papel dos bancos estará
gradualmente limitado». Daí defender que estes devem desenvolver as suas
próprias soluções de agregação e de iniciação de pagamentos, o que
poderá ser visto como uma oportunidade para o setor, «sob pena de
perderem a sua relevância».
Uma opinião partilhada pelo governador do Banco de Portugal (BdP), ao
admitir que as novas regras vão trazer «oportunidades de negócio num
mercado mais inovador e concorrencial».
De acordo com Carlos Costa, «vai haver espaço para que apareçam novas
entidades que não estavam no horizonte do atual sistema de pagamentos,
uma entidade terceira, entre consumidor e banco. Mas só tem sentido se
essa entidade trouxer em eficiência, custo e segurança uma vantagem face
a interlocutores iniciais».
Já sobre o papel dos reguladores neste novo cenário, o governador
disse apenas que cabe a estes assegurar a neutralidade da regulação para
que esta não seja «um entrave à inovação, nem proteja os incumbentes
(empresas já no mercado), garantindo a salvaguarda das condições de
risco e segurança».
Novo Banco reage
A entidade liderada por António Ramalho lançou a partir deste sábado
uma nova forma de pagamentos. Trata-se do NBChatPay que permite
transferir dinheiro para contactos do telemóvel, em ambiente de chat,
sem necessidade de sair da respetiva aplicação. «Disponível para
clientes com a NB smart app instalada no telemóvel, o NBChatPay permite
fazer transferências de pequenas quantias de forma imediata, sem
complicações, em aplicações tão variadas como o Messenger, o WhatsApp,
ou mesmo em conversas por SMS», revelou no Novo Banco.
Este novo sistema funciona em ligação com o sistema MB WAY e permite
transferir tanto para clientes que já são aderentes àquele sistema, como
aos que ainda não o são.
O SOL entrou em contacto com os principais bancos e só a CGD adiantou
que «a Caixa está em processo de formação aos seus colaboradores com
contacto direto com clientes».
A verdade é que quando a diretiva entrar em vigor em janeiro, vão ser
regulados dois tipos de operadores: os agregadores de informação, que
compilam a informação das diferentes contas bancárias dos clientes
mediante a sua autorização, oferendo um serviço integrado de gestão das
finanças pessoais; e os operadores de iniciação de pagamentos, que
prestam um serviço de pagamento conta a conta.
Apesar de entrarem em vigor em janeiro, a novas regras vão sofrer
alterações para a aprovação dos padrões técnicos regulatórios sobre a
autenticação e a segurança das comunicações.
* Não temos pena
**A banca portuguesa foi sempre "tubarónica" em relação ao pequeno e médio aforrador, os assaltos com taxas e comissões são permanentes.
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ESTA SEMANA NO
"EXPRESSO"
"EXPRESSO"
“Há jovens que já bebem
uma garrafa de destilados por dia”
A Unidade de Alcoologia de Lisboa, o
primeiro centro de tratamento do alcoolismo a abrir em Portugal,
completa 50 anos na próxima semana. E, ao contrário do que acontece com a
toxicodependência, o problema não está a diminuir. O consumo está a
aumentar entre as mulheres e há uma perigosa mudança de padrão entre os
jovens, alerta Francisco Henriques, diretor da consulta.
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O que mudou na relação dos portugueses com o álcool nestes 50 anos?
Nessa época, muitos começavam a beber ainda em criança. Isso melhorou. Há uma maior consciencialização, e a idade média de início do consumo está agora nos 16 anos.
Ainda assim, o consumo está a aumentar.
É verdade, sobretudo entre as mulheres, o que é preocupante, já que o risco de ficarem dependentes é maior. O seu metabolismo é mais vulnerável.
A toxicodependência está a baixar. Por que razão não acontece o mesmo com o álcool?
Há uma mudança de padrão. As pessoas estão a deixar de usar tanto as drogas ilícitas e voltam-se mais para o álcool. É mais barato e mais bem aceite.
O número de portugueses em tratamento por dependência do álcool é o mais elevado de sempre. Como se explica?
Estamos a detetar o problema mais cedo. Mas, embora haja muita gente em tratamento, há um número muito elevado que nunca chega a tratar-se, porque não tem consciência do problema. A dependência começa muito devagarinho.
Como?
Com a experimentação na adolescência, as pessoas descobrem que ficam mais bem-dispostas ou sentem-se mais tranquilas com álcool, e a tendência é repetir. Há pessoas que têm uma espécie de marcador que as faz parar, sem esforço, ao fim de um ou dois copos, porque não lhes apetece mais ou não ficam tão bem-dispostas. Essas não vão ter um problema de dependência. Quem o pode ter são as pessoas que não têm esse travão biológico e vão aumentando a tolerância. Ao fim de um tempo, um copo já não faz efeito, são precisos dois, e a tolerância vai subindo até haver consequências.
Estima-se que 300 mil portugueses têm consumos de risco. Em que é que isso se traduz?
A Organização Mundial da Saúde estabelece como limite uma unidade de álcool por dia no caso das mulheres e duas no caso dos homens. Nesse sentido, se uma mulher bebe, em média, três ou quatro copos, já está numa situação de abuso, o mesmo acontecendo no caso dos homens com cinco ou seis.
Tanto faz ser cerveja ou uísque, por exemplo?
Sim. A cerveja tem 4,5 graus de álcool, mas são 33 centilitros, enquanto o uísque tem 40 ou 45 graus, mas são quatro centilitros. Ou seja, o uísque é dez vezes mais forte, mas uma garrafa de cerveja tem dez vezes mais volume, portanto equivalem-se. Mas as pessoas acham que só bebem vinho bom ou só bebem cerveja, e por isso está tudo bem. Não está.
O que mudou no padrão de consumo dos jovens?
Durante muitos anos, o álcool era a forma de afirmação dos rapazes quando começavam a conviver com os homens, no café ou na taberna. Beber intensivamente nas discotecas é agora a nova forma de iniciação. É o chamado binge drinking, que passa por uma intoxicação alcoólica aguda e muito rápida.
É um padrão mais perigoso?
Penso que sim. Beber ao longo do dia, ao almoço e ao jantar, é um padrão do Sul da Europa. Mas estamos a desenvolver cada vez mais um padrão de consumo intensivo, concentrado à noite ou ao fim de semana. Durante a semana, portam-se bem, mas embriagam-se à sexta e ao sábado. Como só bebem ao fim de semana, acham que não têm nenhum problema.
E têm?
Podem ter. A questão não tem que ver com o calendário dos consumos. Tem que ver com o facto de, quando começa a beber, a pessoa não conseguir parar. E de beber apesar das consequências. Apesar de a mulher pedir para não beber, de os filhos se queixarem, de no trabalho se começar a notar, etc.
O alcoolismo pode aumentar?
É possível que haja um agravamento dos consumos. Há uma parte da população que pode desenvolver um grave problema de dependência numa idade precoce, jovens que aos 20 e poucos anos têm um consumo médio de uma garrafa de destilados por dia. Já temos casos na unidade.
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O que mudou na relação dos portugueses com o álcool nestes 50 anos?
Nessa época, muitos começavam a beber ainda em criança. Isso melhorou. Há uma maior consciencialização, e a idade média de início do consumo está agora nos 16 anos.
Ainda assim, o consumo está a aumentar.
É verdade, sobretudo entre as mulheres, o que é preocupante, já que o risco de ficarem dependentes é maior. O seu metabolismo é mais vulnerável.
A toxicodependência está a baixar. Por que razão não acontece o mesmo com o álcool?
Há uma mudança de padrão. As pessoas estão a deixar de usar tanto as drogas ilícitas e voltam-se mais para o álcool. É mais barato e mais bem aceite.
O número de portugueses em tratamento por dependência do álcool é o mais elevado de sempre. Como se explica?
Estamos a detetar o problema mais cedo. Mas, embora haja muita gente em tratamento, há um número muito elevado que nunca chega a tratar-se, porque não tem consciência do problema. A dependência começa muito devagarinho.
Como?
Com a experimentação na adolescência, as pessoas descobrem que ficam mais bem-dispostas ou sentem-se mais tranquilas com álcool, e a tendência é repetir. Há pessoas que têm uma espécie de marcador que as faz parar, sem esforço, ao fim de um ou dois copos, porque não lhes apetece mais ou não ficam tão bem-dispostas. Essas não vão ter um problema de dependência. Quem o pode ter são as pessoas que não têm esse travão biológico e vão aumentando a tolerância. Ao fim de um tempo, um copo já não faz efeito, são precisos dois, e a tolerância vai subindo até haver consequências.
Estima-se que 300 mil portugueses têm consumos de risco. Em que é que isso se traduz?
A Organização Mundial da Saúde estabelece como limite uma unidade de álcool por dia no caso das mulheres e duas no caso dos homens. Nesse sentido, se uma mulher bebe, em média, três ou quatro copos, já está numa situação de abuso, o mesmo acontecendo no caso dos homens com cinco ou seis.
Tanto faz ser cerveja ou uísque, por exemplo?
Sim. A cerveja tem 4,5 graus de álcool, mas são 33 centilitros, enquanto o uísque tem 40 ou 45 graus, mas são quatro centilitros. Ou seja, o uísque é dez vezes mais forte, mas uma garrafa de cerveja tem dez vezes mais volume, portanto equivalem-se. Mas as pessoas acham que só bebem vinho bom ou só bebem cerveja, e por isso está tudo bem. Não está.
O que mudou no padrão de consumo dos jovens?
Durante muitos anos, o álcool era a forma de afirmação dos rapazes quando começavam a conviver com os homens, no café ou na taberna. Beber intensivamente nas discotecas é agora a nova forma de iniciação. É o chamado binge drinking, que passa por uma intoxicação alcoólica aguda e muito rápida.
É um padrão mais perigoso?
Penso que sim. Beber ao longo do dia, ao almoço e ao jantar, é um padrão do Sul da Europa. Mas estamos a desenvolver cada vez mais um padrão de consumo intensivo, concentrado à noite ou ao fim de semana. Durante a semana, portam-se bem, mas embriagam-se à sexta e ao sábado. Como só bebem ao fim de semana, acham que não têm nenhum problema.
E têm?
Podem ter. A questão não tem que ver com o calendário dos consumos. Tem que ver com o facto de, quando começa a beber, a pessoa não conseguir parar. E de beber apesar das consequências. Apesar de a mulher pedir para não beber, de os filhos se queixarem, de no trabalho se começar a notar, etc.
O alcoolismo pode aumentar?
É possível que haja um agravamento dos consumos. Há uma parte da população que pode desenvolver um grave problema de dependência numa idade precoce, jovens que aos 20 e poucos anos têm um consumo médio de uma garrafa de destilados por dia. Já temos casos na unidade.
* Uma verdadeira desgraceira, responsáveis:
- pais e cuidadores que não ligam patavina aos jovens à sua guarda.
- Empresários que têm lucro à custa da degradação juvenil.
- Sucessivos governos que assobiam para o lado.
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ONTEM NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Este ano já foram incendiados 258 ecopontos no Grande Porto
Destruídos
258 contentores desde o início do ano no Grande Porto. Porto lidera o
ranking, seguindo-se Póvoa de Varzim e Vila do Conde.
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Desde
o início do ano, em sete dos oito municípios integrantes da Lipor já
foram incendiados 86 ecopontos (258 contentores) de recolha seletiva.
Porto, Póvoa de Varzim e Vila do Conde lideram a lista negra. Segundo as
contas da empresa que gere os resíduos do Grande Porto, a mão criminosa
já custou 129 mil euros.
Há suspeitas de que, mais do que vandalismo ou
descuido, haja grupos organizados a atuar para roubar material
reciclável.
* Educação "tuguesa".
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ESTE MÊS NA
"PCGUIA"
Digital 24 tem uma pen drive USB de
16GB com sensor de impressões digitais
A Digital 24 seleccionou a plataforma Kickstarter para poder prosseguir com o desenvolvimento e comercialização do projecto SecureKey.
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HONRA DIGITAL |
A Digital 24, uma empresa que desenvolve soluções de segurança, seleccionou a plataforma Kickstarter para poder prosseguir com o desenvolvimento e comercialização do projecto SecureKey.
A pen drive USB de 16GB de capacidade da Digital 24 dispõe de uma
partição, para o armazenamento de passwords e de ficheiros, cujo acesso é
efectuado através de uma solução de software da própria empresa e de um
sensor de impressões digitais.
A SecureKey, para garantir a protecção dos dados dos utilizadores,
utiliza a encriptação AES 256-bit (Advanced Encryption Standard).
A campanha de crowdfunding do projecto SecureKey termina no dia 7 de
Dezembro de 2017. Caso consiga angariar 150 mil dólares (cerca de 129
mil euros), a Digital 24 tem previsto entregar as primeiras unidades da
pen drive USB a partir do mês de Abril de 2018.
* Há-de chegar o tempo que as impressões digitais serão insuficientes e, por exemplo, teremos de ser reconhecidos pelas papilas da língua ou por análise capilar. Isto quer dizer que a "palavra de honra" é cada vez mais um conceito perdido.
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