20/09/2017

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ONTEM E HOJE NO 
"DINHEIRO VIVO"
Vinhos de Lisboa duplicam vendas para
.Estados Unidos da América

Os Vinhos de Lisboa duplicaram as vendas para os Estados Unidos da América no primeiro semestre deste ano face a igual período de 2015, sendo o maior mercado da exportação, anunciou hoje a respetiva Comissão Vitivinícola Regional (CVR).

No primeiro semestre deste ano, foram faturados naquele mercado 9,8 milhões de euros com a venda de 3,1 milhões de garrafas de vinhos da região de Lisboa, quando em igual período de 2016 foram 2,3 milhões de garrafas e sete milhões de euros faturados e, em 2015, 1,6 milhões de garrafas e 4,8 milhões de euros, de acordo com a CVR.


A região de Lisboa regista, assim, resultados acima da tendência de crescimento das vendas dos vinhos nacionais para aquele mercado. 
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As vendas totais de vinhos portugueses representaram, no primeiro semestre deste ano, uma faturação de 25,5 milhões de euros com 12,5 milhões de garrafas vendidas, contra 24 milhões de euros e 11,9 milhões de garrafas em 2016 e 22 milhões de euros e 10,7 milhões de garrafas em 2015, segundo dados do Instituto da Vinha e do Vinho.

“Os Vinhos de Lisboa têm uma capacidade enorme de se adaptarem ao mercado pela qualidade/preço que apresentam”, justificou Vasco Avillez, presidente da CVR de Lisboa.

Para esses resultados contribuíram também as ações promocionais reforçadas nos últimos três anos, face à quebra nas vendas para Angola, e os prémios arrecadados por alguns vinhos, como é o caso do vinho Quinta de S. Francisco, da Companhia Agrícola do Sanguinhal, que acaba de ganhar uma medalha de duplo ouro no concurso San Francisco International Wine Competition, na Califórnia.

A distinção vem juntar-se às 615 medalhas já arrecadadas este ano, até agora, quando em 2016 foram ganhas 817.

Em 2016, foram vendidas 36 milhões de garrafas e foram faturados 97 milhões de euros em vinhos da região de Lisboa. Do total das vendas anuais, 70% resultaram da exportação.

Os Estados Unidos da América são o principal destino das exportações dos Vinhos de Lisboa, seguindo-se Noruega, Suécia, Finlândia, Canadá, Brasil e China.

A região de Lisboa é responsável por 25% da produção nacional de vinhos e quer candidatar-se a capital europeia do vinho em 2018, conforme aprovado hoje na Câmara de Torres Vedras, que lidera a candidatura.

Com as vindimas a terminarem, são esperados 100 milhões de litros produzidos nesta colheita. Apesar de uma descida esperada de 5% face a 2016, as uvas apresentam uma qualidade como não se observava há vários anos, explicou Vasco Avillez.

Para celebrar as vindimas, a região promove em Alenquer o evento Alma do Vinho, entre quinta-feira e domingo, com concertos com o grupo de flamengo Raízes do Fado (21), de Cuca Roseta (22), Richie Campbell (23) e David Antunes (24), passeios pelas vinhas de helicóptero ou ‘mini buggy’, um pequeno automóvel, pisoteio das uvas típico das vindimas, sessões de show cooking por conceituados ‘chefs’, palestras, cursos e provas de vinhos e animações de rua.

A região dos vinhos de Lisboa é a maior exportador nacional de vinhos certificados e a segunda maior do país em área de produção, com cerca de 26 mil hectares de vinha. E possui oito vinhos com Denominação de Origem (Alenquer, Arruda, Torres Vedras, Óbidos, Encostas D’Aire, Bucelas, Carcavelos, Colares), dois vinhos regionais de Lisboa (sendo um deles o único leve do país) e uma aguardente (Lourinhã) com Denominação de Origem.

O melhor vinho branco do mundo 
esgotou num dia. É português

O Conde d’ Ervideira Branco Reserva Alentejo DOC, que ganhou a medalha Grand Gold no Mundus Vini Summer Tasting 2017, o primeiro branco nacional a ganhar este prémio, esgotou num único dia na adega.

Da produção de 35 mil garrafas, restavam na herdade da Ervideira, no Alentejo, 20 mil, “e esgotaram todas, com encomendas da Suíça, Luxemburgo, Bélgica e Portugal. A colheita de 2016 esgotou e agora só em maio de 2018 teremos novamente Conde D’Ervideira branco“, afirma ao Dinheiro Vivo Duarte Leal da Costa, diretor geral da herdade.
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Este vinho produzido com uvas tradicionais do Alentejo, Antão Vaz, e que faz o seu estágio de seis meses em barricas de carvalho húngaro, tem um preço de venda ao público de 10 euros.


Na 21ª edição da Mundus Vini Summer Tasting, este ano, foi também premiado um outro vinho branco da Ervideira, o Lusitano, “mas com uma medalha de ouro, não é a grande medalha”, salienta o diretor geral. Trata-se de um vinho branco, aromatizado que está à venda, “pelo preço ridículo de 5 euros”.

Entretanto, na Ervideira já se trabalha para o próximo ano, quando será lançado o Ervideira Bionatur, “um vinho que resulta unicamente de agricultura biológica. Queremos fazer um lançamento de 25 mil garrafas, na categoria premium, e terá um preço de 12,50 euros a garrafa”, adianta Duarte Leal da Costa.

* Ébrios de alegria apenas lamentamos não poder provar o néctar.


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