HOJE NO
"OBSERVADOR"
CDS vai propor eliminação
do imposto da batata frita
Entre as propostas de alteração ao Orçamento que o CDS está alinhar está a eliminação do novo imposto sobre o sal e também da taxa criada há um ano para refrigerantes.
O CDS quer retirar a carga que o Governo propõe, no Orçamento do Estado para o próximo ano, sobre os produtos com mais sal, mas também quer eliminar a taxa sobre as bebidas açucaradas criada no Orçamento que está atualmente em vigor.
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DEPUTADO
POTATO CHIP |
Na
semana em que os partidos ultimam as suas propostas de alteração ao
Orçamento — que têm de ser entregues no Parlamento até à próxima
sexta-feira –, o CDS compila “10 propostas para a economia”, num
documento, onde inclui a “eliminação do imposto sobre os alimentos com
elevado teor de sal e a eliminação do imposto sobre medidas açucaradas”,
entre outras já conhecidas. Ao Observador, o deputado Pedro Mota Soares justifica
a decisão com o facto de “este não ser um imposto sobre o vício. É
importante reduzir o consumo do sal e do açúcar, mas não pela via
fiscal. Fazê-lo pela via fiscal é apenas para arrecadar receita“.
A oposição do partido à nova taxa de 80 cêntimos por quilograma nos
produtos com mais sal já era conhecida, mas tomará forma de proposta de
alteração ao Orçamento. Recorde-se que o PCP também já manifestou
dúvidas quanto a este agravamento fiscal proposto pelo Governo, não se
sabendo ainda se os comunistas tencionam bloquear a nova taxa. O CDS
está a contar com a oposição do PCP.
Além disso, o CDS propõe ainda alterações ao nível do Estatuto dos Benefícios Fiscais.
Uma delas é no regime de remuneração convencional do capital social,
para que o desagravamento fiscal previsto para entradas em dinheiro que
visem o aumento de capital de empresas abranja os aumentos de capital
feitos com recurso aos lucros gerados no próprio exercício. A medida,
diz o CDS, foi prometida pelo próprio Governo e recomendada pelo
Conselho Económico e Social, mas não foi incluída no Orçamento. Outra
medida — que está nestas mesmas circunstâncias — e que os
democratas-cristãos querem ver introduzida no Orçamento é que a dedução
fiscal com despesas em recapitalização de empresas seja alargado a
pessoas coletivas (agora só está consagrado em sede de IRS e não de
IRC).
O CDS vai também pedir ao Governo que aceite fazer uma “avaliação de todas as taxas/contribuições
que recaiam sobre empresas”, eliminando “aquelas que comprovadamente
não tenham tido contrapartidas em 2016 e 2017”. Esta avaliação pretende
abranger todas as taxas que existem, quer sejam cobradas pelo Estado
central, quer sejam cobradas a nível municipal.
Ganha também corpo, entre estas dez propostas de alteração que o CDS se prepara para entregar, a proibição
de cativações na formação profissional. Uma questão que o CDS tem
colocado sempre ao Governo no debate deste Orçamento do Estado. Além
disso, os centristas alinham neste documentos as outras propostas, na
área da economia, que já tinham anunciado, como a eliminação do aumento
do Imposto Sobre os Produtos Petrolíferos, a redução
do limite mínimo do Pagamento Especial por Conta para 500 euros, a
isenção de IRS do trabalho extraordinário ou suplementar, a redução da
taxa de IRC ou o supercrédito fiscal para o investimento.
* Aqui na casa concluímos que o CDS/PP nutre um carinho especial pelos produtores e negociantes de venenos em forma de alimentos. O sal e o açúcar são venenos.
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