11/09/2017

.

HOJE  NO 
"OBSERVADOR"

21 fotos da vida dentro das
.casas-cubículo de Hong Kong

Por um apartamento com menos de 1,5 metros quadrados, os habitantes de Hong Kong podem ter de pagar o equivalente a 255 euros. A sanita fica ao lado do fogão. A cama é também a mesa de jantar.
.
Há tantas pessoas a viver em Hong Kong, que tem a mesma área que o distrito de Lisboa, como quase 75% da população portuguesa. Atrás do néon das grandes lojas de tecnologia, das montras de marcas de luxo e dos arranha-céus dos grandes centros económicos, cerca de 200 mil pessoas (40 mil das quais crianças) vivem dentro de cubículos que não têm mais do que 10 metros quadrados e que custam pelo menos 210 euros mensais.
.
O fotógrafo Benny Lam passou quatro anos a visitar essas casas. Muitas vezes nem sequer se conseguia por de pé, contou à National Geographic.
.

Estes cubículos com paredes feitas de tela de arame são ilegais: são construídos à margem da lei por donos de apartamentos com 40 metros quadrados que os dividem em verdadeiras jaulas. Dentro desses cubículos, a sanita fica mesmo ao lado do fogão e a cama é também a mesa de jantar. É o resultado de uma realidade sufocante num país em crescimento mas sem espaço, com o mercado imobiliário mais caro do mundo.
.

Quatro anos depois de visitar as casas destas pessoas, que são sobretudo empregados de mesa ou seguranças em centros comerciais nas ruas mais luxuosos de Hong Kong, Benny Lam publicou a série de fotografias “Trapped”, de que fala também na sua página de Facebook. Para ele, é também um ensaio sobre as injustiças sociais nesta região autónoma chinesa.

* Quando estivemos em Hong Kong demos bem conta de como a maior miséria suporta o luxo. Não são precisas 21 fotos.


.

Sem comentários:

Enviar um comentário