26/11/2017


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Ciência revela o segredo do desejo sexual

Na verdade, é um segredo que se desdobra em múltiplos detalhes que vão determinar, a um nível inconsciente, a vontade de termos (ou não) sexo com outras pessoas. E a vontade de elas fazerem o mesmo connosco, bem entendido.

São tantos os porquês, quando se fala em desejo sexual, que daria um tratado tentar responder a todos eles. Porque queremos tanto ter sexo com algumas pessoas e nenhum contacto físico com outras? Onde começa, de facto, a atração sexual? E em relação a nós próprios: porque somos tão apetecíveis aos olhos de uns e tão pouco aos olhos de outros?
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O DEBATE
Talvez porque no amor haja mesmo razões que a razão desconhece, a avaliar pelas conclusões de uma pesquisa do neurocientista e futurista norte-americano Eric Haseltine, publicada na revista Psychology Today. Por isso, e porque todos temos um lado primitivo bastante forte, mais vale perceber como funciona este mecanismo para não comprometer a qualidade (e a durabilidade) das relações amorosas.

«Os franceses usam a expressão je ne sais quoi (literalmente “um não sei quê”) para descrever aquele toque de mistério que faz com que uma pessoa em particular seja sexualmente atrativa», explica o especialista.

Na prática, ainda que possamos saber o tipo de parceiro que preferimos, desconhecemos quase sempre os motivos dessa escolha inconsciente, mesmo tratando-se de uma questão vital para a sobrevivência da espécie. Mas uma coisa é certa: o cheiro é determinante nessa escolha

E não, o neurocientista não sugere que nos ponhamos a cheirar as axilas (ou qualquer outra parte odorífera do corpo, já agora) de uma pessoa que acabámos de conhecer: provavelmente, só isso já cortaria o desejo sexual do mais afoito.

O que não significa que não devamos ficar atentos ao que nos diz a intuição, alerta Haseltine. Se por acaso o cheiro dessa nova conquista evocar o de um ex com quem a relação anterior descambou, o mais certo é tratar-se de um aviso de que estamos a sentir-nos atraídos pela pessoa errada.

* Por vezes teoriza-se demais quando o que se deve fazer é pegar no "assunto" com ambas as mãos e debatê-lo.

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