02/03/2017

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HOJE NO 
"CORREIO DA MANHÃ"

Acusado de corrupção emprestou 10 mil
.euros ao juiz Carlos Alexandre 

Procurador Orlando Figueira, acusado de receber luvas de Angola, ajudou juiz do caso Sócrates.

Orlando Figueira, o ex procurador do Ministério Público que é acusado de ter recebido avultadas quantias do vice-presidente de Angola, Manuel Vicente, para arquivar processos que corriam contra ele na Justiça portuguesa emprestou 10 mil euros ao juiz Carlos Alexandre. 
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NÃO ESTÁ À VENDA
O jornal Público avança esta quinta-feira que o empréstimo pessoal aconteceu em 2015. Orlando Figueira e Carlos Alexandre são amigos há cerca de 25 anos, tendo-se conhecido quando ambos trabalhavam no tribunal de Vila Franca de Xira. O jornal avança que o juiz Carlos Alexandre - que tutela, entre muitos outros, o processo da Operação Marquês, no qual José Sócrates é o principal arguido - foi chamado a depor, na qualidade de testemunha. Os investigadores pretendiam saber a razão de Carlos Alexandre ter transferido 10 mil euros para a conta de Figueira, em março de 2016, já depois de Figueira ter sido detido pela PJ. 

O Público diz que o juiz explicou que se tratava da devolução do dinheiro que pedira emprestado ao amigo para uma obra que fez numa casa da sua terra natal, em Mação. O caso contradiz a célebre entrevista que Carlos Alexandre deu no último verão, em que dizia que "não tinha amigos ricos" e que "tinha de trabalhar" para pagar as suas despesas. 

Frase que foi entendida por José Sócrates como uma atordoada contra si, e que o levou a pedir que o juiz fosse retirado do processo. O que foi recusado pelos tribunais superiores Carlos Alexandre garantiu aos investigadores da Operação Fizz que desconhecia a origem do dinheiro do amigo e que nunca desconfiou que este estivesse envolvido em qualquer atividade ilícita, até serem tornadas públicas as suspeitas que agora se conhecem. Orlando Figueira foi detido em fevereiro de 2016. Está neste momento em prisão domiciliária, com pulseira eletrónica. 

* Interessa a muita gente que o juiz  Carlos Alexandre seja "encostado" à parede e seria fantástico se lhe fosse apontada uma "desonestidadezinha". Inútil, o homem não se vende.

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