20/01/2017

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HOJE
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Embaixador deixa Portugal
 com processos laborais

A Rádio Renascença avança hoje que existem vários processos em tribunal contra a embaixada por alegados despedimentos ilícitos, todas com datas posteriores à chegada de Saad Mohammed Ali

Houve pelo menos sete pessoas despedidas desde que Saad Mohammed Ali iniciou funções em Lisboa, avança hoje a Rádio Renascença, depois do anúncio de ontem de que o embaixador iraquiano iria deixar Portugal em sequência do caso da agressão de um jovem em Ponte de Sor no verão passado, cuja autoria os filhos gémeos assumiram publicamente. 
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O PAI DOS PUTOS BANDIDOS

De acordo com a mesma fonte, existem vários processos em tribunal por despedimentos ilícitos. A embaixada justificou os vários casos laborais com a guerra contra o Estado Islâmico.

Segundo a rádio, um dos casos é o de uma funcionária que alegadamente começou a receber cartas da embaixada a dizer que já não precisavam dos seus serviços quando se encontrava de licença de maternidade, após uma baixa por gravidez de risco. A funcionária nunca terá recebido carta oficial de despedimento, ficando assim impedida de receber subsídio.


Existe um outro caso, diz a Renascença, de um outro funcionário dispensado quando estava de baixa médica. Num outro, a cujo processo a rádio teve acesso, a embaixada alegou que os tribunais portugueses não têm competência para julgar estas situações. Segundo a mesma fonte, em primeira instância foi-lhe dada razão, mas no recurso o Tribunal da Relação considerou que estes podem decidir sobre o pagamento de retribuições intercalares mas não para decidir sobre indemnizações ou reintegrações.

Em declarações à rádio, a embaixada iraquiana não desmente os casos. Justifica-os com a guerra contra o Estado Islâmico. "A situação no Iraque está difícil, com o problema no norte do Iraque, onde o exército está a combater o Estado Islâmico. 

No ministério [dos Negócios Estrangeiros do Iraque] tivemos alguns descontos dos ordenados dos funcionários locais, até diplomatas. Os funcionários locais não aceitaram os descontos, não aceitaram as informações que chegaram. Não temos nada a ver. O ministério tomou a atitude. Como eles não aceitaram, deixaram a embaixada. Nós não podemos fazer nada, porque a ordem é do ministério", defendeu.

* Afinal os putos bandidos têm a quem saír.

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