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O Público dá conta
de uma reunião realizada em dezembro de 2013 em que os responsáveis
técnicos da supervisão terão recomendado à Administração do Banco de
Portugal a retirada da idoneidade ao Presidente do Banco Espírito de
Santo, o que levaria ao afastamento de Ricardo Salgado.
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Numa reunião descrita como “tensa” estavam em cima da mesa
tanto a degradação da saúde financeira do BES/GES bem como a retirada da
idoneidade de Ricardo Salgado pela falta no cumprimento das suas
obrigações fiscais. O Governador do Banco de Portugal discordou da
retirada da idoneidade alegando não poder fazer uso de “informação
privilegiada”.
Os técnicos terão questionado esta interpretação invocando
que a informação tinha sido entregue ao banco central pelo próprio
Ricardo Salgado. O Presidente do BES viria a sair apenas em junho de
2014 apenas mês e meio antes da resolução do banco.
Esta notícia é conhecida no dia em que Carlos Costa vai ao
parlamento responder às questões levantadas nos últimos dias sobre o
papel do Banco de Portugal na supervisão do Banco Espírito Santo.
Recorde-se que Ricardo Salgado afirmou recentemente que não só o
governador nunca lhe pediu para sair como lhe pediu expressamente “para
proceder à liderança na família da transição para uma gestão mais
profissional e foi o que fiz”.
A audição da Comissão de Orçamento Finanças e Modernização
Administrativa deverá ter lugar às 18h, logo após a sessão plenária da
Assembleia da República.
* A verdadeira história começa a ser contada e a pôr em causa a competência do sr. Governador do BdP.