28/06/2017

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HOJE NO 
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/ 
/DA MADEIRA"
Comemorações dos 600 anos 
da descoberta do arquipélago da 
Madeira iniciam-se em Lisboa

O arranque das comemorações dos 600 anos da descoberta da Madeira e do Porto Santo irão começar em Lisboa, com a exposição “As Ilhas de Ouro Branco”, que ficará patente no Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA).
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Uma colaboração entre a região e o MNAA permitirá que a exposição dedicada ao impacto da cultura do açúcar na região nos séculos XV e XVI fique patente a partir de 15 de novembro.

O secretário regional com a tutela da Cultura, Eduardo Jesus, reconheceu que o arranque é em Lisboa porque foi aí que “tudo começou, que a história da expansão marítima e, no fundo, a história deste arquipélago, teve início”.

Admitiu que desta forma se consegue “uma verdadeira embaixada cultural do arquipélago na capital portuguesa”, numa exposição que ficará ativa até março de 2018.

“É um marco importante na história do país. Teve impacto mundial, como foi o exemplo da cultura do açúcar e que dá o mote desta mesma exposição”, disse.

O diretor do MNAA, António Filipe Pimentel, recordou que o ciclo do açúcar possibilitou a criação de um fidalgo mercador que permitiu o patrocínio de obras de arte que afirmava a linhagem dos senhores, “num caso muito singular de qualidade, quantidade e escala”.

Foi, em termos históricos, uma espécie de “laboratório” e a exposição conta “exatamente esse deslumbramento por uma terra virgem, não tocada pela humanidade que depois vai ser trabalhada e transformada em sede, não só de ideias políticas de expansão religiosa, mas também, naturalmente, de riqueza”.

Reconheceu que a região é um pedaço de Portugal extraordinariamente fora do comum que precisa de ser conhecido e reconhecido internacionalmente, “ao ser uma plataforma atlântica e ainda ter uma escala e uma qualidade que ainda hoje é possível pressentir e ilustrar numa dimensão muito ampla com a monumentalidade que a exposição terá”, que resulta na singularidade da Madeira.

Ao todo serão cerca de uma centena de obras, resultado de encomendas artísticas da época, de coleções particulares, do Museu de Arte Sacra do Funchal e de uma série de igrejas de todo o arquipélago.

Aliás, este foi o argumento usado pelo presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, para afirmar a qualidade da exposição.

“Aquilo que somos hoje resulta da singularidade, como foi o ciclo do açúcar, porque não moldou apenas a parte económica da ilha, mas moldou a estrutura social de uma forma muito vincada, bem como a estrutura geográfica e o ‘modus vivendi’ da população durante este período e hoje, obviamente, o património”, disse.

* 600 anos é um tempo para comemorar com alegria.

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