29/01/2017

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ESTA SEMANA NO 
"DINHEIRO VIVO"

Relógio do Juízo Final. 
Estamos a dois minutos e meio 
de uma catástrofe nuclear

A equipa da Universidade de Chicago decidiu acelerar os ponteiros em meio minuto.

O Bulletin of Atomic Scientists (BAS) acaba de anunciar: o Relógio do Juízo Final está, neste momento, a dois minutos e meio para a meia-noite, a hora em que se considera que acontecerá o fim do mundo, através de uma catástrofe global, de causas nucleares. A culpa é do clima de volatilidade nuclear que se vive atualmente, indica a equipa do BAS. 
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O Relógio do Juízo Final surgiu em 1947, em plena Guerra Fria, quando um grupo de cientistas da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, indicou que o mundo estaria a sete minutos para a meia-noite. Desde então, o relógio tem andado para a frente e para trás, conforme as políticas que os líderes mundiais vão seguindo e de acordo com a relevância de acontecimentos à escala global.

Em 2016 o relógio manteve-se inalterado, nas 23:57, depois de, em 2015, ter acelerado dois minutos, ficando a três de uma catástrofe global. O Bulletin of Atomic Scientists indicou, na altura, que o aceleramento se devia ao facto de o nível de emissões de dióxido de carbono e outros gases estar transformando o clima do planeta de forma perigosa, deixando milhões de pessoas vulneráveis ao aumento do nível do mar e a tragédias climáticas. Em comunicado, o BAS criticou os líderes globais da época, considerando que “falharam em agir na velocidade ou escala requerida para proteger os cidadãos de uma potencial catástrofe”. 

 Desta vez a equipa de cientistas que controla o relógio, decidiu pô-lo apenas meio minuto mais perto de uma catástrofe nuclear. Na conferência de imprensa que ainda decorre, foi dado o alerta para o perigo que se vive atualmente, com as políticas seguidas por países como a Coreia do Norte, a Índia, o Paquistão, a Rússia, e os EUA, com o seu programa de modernização do armamento nuclear. 

 Donald Trump não foi esquecido no discurso, com os responsáveis a condenarem a forma casual como o recém-empossado presidente norte-americano tem falado sobre questões nucleares. “As palavras são importantes. As palavras contam”; reforçaram. 

Desde 1947, a altura com menos potencial de perigo foi em 1991, quando o relógio esteve nas 23:43. Nesse ano deu-se também a maior desaceleração dos ponteiros, que ganharam sete minutos, devido à assinatura, entre Estados Unidos e União Soviética, do Tratado de Redução de Armamentos Estratégicos. 

A altura com maior perigo foi em 1953, com o relógio nos 23:58 (muito semelhante à posição onde se encontra atualmente) por causa do teste da primeira bomba atómica russa. O maior avanço de ponteiros, de cinco minutos, registou-se em 1968, com a guerra do Vietname e os testes nucleares da França e da China, e também em 1998, quando Índia e Paquistão também começam a testar o seu armamento.

* Não se pense que isto é ficção!

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