12/01/2017

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HOJE NO 
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS
DA MADEIRA"

Centenas de pessoas em protesto frente ao consulado de Espanha em Lisboa

Algumas centenas de pessoas estão concentradas em frente do Consulado de Espanha, em Lisboa, em protesto contra a central nuclear espanhola de Almaraz.
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“Fechar Almaraz já” é uma das palavras de ordem mais ouvidas, entre outras que também fazem referência às centrais nucleares de Fukushima (Japão) e de Chernobyl (Ucrânia) onde aconteceram acidentes.

A manifestação foi convocada pelo movimento ibérico anti-nuclear e nela participam, entre outros, a dirigente do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, e o secretário-geral do partido espanhol Podemos da Extremadura, Alvaro Jaen.

A funcionar desde o início da década de 1980, a central nuclear espanhola está situada junto ao Tejo e faz fronteira com os distritos portugueses de Castelo Branco e Portalegre, sendo Vila Velha de Ródão a primeira povoação portuguesa banhada pelo Tejo depois de o rio entrar em Portugal.

A central nuclear de Almaraz tem dois reactores, cada um com uma “piscina” para guardar o lixo nuclear, prevendo-se que a do “reactor 1” alcance o limite da sua capacidade em 2018.

Espanha solicitou em 2015 autorização para construir um armazém de resíduos nucleares, que o Governo português contesta.

Portugal anunciou hoje que vai apresentar queixa em Bruxelas contra Espanha devido ao diferendo.
“Portugal vai solicitar a intervenção de Bruxelas neste caso. [...] Havendo aqui um diferendo [...] ele tem de ser resolvido” pela Comissão Europeia, disse o ministro do Ambiente português, João Matos Fernandes, à saída de uma reunião com a sua homóloga espanhola, Isabel García Tejerina, e com o ministro da Energia, Álvaro Nadal.

O Governo português defende que no projecto de um aterro de resíduos junto à central nuclear de Almaraz “não foram avaliados os impactos transfronteiriços”, o que está contra as regras europeias.

* Um crime contra portugueses e espanhóis.

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