26/09/2017

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HOJE NO 
"A BOLA"

Governo português responderá a `nota verbal´ angolana `no prazo devido´

O Ministério dos Negócios Estrangeiros português confirmou hoje ter recebido `uma nota verbal` do Ministério das Relações Exteriores de Angola, à qual irá responder `no prazo devido´.
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TOPO CHÚLIO
 «O Ministério dos Negócios Estrangeiros recebeu uma nota verbal do Ministério das Relações Exteriores de Angola, à qual responderá no prazo devido», disse à Lusa fonte oficial do Palácio das Necessidades, sem adiantar mais informações.

O jornal i noticiou hoje que o executivo angolano enviou uma nota de repúdio ao Governo português, em que acusa ´as autoridades portuguesas´ de enveredarem ´por uma via manifestamente política que se traduz num ato inamistoso, incompatível com o espírito e a letra de relações iguais, as únicas que podem pautar o desenvolvimento da amizade e cooperação entre os dois Estados soberanos que se respeitam mutuamente´.

Em causa está a constituição como arguido, por corrupção ativa, do ex-vice-presidente de Angola, Manuel Vicente, que as autoridades angolanas dizem gozar de imunidade e, como tal, apenas ter de responder perante a justiça do seu país.

O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, foi um dos convidados para assistir hoje à cerimónia de posse do novo chefe de Estado de Angola, João Lourenço.

Já na segunda-feira, o Presidente português reuniu-se em Luanda com José Eduardo dos Santos, que deixou o poder em Angola ao fim de 38 anos.

No final do encontro, Marcelo Rebelo de Sousa destacou a ´aproximação´ entre Portugal e Angola fomentada por José Eduardo dos Santos, mesmo com divergências pontuais.

Nesta deslocação a Angola, foi acompanhado pelo chefe da diplomacia portuguesa, Augusto Santos Silva, que, na segunda-feira, disse à Lusa ter cumprimentado o ministro das Relações Exteriores ainda em funções, Georges Chikoti.

O Governo português, pela voz do primeiro-ministro, António Costa, já garantiu que as relações bilaterais estão ´ótimas´, enquanto Santos Silva afirmou à Lusa, a partir de Luanda, que as relações são ´normais´ e ´bem consolidadas´.

* Tradução do recadete da ditadura angolana:
Avisam-se as autoridades portuguesas que qualquer bandido angolano que goze de imunidade diplomática pode cometer impunemente crimes no vosso país.

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