28/05/2017

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5 boas razões para deixar
 o sexo fora de água

Verão à porta, é tentador trocar o sexo aconchegante em frente à lareira pela ideia de uma relação tórrida dentro de água. Mas nem tudo é um mar de rosas.

Facto: os rigores do inverno ficaram para trás. Facto: já se sente no ar que a combinação explosiva de pele à mostra com um calor de ananases influencia diretamente o aumento do desejo sexual.
Facto: este mesmo calor e esta mesma luxúria podem, por momentos, fazer supor que seria boa ideia levar o sexo para dentro de uma piscina, um jacuzzi, o mar, num cenário idílico de corpos molhados em fundo azul. E por isso lhe dizemos desde já que é melhor pensar duas vezes antes de mergulhar de cabeça no fetiche.

«Ainda que nos custe a convencermo-nos disso, a água é um péssimo lubrificante», adiantou ao El Mundo o ginecologista espanhol Cubillo Rodríguez. «Em vez de facilitar a penetração, só complica.»

Claro que nos sentimos mais sexy no verão, com uma disponibilidade diferente para tentar contextos ousados, confirma a psicóloga e sexóloga Ana Carvalheira. «Baixamos os níveis de controlo do nosso comportamento com estímulos novos, o que leva a que nos deixemos ir mais facilmente.» Contudo, diz, quebrar a rotina não significa correr riscos desnecessários.

Caso continue a sentir-se aventureiro depois do rol de motivos que lhe apresentamos a seguir, experimente trocar a fantasia da piscina por uma outra que envolva toalhas numa duna branca, à sombra de coqueiros (de preferência num local deserto e sem areia nos calções, ou acabará a braços com outro tipo de problemas). Se ainda assim insistir em meter água no cenário, tente o duche: tem na mesma a sua dose de romantismo, mas com menos riscos associados.

MANTENHA-SE À TONA

1. QUÍMICOS
Água do mar turva é um contentor de bactérias que se introduzem na vagina com o ato sexual, tanto quanto o são as piscinas sem as devidas quantidades de cloro (e quem somos nós para avaliar se os níveis de desinfetante estão, ou não, no ponto?). Também o cloro em excesso é propício ao aparecimento de fungos na zona genital durante o sexo, potenciados pela humidade e pelos fatos de banho sintéticos e apertados. Irritações, inflamações e vaginoses bacterianas são sempre uma potencial ameaça a evitar. 

2. INFEÇÕES
Ainda na sequência dos desinfetantes na água (ou da falta deles), uma pesquisa levada a cabo pela Universidade de Alberta, no Canadá, concluiu que uma piscina média costuma conter cerca de dez litros de urina de banhistas que não quiseram interromper a diversão para irem à casa de banho. Se as outras razões não chegam para o convencer… 

 3. LUBRIFICAÇÃO
A água elimina quase por completo a lubrificação natural do nosso organismo, pelo que aquilo que devia deslizar tende a parecer borracha, aumentando o risco de lesões. Para quê insistir quando há tanto por onde dar largas ao desejo? 

4. PRESERVATIVO
O improviso e querer curtir ao máximo o momento não servem como desculpas para não se usar preservativo – o que, convenhamos, é difícil, sobretudo se a água for fria e interferir com o desempenho masculino. Independentemente de o casal decidir ir em frente com o sexo na água ou em terra, é sempre melhor tratar desta parte cá fora. 

5. FRICÇÃO
A última chamada de atenção, mas não menos importante, prende-se com o facto de a lubrificação deficiente dentro de água acentuar a fricção durante o ato sexual, aumentando as probabilidades de o preservativo se romper, com todos os riscos daí decorrentes. No caso das piscinas coloca-se ainda a hipótese de alguém poder escorregar e magoar-se a sério, pelo que na dúvida calce uns chinelos (arrisca-se menos ao ridículo do que se lhe fugirem os pés em plena performance).

* E de escafandro com ranhuras nos sítios óbvios?

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