14/11/2017

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HOJE NO 
"AÇORIANO ORIENTAL"

Açores com mais reclamações à ANACOM sobre comunicações eletrónicas

Os Açores lideram nas reclamações à Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) sobre comunicações eletrónicas por cada cem mil habitantes, de acordo com um documento hoje divulgado por esta entidade. 
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Segundo o documento, no primeiro semestre do ano, a ANACOM recebeu dos Açores 123 queixas por cada cem mil habitantes, quando em Portugal continental esse número é de 116 reclamações por cada cem mil habitantes e na Madeira 115.

Numa conferência de imprensa em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, o presidente da autoridade, João Cadete de Matos, explicou que “uma das matérias de trabalho da ANACOM é acompanhar as reclamações que são feitas pelos consumidores junto dos operadores”.

“No caso das comunicações há problemas com a venda dos serviços e com aspetos relacionados com a contratualização dos serviços e aspetos relacionados com o cancelamento dos serviços”, precisou João Cadete de Matos, frisando que esta “é uma matéria” que tem vindo a insistir junto dos operadores de telecomunicações na necessidade de “reduzir drasticamente o número de reclamações em Portugal, melhorando a qualidade de satisfação dos consumidores”.

Já no caso das reclamações sobre serviços postais, a Madeira apresenta 55 reclamações por cada 100 mil habitantes, seguindo-se os Açores, com 30 queixas em cada cem mil habitantes e, por fim, o continente português com 20.

O presidente da ANACOM reconhece nos Correios problemas com “os tempos de espera relacionados com o atendimento e, também, atrasos na entrega”.
“É um tema que tem sido motivo da agenda das reuniões de trabalho com os CTT e vamos ter de ter em consideração para o futuro”, referiu, esclarecendo que, pese embora os indicadores revelarem que “houve uma melhoria em relação aos Açores no cumprimento dos prazos de entrega, nomeadamente do correio normal, o correio azul está um bocadinho mais afastado dos indicadores” nacionais.

Para o presidente da ANACOM, “quer no correio, quer sobretudo nas encomendas, com o desenvolvimento do comércio eletrónico”, têm de ser criadas condições para que os Correios “prestem o seu serviço”.

O responsável da delegação dos Açores da ANACOM, Luís Anselmo, que também esteve presente na conferência de imprensa, explicou que nas fiscalizações às estações de Correios verifica-se que “existem poucas pessoas para atender” e confirmou-se que os reembolsos das passagens aéreas “fez crescer imenso o tempo de espera de atendimento”.

João Cadete de Matos considerou ser desejável neste aspeto “formas mais expeditas”, dado que se está numa época de “simplificação administrativa”, para que o serviço de reembolso seja mais célere e com menos incómodo, mas ressalvando que esta não é uma competência da ANACOM.

O presidente da ANACOM adiantou que, no que respeita às redes de alta velocidade, constata-se que nos Açores há “assimetrias”, com concelhos que ainda não beneficiam de um nível de acesso tão evoluído como outros, “situação que é em tudo análoga ao que se passa nas zonas do interior, norte, centro e sul do país”.

No documento distribuído aos jornalistas, a ANACOM conclui, por exemplo, que nos Açores há uma “significativa cobertura de redes fixas de alta velocidade”, “elevados níveis de utilização da Internet (redes sociais, comércio eletrónico e ‘e-government’) e “níveis de satisfação elevados”.

Já nos serviços postais, a densidade da rede postal e demora do encaminhamento é aceitável, considera a ANACOM.

* O cidadão comum frente aos tubarões das operadoras de comunicações não passa de uma pequena e frágil amiba.

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