23/09/2017

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 ESTA SEMANA NA 
  "VISÃO"
Presidente do Governo da Catalunha
.acusa Madrid de impor
 "estado de exceção"

A Guardia Civil espanhola deteve 12 pessoas, e está a proceder a buscas nos departamentos de Economia, Exterior, Trabalho e Governação do Governo da Catalunha no quadro das investigações sobre o referendo independentista 
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O presidente do governo regional da Catalunha, Carles Puigdemont, acusou hoje o Governo espanhol de "suspender de facto" a autonomia da Catalunha e "aplicar um estado de exceção", apelando aos catalães a responderem com "firmeza e serenidade".

Puigdemont compareceu no palácio do executivo regional, rodeado dos seus conselheiros, para ler em tom solene uma declaração institucional, no dia em que foram detidos vários altos funcionários do Governo da Catalunha.

A Guardia Civil espanhola deteve 12 pessoas, e está a proceder a buscas nos departamentos de Economia, Exterior, Trabalho e Governação do Governo da Catalunha no quadro das investigações sobre o referendo independentista.

Fontes judiciais ligadas à investigação disseram à EFE que entre os detidos encontram-se o número dois da conselheira para a Economia, Josep Maria Jové, o secretário das Finanças, Josep Lluís Salvadó, Josué Sallent Rivas, responsável pelo Centro de Telecomunicações e Tecnologias de Informação (CCTI) e Xavir Puig Farré, do Gabinete dos Assuntos Sociais.

Outros detidos são Paul Furriol e Mercedes Martínez (ambos relacionados com o aluguer de um armazém onde supostamente se encontra 'material eleitoral'), David Franco Martos (CCTI), David Palancad Serrano, do Gabinete de Assuntos Externos e Juan Manuel Gómez, do gabinete do Departamento de Economia e Finanças.

As detenções e as nove operações de busca ordenadas pelo Tribunal de Instrução n.º 13 de Barcelona, no quadro das investigações sobre o eventual uso indevido de fundos públicos nos preparativos do referendo, suspenso por ordem do Tribunal Constitucional.

Os agentes estão a fazer buscas, desde o princípio da manhã, ao gabinete de Joan Salvadó, número dois do Departamento de Economia, no centro da cidade de Barcelona.

Os escritórios do Departamento de Economia estão igualmente a ser alvo de buscas, assim como o edifício onde está instalada a Agência Tributária da Generalitat.

Utilizando um grande dispositivo, a Guardia Civil entrou esta manhã na sede do Departamento de Assuntos Externos, que funciona na residência oficial do presidente da região autónoma da Catalunha.

A polícia está igualmente no Departamento de Trabalho e Assuntos Sociais, no Consórcio da Admnistración Abierta, entidade encarregada de facilitar as ferramentas tecnológicas públicas e no CTTI.

Os agentes estão também na residência particular de Joan Ignasi Sanchéz, assessor de Meritexell Borrás, do Departamento de Governação.

Alvo da atenção das autoridades está também a empresa T-Systems, que proporcionou apoio logístico na última consulta na Catalunha e que atualmente tem contratos com a Generalitat, assim como a fundação privada PuntCat, dedicada à gestão de páginas na internet.

As buscas já provocaram concentrações de protesto de cidadãos e de trabalhadores, em Barcelona, frente aos locais que estão a ser alvo das operações policiais, sobretudo junto aos departamentos de Economia e Trabalho.

Presidente do governo basco solidário com a Catalunha
O presidente do governo basco, Iñigo Urkullu, criticou o Governo espanhol pelo caso das detenções que foram hoje realizadas de altos funcionários da administração da Catalunha.

O "lehendakari" questionou hoje, em San Sebastián, "como os poderes do Estado querem apagar o suposto fogo colocando mais lenha ou gasolina" na fogueira, que está instalada com a tentativa da Catalunha tornar-se independente do resto de Espanha.

"Não consigo entender", declarou ainda Urkullu.

* Como é que um governo central abre uma guerra contra o povo duma rica região autónoma e super "chulada" do país, por causa dum referendo?

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