06/07/2017

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HOJE NO 
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/   
/DA MADEIRA"

Guardas prisionais reafirmam
 viver “inferno” devido a 
“despotismo do director” da cadeia

“Depois de percebermos que muitos dos melhores profissionais em funções no estabelecimento prisional do Funchal estão a ser seriamente prejudicados nas classificações e rotatividade do serviço porque não defendem a “mesma cor” do director e na falta de atitude por parte da direcção superior da DGRSP perante factos tão claros e denunciados pelos associados e pelo próprio sindicato, vimo-nos forçados a ter de realizar uma vigília em frente a residência oficial do representante da República para a RAM”. É desta forma que o Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional justifica a vigília marcada para amanhã.

Os guardas falam de uma “atitude contínua que dura mais de 22 anos”, em que “o director do estabelecimento prisional do Funchal alimenta um clima de subserviência e de total domínio do que acontece neste estabelecimento prisional”.

“Numa perspectiva de despotismo, todos os que pensam de forma diferente ou se opõem ao director do estabelecimento prisional do Funchal são sujeitos a perseguição psicológica e serio prejuízo profissional numa tentativa de diminuição da dignidade e capacidade individual”, afirma o comunicado assinado por Jorge Alves, presidente nacional do sindicato.
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Em relação à notícia publicada hoje na edição online do DIÁRIO, em que os reclusos negam um clima de violência, o sindicato dos guardas prisionais acredita que esta é mais uma forma de demonstrar “o domínio do director do E. P. Funchal”. “É lamentável que alguns reclusos venham tentar minimizar ou ocultar factos relevantes e que mostram o quanto à vontade estão estes reclusos”, reitera.

Assim, o sindicato considera que “na realidade, um inferno é o que os Guardas Prisionais em funções no E. P. Funchal vivem há mais de 22 anos. Alias, estes problemas acontecem porque é claro que o director sempre se recusou a dialogar com os profissionais do CGP, nunca reuniu e não reconhece o valor e empenho destes profissionais”.

“Percebe-se que permite muita liberdade aos reclusos, não respeita o período de admissão para avaliação, permite protecção aos reclusos que não se enquadra com as políticas de execução das penas e medidas privativas da liberdade”, acusam estes profissionais.

Por outro lado, dizem que “trata muitos dos profissionais do Corpo da Guarda Prisional como “malfeitores” porque contrariam os seus mandamentos, no entanto aqueles que já contrariaram a lei e não sabem ser ou estar na sociedade como deviam estar na Guarda Prisional são os seus protegidos para os usar como entender”.

“Na realidade, os recentes problemas provocados pelos reclusos acontecem porque o director do E. P. Funchal além de não respeitar a lei, não respeita o indivíduo e muito menos o agente de autoridade em funções públicas. Na falta de punições adequadas e de recusa na elaboração de processos-crime contra os reclusos, cultiva uma atitude de passividade e de grande liberdade para os reclusos. Situação que no nosso entender não beneficia em nada o efeito da privação da liberdade e a reinserção do cidadão na sociedade”, justifica a mesma nota.

“Contrariamente esta atitude origina uma enorme consternação e sentimento de injustiça por parte dos profissionais do CGP e ofendidos o que começa a marcar de forma pessoal e profissionalmente cada um dos lesados”, conclui o comunicado.

* Não há ninguém para investigar a veracidade destas afirmações? Se quiserem nós damos uma ajudinha.

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