09/09/2017

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HOJE NO 
"O JORNAL  ECONÓMICO"

ONU recomenda que nos Censos 
de 2021 seja pedida a raça

A Constituição portuguesa não permite que se pergunte a raça nem a religião nos Censos Nacionais mas se o Tribunal Constitucional não impedir, Portugal saberá a partir de 2021 o número de portugueses de diferentes raças que habitam seu território.

A notícia avançada pelo El País, indica que em função de diversos protestos de ONGs, o Comité das Nações Unidas para a Eliminação da Discriminação Racial advertiu em várias ocasiões que Portugal deve incluir dados estatísticos sobre minorias étnicas para poder analisar a forma que “os direitos económicos, sociais e culturais se refletem” nesses grupos. 
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O jornal indica ainda um trabalho do Centro de Pesquisas e Estudos de Sociologia assinado por Cristina Roldão, onde refere que atualmente os afrodescendentes portugueses são duas vezes mais desempregados que um português branco e fracassam no dobro na escola, estão três vezes mais em profissões subalternas, recebem 18% a menos e vão 15 vezes mais para a prisão. 

Para uma maior informação sobre a demografia portuguesa e acabar com a ignorância, o Governo português está decidido a incluir no próximo censo, o de 2021, perguntas sobre raça; para isso, pensa como ultrapassar a previsível inconstitucionalidade com a voluntariedade das respostas.

“Em princípio os campos contemplarão a possibilidade de marcar a raça africana e a cigana. Enquanto os segundos estão instalados em Portugal há séculos, os portugueses de ascendência africana chegaram em massa devido à independência de suas colónias em 1975, principalmente Moçambique e Angola na África, apesar de também haver portugueses descendentes de Goa e Macau”, escreve o El País. 

* Uma alteração positiva para o próximo censos

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