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31.O QUE NÓS  


"APRENDEMOS"!



TÁCTICAS DO FUTEBOL



* Nada melhor do que rever os nossos conhecimentos de tácticas do futebol  no dia em se inicia o EURO 2016.

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6-De onde nasceu


o Dinheiro?




* Estamos num mundo onde 1% da população mundial detém mais de 40% da riqueza, o dinheiro é a mais tenebrosa das religiões!

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HOJE NO  
"A BOLA"

De Gea e Muniain implicados 
em caso de abusos sexuais

A Brigada Central contra o Tráfico de Seres Humanos, da Polícia Nacional espanhola, indica que uma testemunha protegida no âmbito do inquérito contra o empresário Ignacio Fernández Allende, preso desde abril de 2015 sob acusação de tráfico de humanos para exploração sexual, pornografia infantil, lavagem de dinheiro, entre outros crimes, implicou no caso David de Gea e Iker Muniain.
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De Gea
O relato da testemunha está incorporado na «Operação Universal» que acusa o proprietário de um site de conteúdo sexual de ser o cabecilha de uma rede de prostituição que abusava de mulheres espanholas e de outros países, algumas delas menores de idade.

Muniain

Segundo o eldiario.es, a referida testemunha relatou um episódio de abusos em que participaram De Gea e Muniain, em 2012, num hotel de cinco estrelas em Madrid.

«As raparigas foram abusadas sexualmente por parte dos homens e se se negavam eram agredidas fisicamente e depois de acabar com os desejos sexuais de ambos os jogadores, estes fizeram ameaças para que o que aconteceu naquele quarto de hotel nunca viesse a público», informa uma fonte policial.

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* Não queremos acreditar nesta notícia, mas é muito provável que seja verdadeira.

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5-NAICA


A Caverna dos Cristais 


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HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL" 

SATA mostra-se em museu itinerante
 no ano do 75.º aniversário

A companhia aérea açoriana SATA, que assinala em agosto 75 anos, inaugura este mês em Ponta Delgada um museu itinerante que vai percorrer todos os aeroportos em que opera a transportadora, foi hoje anunciado.
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"O nosso museu itinerante é a forma, também, de levarmos a todos os pontos onde operamos um pouco da nossa história", afirmou o presidente do conselho de administração do grupo SATA, Paulo Meneses, na apresentação da programação comemorativa das bodas de diamante da companhia, em Vila Franca do Campo, ilha de São Miguel.

A SATA, criada a 21 de agosto de 1941, está a comemorar os 75 anos conjuntamente com a Antena 1 Açores.

Paulo Meneses adiantou que o museu itinerante da SATA vai ser inaugurado no dia 15 no aeroporto João Paulo II, em Ponta Delgada, data em que se assinala o primeiro voo comercial da companhia aérea, rumando a mostra depois até Providence, nos Estados Unidos da América, destino para onde a Azores Airlines (nova designação da SATA Internacional) começa a voar a partir do próximo dia 30.

"Vamos ter bilhetes antigos, os fardamentos e um conjunto de surpresas muito interessantes, peças únicas que não existem em mais lado nenhum e que temos o gosto de partilhar com a população", disse Paulo Meneses, acrescentando tratar-se de peças propriedade da empresa que vão estar também nos aeroportos de Lisboa e Porto, entre outros.

Questionado sobre o projeto do museu da aviação, projetado para a cidade da Ribeira Grande, na ilha de São Miguel, o presidente da SATA disse acreditar "um dia venha a surgir".

"Para isso é preciso dinheiro e, neste momento, as nossas prioridades são outras. Pode ser que um dia tenhamos condições para criar esse museu", referiu o administrador.

Do programa comemorativo do 75.º aniversário da SATA faz parte o lançamento de um conjunto de selos e uma gala com vários artistas a 21 de agosto no pavilhão Açor Arena, em Vila Franca do Campo.
Segundo o responsável, a gala, com entrada livre, pretende reunir os 700 funcionários da empresa na ilha de São Miguel, numa sala com capacidade para 2.000 pessoas.

Paulo Meneses revelou ainda que durante o festival gastronómico organizado pela Escola de Formação Hoteleira de Ponta Delgada, no final de junho, a SATA terá um dia próprio e, em novembro, apoiará a atuação de um tributo ao grupo Genesis, composto por músicos norte americanos, com atuações agendadas para os Açores, Lisboa e Madeira.

* Parabéns à SATA, já utilizámos os serviços da companhia nalgumas viagens e ficámos  bem satisfeitos pelo atendimento.


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JÁ TEVE DE FAZER

ESCOLHAS NA VIDA




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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO" 
Espanha: 
Acusação pede 19,5 anos de prisão 
para cunhado do rei

O ministério público voltou hoje a pedir uma pena de prisão de 19 anos e meio para o cunhado do rei de Espanha, Iñaki Urdangarin, que, alegadamente, realizou um desfalque no âmbito do caso Nóos, em que a mulher, a infanta Cristina, também é acusada de evasão fiscal.
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A princesa e o seu marido estão entre 17 suspeitos que começaram a ser julgados em Janeiro último num caso que envolve negócios feitos pelo Instituto Nóos, uma organização sem fins lucrativos, com sede em Palma de Maiorca, que Urdangarin fundou e presidiu entre 2004 e 2006.

Urdangarin é acusado de ter utilizado as suas ligações à família real para ganhar concursos públicos para organizar, entre outros, eventos desportivos, tendo em seguida desviado fundos para a Aizoon, uma empresa que ele geria em conjunto com a infanta Cristina e utilizava para financiar o seu estilo de vida luxuoso.

O procurador anti-corrupção espanhol Pedro Horrach pediu para Iñaki Urdangarin, que esteve acompanhado pela sua esposa no tribunal em Palma, na ilha mediterrânica de Maiorca, uma pena de prisão de 19 anos e meio e uma multa de 980 mil euros.

Pedro Horrach também pediu uma pena de prisão de 16,5 anos para o sócio de Urdangarin, Diego Torres, que também é acusado de peculato.

Desde o início do caso, a acusação recusou a apresentação de uma queixa contra a infanta Cristina, que juntamente com o marido também se suspeita que tenha utilizado a Aizoon para realizar despesas pessoais, incluindo obras numa mansão em Barcelona, o que permitiu reduzir lucros tributáveis da empresa.

Entretanto, uma organização chamada "Mãos Limpas", levou a tribunal o caso da alegada evasão fiscal da infanta Cristina, visto que a lei espanhola permite que grupos privados possam iniciar este tipo de processos penais.

O advogado deste grupo privado pediu hoje uma pena de prisão para a irmã do rei Felipe VI, mas esta negou ter conhecimento das actividades do marido.

A imagem da “Mãos Limpas” foi manchada logo no início do julgamento, quando o chefe da organização foi detido por tentativa de extorsão, ao pedir aos advogados da infanta Cristina dinheiro em troca de deixar cair as acusações.

Este caso de corrupção que envolve a irmã do rei tem sido seguido com grande interesse em Espanha, tendo manchado a reputação da monarquia e contribuído para a abdicação do rei Juan Carlos, em Junho de 2014, a favor do filho.

* Quem não quer ser lobo não lhe veste a pele, a ambição não tem limites, quanto à Infanta Cristina custa-nos acreditar na sua inocência.

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CATARINA CARVALHO

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The Good Wife, o feminismo
e a sua versão para TV

A série que agora termina pôs tudo em causa, até as versões mais estereotipadas do feminismo. E da sua história.

Nesta semana acabou The Good Wife, a série de culto, deixando órfãos os que a seguiam. O título não foi traduzido em português. E não por acaso. Como fazê-lo? A boa esposa? A boa mulher? A mulher devota? Pois. Tudo soa muito mal e retira a ironia que o título em inglês esconde.

Durante toda a trama, foi sempre isso que esteve em causa. Quem inventou a personagem de Alicia Florick – Juliana Marguiles, numa versão madura da enfermeira que contracenou com George Clooney na série ER – desafiou os estereótipos do que é ser uma boa mulher. E, com isso, transgrediu as regras e os modelos a que estamos habituados com heróis e heroínas – ou anti-heróis e anti-heroínas – televisivos.

Alicia foi a mulher traída que fica – e não fica – com o marido. A mulher livre no privado mas casada em público. Que se apaixona mas tem problemas de consciência. A «esposa» que volta ao trabalho depois de os filhos estarem crescidos mas vive no dilema de não ser uma boa mãe. A política reticente e a advogada que defende os clientes para além do bem e do mal.

O subtexto de The Good Wife é o da definição do papel da mulher na sociedade contemporânea – na mouche nos tempos que correm. Nesse sentido, um final em que Alicia fica, sobretudo, sozinha é um marco. Mesmo no variado panorama televisivo, as mulheres acabam sempre dependentes de personagens masculinas – veja-se o maior exemplo disso, Scandal, também a passar em Portugal na Fox Life. Para serem felizes precisam de se casar, ficar com alguém, são alvo e objeto de paixões arrebatadas, mas muito poucas vezes dominam a narrativa, sobretudo se forem personagens principais.

«De forma notória, estavam ausentes da série as discussões sobre as mulheres poderem ter tudo», escrevia o jornal inglês The Guardian. «Alicia era a mulher que tinha tudo – e cada vez mais, ela não estava certa de querer tudo.» Alicia foi-se tornando cada vez mais forte, mais decidida. Mesmo que as decisões tenham sido sempre dela – deixar de viver com o marido, retomar a paixão da faculdade, sair da firma que a acolhera, voltar, candidatar-se a um cargo político, desistir –, a sua força foi sobretudo sendo revelada ao longo da série. A força, até, de abraçar as zonas cinzentas da sua personalidade. Como, por exemplo, o elevado sentido de humor.

Tudo isto se enquadra da discussão tantas vezes contraditória do que é o feminismo hoje. E há duas confrontações interessantes com os estereótipos feministas neste final de The Good Wife. Uma é dita pela futura e inesperada nora de Alicia, que, ao elogiá-la por ter «ficado com o seu homem», preconiza um género cada-mulher-é-livre-de-fazer-o- que-lhe-apetece. A outra centra-se no questionamento das típicas amizades femininas.

The Good Wife termina, como começou, com uma estalada na cara. No primeiro episódio, Alicia era a traída e a autora da agressão. No último, ela é a traidora e a vítima de um bofetão que lhe é dado por Diane, e que põe fim não só à amizade entre as duas como ao sonho de fazer a maior firma de advogadas de Chicago. The Good Wife trouxe para os mass media a modernidade e a revolução dentro do feminismo. E por isso ganhou um lugar na sua história.

IN "NOTÍCIAS MAGAZINE"
05/06/16

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896.UNIÃO


EUROPEIA



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HOJE NO 
"CORREIO DA MANHÃ" 


Álcool em excesso matou 88 homens 
e cinco mulheres em 2014 

Números devem ser combatidos com mais prevenção.  

O abuso de álcool causou a morte de 88 homens e cinco mulheres em 2014, "números elevados" que devem ser combatidos com mais prevenção e uma maior aposta na "rede alcoológica", defendeu a especialista Teresa Mota. 

Os últimos dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatísticas referem que, em 2014, foram registadas 89 mortes no país devido a abuso de álcool, incluindo psicose alcoólica, a maioria nas Áreas Metropolitanas de Lisboa (20,2%) e do Porto (9,0%). 

A idade média do óbito por esta causa de morte foi de 63,1 para os homens e 65,8 para as mulheres, não se tendo registado mortes em idades inferiores a 25 anos, refere o INE, adiantando que os anos potenciais de vida perdidos foram de 863 para os homens e 50 para as mulheres. 
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Em declarações à Lusa, a propósito do Dia Mundial dos Alcoólicos Anónimos, assinalado esta sexta-feira, a vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Alcoologia (SPA), Teresa Mota, afirmou que "há um ligeiro decréscimo nos consumos de álcool, mas continuam bastante elevados". 

"Alguma prevenção tem surtido efeito ao longos destes anos", mas é preciso apostar mais na criação de serviços, em campanhas de sensibilização e na prevenção primária, disse a psiquiatra e coordenadora do Serviço de Alcoologia e Novas Dependências do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa. Para Teresa Mota, devia "apostar-se muito mais numa rede alcoológica eficaz", que já existe "mas ainda não está muito bem oleada". "Os doentes chegam aos cuidados de saúde primários mas depois têm dificuldade" no encaminhamento para os locais de tratamento, "porque são poucos, existem listas de espera e as articulações nem sempre são fáceis", sublinhou. 

Dados do relatório a "A situação do país em matéria de álcool 2014", do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências, indicam que estiveram em tratamento no ambulatório da rede pública 11.881 utentes, dos quais 3.353 iniciaram tratamento pela primeira vez e 930 foram readmitidos. Teresa Mota apontou o aumento das mulheres que estão a procurar ajuda nestes serviços, ultrapassando "a vergonha" que sentem. 

O alcoolismo "é muito a doença da vergonha e as mulheres têm especialmente vergonha", mas, felizmente, "as que bebiam às escondidas e que não se queixavam começam a aparecer cada vez mais nas nossas consultas". Sobre o consumo de álcool nos jovens, a psiquiatra disse que estão a consumir mais e com "um padrão diferente do habitual". Hoje os jovens "vão para a rua consumir doses elevadas de álcool, antes não se fazia assim", mas é um comportamento que está a ocorrer "um pouco por toda a Europa". A psiquiatra defendeu mais campanhas de sensibilização e menos publicidade a bebidas alcoólicas, mesmo em horas tardias. 

* Temos grande respeito pelos profissionais do INE mas achamos os números indicados de  morte por consumo de álcool baixos, de qualquer dos modos quase 8 pessoas por mês não deixa de ser uma tragédia.

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ECDPM
European Centre for 
Development Policy Management
4-A política da U.E. em África


* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.

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3.A GUERRA DA
DEMOCRACIA


DENÚNCIA DE COMO SOB A MÁSCARA DA DEMOCRACIA SE EXERCE A ESCRAVATURA MODERNA

* Na nossa procura sobre o tema, só encontrámos esta série subtitulada em espanhol.

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HOJE NO 
  "OBSERVADOR"

Catarina Martins exorta Bruxelas não a sancionar, mas a ressarcir Portugal 

 Porta-voz do Bloco de Esquerda disse, em Santarém, que a Comissão Europeia não tem que sancionar Portugal, mas sim "ressarcir o país pelo dano que foi causado" pelas políticas que impôs.

A porta-voz do Bloco de Esquerda disse nesta sexta-feira, em Santarém, que a Comissão Europeia não tem que sancionar Portugal, mas sim “ressarcir o país pelo dano que foi causado” pelas políticas que impôs.
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Catarina Martins, que visitou a Feira Nacional da Agricultura, em Santarém, afirmou ter “registado” do discurso com que o Presidente da República assinalou hoje o Dia de Portugal a ideia de que é o povo que “puxa o país”, frisando que o facto de os portugueses serem capazes de tomar as suas próprias decisões “não é ser menos solidário com os outros países, com os outros povos”.

“No momento em que há tanta chantagem sobre possíveis sanções sobre o nosso país pela Comissão Europeia é o momento também de dizer que em Portugal a política de austeridade já foi sancionada nas urnas pelo povo português que é quem pode ou não sancionar”, afirmou.

Para Catarina Martins, o que o país tem que discutir não é se a Comissão Europeia vai ou não aplicar sanções mas sim “como é que se vai reparar a vida de tanta gente que sofreu uma política de austeridade que foi feita em nome de consolidar as contas públicas e ao fim e ao cabo só trouxe mais problemas como a própria Comissão acaba por reconhecer”.

“A Comissão Europeia não pode agora dizer que quer sanções para o nosso país pelos resultados desastrosos da própria política que a Comissão Europeia apoiou e que quis. A Comissão Europeia devia estar a pensar como compensar o nosso país, como responder às pessoas que perderam o emprego, perderam salário, perderam a pensão por uma política desastrosa. A Comissão Europeia não tem que sancionar o nosso país, tem sim é de ressarcir o nosso país pelo dano que foi causado”, declarou.
Sobre as palavras de Marcelo Rebelo de Sousa, que atribuiu ao povo o papel determinante quando o país foi posto à prova, lutando por ele, mesmo quando as elites falharam, a líder bloquista lembrou que foi o povo que reagiu com manifestações, cantando a “Grândola” e “o povo é quem mais ordena”, contra as imposições da ‘troika’.

Catarina Martins concordou ainda com a crítica às elites, afirmando que foi “a elite económica e o poder político que alternou durante tanto tempo que faz passar a ideia que o país é inviável e que tudo o que resta é discutir se a banca há de ser mandada por capital angolano ou por capital espanhol”.

“Vemos que realmente as elites falharam em muito. É altura de dizer que no nosso país tem de o povo ter uma palavra, temos de ser capazes de decidir sobre os nossos setores estratégicos essenciais e decidir em nome do emprego, em nome da dignidade”, afirmou.

Sobre a declaração da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) contra a aplicação de sanções a Portugal e a Espanha, a porta-voz do BE afirmou que “quando uma coisa é muito óbvia, mesmo quem tem posições diferentes sobre a economia acaba por dizer o mesmo”.

Catarina Martins visitou hoje a 53.ª Feira Nacional da Agricultura/63.ª Feira do Ribatejo, que decorre até domingo no Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA), em Santarém.

* Concordamos com Catarina Martins de princípio, mas infelizmente foram governantes legitimamente eleitos que destruíram a nossa economia e nos obrigaram a esta mendicidade ao estrangeiro. A responsabilidade é portuguesa, dos políticos, que parecem ser inimputáveis.

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Amaury Gutierrez

Mi Princesa



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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS" 
Afinal, é legal ou ilegal os hotéis 
vedarem entrada a crianças?

Em 2006, a ASAE dizia que lei não impedia hotéis de recusar menores; agora diz que é ilegal. Mas hotéis que se publicitam como só para adultos alegam que ASAE não levanta problemas

"Adults Only" (Só para adultos), diz o aviso a amarelo berrante no site do Sensimar Lagos by Yellow, um hotel de cinco estrelas e 220 quartos na Meia Praia, em Lagos, ao lado de um texto no qual se lê: "Venha conhecer o novo conceito somente para adultos (maiores de 16 anos)." Um conceito que este hotel inaugurado em 2010 só adotou em 2013, mas que até agora não lhe valeu, assegura o diretor-geral da Yellow, João Neuparth, qualquer problema com a fiscalização: "Até estiveram cá no ano passado e não disseram nada sobre não aceitarmos crianças." O que não bate certo com a afirmação da entidade fiscalizadora, a ASAE, ao DN: "Nas regras gerais aplicáveis ao funcionamento dos empreendimentos turísticos vigora o princípio do livre acesso, (...) não sendo admissíveis restrições de carácter genérico como seja, por exemplo, a restrição a menores."
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Este esclarecimento da Autoridade de Segurança Alimentar r Económica ao DN também é incongruente com o prestado ao Público há 10 anos. Aí, a ASAE era citada como tendo certificado "não haver nada na lei sobre o assunto [a restrição de alojamentos turísticos a adultos]". E prosseguia a citação, atribuída ao então assessor de imprensa: "É uma matéria contratual e, desde que o cliente seja devidamente informado da situação de que não se aceitam crianças, nada impede o operador económico de estabelecer esta regra."

É certo que a lei que rege os empreendimentos turísticos mudou em 2008 e 2014, mas neste quesito tudo ficou na mesma. O artigo 48.º do Decreto-Lei 15/2014, de 23 de janeiro, estabelece: "É livre o acesso aos empreendimentos turísticos." As exceções prendem-se com eventos especiais (o hotel ser reservado por uma empresa, por exemplo) ou com perturbações: "A entidade exploradora ou o responsável pelo empreendimento turístico podem recusar o acesso ao mesmo, a quem perturbe o seu funcionamento normal."

E o que pode caber nesta asserção, a de "perturbação do funcionamento normal"? A ASAE explica: "A recusa do acesso ao estabelecimento turístico, prevista no artigo 48.º, não pode discriminar, à partida, quaisquer pessoas, só podendo fundamentar-se em causas objetivas e que perturbem, ou sejam suscetíveis, com um grande grau de probabilidades, de perturbarem o normal funcionamento do estabelecimento, como seja uma situação de embriaguez, prática de desacatos ou similares."

Exemplos que não contemplarão correrias e gritos de crianças - e portanto restrições de carácter genérico", como a exclusão de menores. É o que defende a Deco, há anos a denunciar como ilegais práticas de alojamentos turísticos que vetam crianças. Diogo Nunes, jurista da associação, sublinha que qualquer exceção à regra geral do livre acesso pode ser considerada discriminatória, e nega fundamento jurídico à posição dos hoteleiros: "Dizem que têm a questão jurídica salvaguardada, porque informam de que crianças não são admitidas. Mas não há nenhum regulamento de hotel que se sobreponha à lei, e o facto de informarem não lhes dá permissão para se eximirem a ela."

Além do Sensimar, porém, uma pesquisa de "hotéis só para adultos" encontra o Savoy Gardens e o Porto Santa Maria, ambos no Funchal, e o Falésia Hotel, o São Rafael Atlântico e o Vila Galé Praia, no Algarve. João Neuparth, falando pelo Sensimar, refere um aumento da procura desde que adotou o conceito "só para adultos". "Em maio rondou os 85% e em junho estamos com 92%. Não temos praticamente disponibilidade até ao final de setembro." Assegura ainda assim que "antes de tomarmos a decisão desenvolvemos várias consultas. Até colocámos uma situação hipotética à Deco, por e-mail. E tivemos contactos com a ASAE . O que nos dizem é que se estiver claramente mencionado que é um hotel para adultos não há problema. E em todas as fiscalizações passámos com distinção".

Confrontada com a existência destes hotéis, a ASAE diz não ter recebido qualquer denúncia relativa à exclusão de menores, mas garante "ter já identificado a questão em 2014" e que "esta é uma das matérias a verificar durante as ações de fiscalização, não tendo sido, até ao momento, verificada qualquer infração".

* Hoteleiros que discriminam são bons empreendedores?

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GUARDA-REDES HABILIDOSOS


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HOJE NO 
"RECORD"

Federer já é o segundo jogador
 da história com mais vitórias

Roger Federer, número três mundial, tornou-se esta sexta-feira no segundo tenista com mais triunfos da história do ténis, ao qualificar-se para as meias-finais do torneio de Estugarda com um triunfo sobre o alemão Florian Mayer.
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Com os parciais de 7-6(2), 7-6(1), Federer passou a somar 1.072 vitórias na carreira, mais uma do que o norte-americano Ivan Lendl, ficando apenas atrás do também norte-americano Jimmy Connors (1.256).

Na próxima ronda do torneio de relva alemão, Federer, que regressa à competição após cerca de um mês de paragem, vai defrontar o austríaco Dominic Thiem, que venceu o russo Mikhail Youzhny, por 3-6, 6-4, 7-5, naquela que foi a sua 42.ª vitória da temporada.

* Federer é jogador de grande classe, o ténis mundial nunca deixou de ter em todas as décadas grandes intervenientes, quer em masculinos ou femininos.

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RESOLVA


O PUZZLE


Peacock butterfly


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HOJE NO 
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
PS criticado por participação na marcha
. em defesa da escola pública

O Movimento de Defesa da Escola Ponto criticou, esta sexta-feira, o apelo do PS à participação na "marcha em defesa da escola pública", considerando que devia manter-se "à margem de uma cruzada ideológica e corporativa" que prejudica as comunidades.
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Na quinta-feira, o PS emitiu um comunicado a apelar à mobilização dos socialistas na marcha marcada para a próxima sexta-feira, em Lisboa, iniciativa que se assume contra a conceção do ensino público como "supletivo" do privado.

Esta iniciativa foi reprovada pelo movimento que, em comunicado, diz "lamentar profundamente" esta posição do PS.

"Faz muita impressão ver o Partido Socialista (...) aliar-se à extrema-esquerda e ao mais empedernido corporativismo contra as comunidades, contra as famílias, contra os trabalhadores e os professores que apenas lutam pelo que consideram ser as suas razões e os seus direitos", sublinha o comunicado.
Para o movimento, o que está em causa nesta marcha "são, apenas e só, as preocupações partidárias e corporativas de 'não perder a rua' para um movimento espontâneo da sociedade civil, que é rigorosamente independente, transregional e profundamente desinteressado nos seus fins".

Sublinha, a este propósito, que a marcha foi convocada pelo líder da Fenprof, Mário Nogueira e "conta com a organização da CGTP e do PCP e com o trabalho mediático do Bloco de Esquerda".
"Como os portugueses já compreenderam, não está em causa a defesa da escola pública, causa essa que é exatamente a mesma que move este movimento que luta para que o Estado cumpra até ao fim os contratos de associação que assinou com 79 escolas", adianta a organização.

Por outro lado, acrescenta, os portugueses também "já compreenderam que, mais tarde ou mais cedo, os tribunais irão decidir que os contratos de associação que estão em vigor não podem ser interrompidos".

Por estas razões, o movimento considera que o Partido Socialista devia "manter-se equidistante" desta marca

O Movimento de Defesa da Escola Ponto apela ainda ao primeiro-ministro, António Costa que perceba "os dois equívocos" em que o Governo e o PS estão envolvidos: "Os colégios representam uma poupança no Orçamento de Estado e constituem, pela sua qualidade, uma defesa inequívoca da escola pública".

Nesse sentido, defende, o PS deveria manter-se "à margem de uma cruzada ideológica e corporativa que, objetivamente, prejudica comunidades inteiras sem qualquer ganho".

A marcha acontece após o Governo ter revisto os contratos de associação entre o Estado e os ensinos privado e cooperativo, o que gerou fortes protestos por parte de professores, alunos, pais de estudantes e responsáveis desses setores afetados.

No comunicado, o PS salienta que a criação de uma rede de estabelecimentos públicos de ensino que cubra as necessidades de toda a população é uma exigência constitucional.

*  O grupelho "Movimento de Defesa da Escola Ponto" ficou frustrado por PSD e CDS não terem dado a cara pelo ensino privado no folclore realizado há dias, mas eles já não têm cara, ficou partida na rejeição do programa do governo da coligação. 
Agora querem o PS neutro no que diz respeito à defesa da escola pública, os cabeçilhas da turba amarela esquecem-se que o governo é PS e naturalmente tem de ser apoiado pelo partido.

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Novo revestimento pode reduzir
 custo da energia eólica



FONTE: EURONEWS

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HOJE NO 
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
OCDE: 
risco de deflação persiste na Zona Euro

Neste contexto, o aumento do investimento, tanto público como privado, tem "especial urgência na Europa", alerta a organização.

A economia e os preços estão a crescer na Zona Euro, mas as restrições que persistem no crédito devido ao peso do mal-parado na banca aliadas ao risco de um arrefecimento da economia mundial decorrente de uma desaceleração mais forte da China fazem com que "um longo período de baixa inflação ou mesmo de queda de preços, não possa ser descartado". Neste contexto, "o aumento do investimento, tanto público como privado, tem especial urgência na Europa, onde a formação de capital ainda está bem abaixo dos níveis pré-crise".
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O alerta é repetido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) no seu relatório anual sobre a Zona Euro, depois de, no início deste mês, ter revisto em baixa as previsões de crescimento para 1,4% - uma desaceleração face aos 1,5% de 2015 e menos 0,4 pontos percentuais do que antecipava em Novembro. Para Portugal, a OCDE prevê um crescimento de apenas 1,2%, que compara com os 1,8% assumidos pelo Governo.

"Há uma considerável incerteza sobre a projecção para a inflação, e um mais longo período de baixa inflação ou mesmo de queda dos preços, não pode ser descartado". A verificar-se, esse contexto poderá "tornar os encargos da dívida mais difíceis de gerir" e, para os países mais atingidos pela crise, como é o caso de Portugal, "seria ainda mais difícil recuperar competitividade, o que atrasaria a recuperação", escreve a OCDE no relatório tornado público nesta sexta-feira, 10 de Junho.

Nele, a organização sedeada em Paris aconselha o BCE a manter juros próximos do zero, pede medidas concertadas ao nível europeu para apoiar a procura agregada, insistindo com os países excedentários (caso da Alemanha) para que invistam mais. Ao mesmo tempo, que pede aos governos dos países que menos crescem mais empenho em reformas estruturais e tributárias orientadas para o aumento da competitividade.

Repetindo um apelo recorrente, e que tem sido lançado por diferentes organismos, incluindo o BCE, a OCDE refere que, ao invés, um progresso mais rápido em reformas fiscais e estruturais deverão aumentar o crescimento face ao que está previsto. "De particular importância são acções orçamentais colectivas dentro das regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento para impulsionar o investimento e o crescimento", sublinha a instituição, referindo-se designadamente ao plano Juncker.

* Os donos europeus do dinheiro sabem o que fazem, o perigo de deflacção vai ao bolso de quem não é rico.

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 O indigente



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HOJE NO 
  "PÚBLICO"

“Está o caos!” Lisboetas e turistas
. desesperam para apanhar transportes

As filas vêem-se ao longe. Os portugueses queixam-se do tempo que têm de esperar pelos autocarros. Os turistas nem conseguem comprar os bilhetes nas máquinas automáticas em direcção a Cascais.

“Péssimo, está a ser um dia péssimo!” João Póvoa precisa de estar o mais rápido possível na Avenida Infante Santo, onde tem um serviço da empresa para fazer, mas encontra-se a meio de uma fila com mais de 70 pessoas. ”Aqui no Cais do Sodré é terrível!” Indignado, o estafeta diz que tem sido “uma dor de cabeça” apanhar autocarro em Lisboa nos últimos tempos. “Já tenho perdido duas horas da Avenida da República até aqui e isso altera muito o meu trabalho”. Com a cidade cheia de turistas, a oferta de transportes começou a rebentar pelas costuras.
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Entretanto já passaram dois autocarros sem que tenha conseguido entrar e João Póvoa começa a desesperar. Uma das razões que aponta para o caos são as obras e a falta de coordenação entre a Carris e a Câmara de Lisboa: “Têm de observar a situação e colocar algum ordenamento mais informativo, porque numa hora temos de apanhar numa paragem, noutra hora passam o autocarro para outra paragem. As pessoas têm de compreender, mas assim é inexplicável.“

Quem também não entende é Jorge Gomes. Hoje tirou o dia para ir ter com um amigo e o destino é a Avenida Infante Santo. Se a sua intenção era apanhar autocarro no Terreiro do Paço, mudou de ideias quando se apercebeu da situação. Andou alguns metros e não compensou: “Hoje está mesmo o caos!” Já está no início da fila, mas esperou quase meia hora. “Deviam avisar a população. Não sabia que ia ser assim. Fui mesmo apanhado de surpresa”, suspira.

De acordo com a Carris, “a dinâmica turística na cidade nesta época do ano, com as excursões e a chegada de grandes paquetes, geram picos de procura atípicos, que dificultam momentaneamente a utilização destes meios.” Questionada sobre o reforço da oferta face ao aumento da procura, a empresa assegura que apesar de existir “um claro aumento do turismo na época de Verão”, o número médio geral de passageiros nessa época é “acentuadamente inferior” pois existe “uma redução significativa dos passageiros habituais”.

Mas o problema não se restringe ao Verão. Gonçalo Morais precisa de levar o filho à escola. Costuma apanhar frequentemente o transporte nas paragens do Cais do Sodré mas é a partir de Maio que nota a sobrecarga nos autocarros com a chegada do calor e dos turistas. “Tem sido um entrave.” Na paragem há 20 minutos, já saiu da fila porque não consegue segurar o filho, cada vez mais impaciente.

Começou a notar esta diferença nos transportes há um ou dois anos. “Com isto, o que eles ganham é que muita gente acaba por não pagar bilhete”, revela. Como solução só vê o aumento do número de autocarros e eléctricos, assim como a sua frequência.

Já reformados, Raúl Pereira e Angelino Anastácio querem aproveitar o dia e vão em direcção à Infante Santo. Na fila há meia hora, vão trocando palavras entre si sobre a longa espera. “Nem quero imaginar no domingo quando for para ir ver as marchas”, afirma preocupado Angelino. Impaciente, sugere que se crie uma outra via para os autocarros, para serem mais rápidos. O seu amigo Raúl responde-lhe: “Não vês que isso implica meter pessoal?”

Ao PÚBLICO, a Carris afirma que continua a manter “os níveis de oferta em todas as carreiras que mantêm níveis de procura elevados, procurando sempre que possível e dentro das suas limitações, compensar picos pontuais de procura.” Nesta época do ano, a maior procura assinala-se nos eixos turísticos que, segundo a empresa, se acentua entre a Praça do Comércio e Belém, nos acessos ao Castelo de São Jorge, nas carreiras de eléctricos (com destaque para o 28 e o 15) e nos ascensores e no elevador de Santa Justa. A empresa afirma ainda que “procura sempre ir adequando a sua oferta de forma a minimizar estes impactos, mas face à limitação em termos de dimensão da frota e tripulantes afectos diariamente, e à imprevisibilidade de muitos destes constrangimentos, nem sempre é possível colmatar todas as situações.”

De máquina fotográfica ao pescoço, Joane veio de França para descobrir a capital portuguesa. Vai para Belém com um grupo de amigos e diz que os 15 minutos de espera não são de mais para quem está de férias. “Comprei o VivaCard no aeroporto, agora é só utilizar”. 

Filas intermináveis nos comboios 
Mas se os turistas não se preocupam muito com a espera dos autocarros, já na estação do Cais do Sodré a atitude é diferente. A australiana Lauren Porter quer ir para Cascais. “O sistema das máquinas é fácil. Estive noutras cidades e eram como estas, mas aqui não consegui comprar bilhete”, conta já desesperada. Depois de ter estado numa fila com mais de 20 pessoas, dirige-se para a bilheteira, onde tem mais de 40 pessoas à frente. “No início coloquei uma nota de dez euros e depois a máquina bloqueou”, lamenta. Shiena Howhodi estava antes de Lauren e o seu problema foi a máquina não aceitar o cartão de crédito.

Entre os turistas, está Paula Madeira que precisa de ir para Algés, onde trabalha. Foi a uma reunião no Terreiro do Paço e agora só queria apanhar rapidamente o comboio. “Os turistas não percebem as indicações das máquinas, porque não são friendly”. Apanha comboio ocasionalmente no Cais do Sodré mas nota que é a partir de Maio que as filas crescem. “Deviam existir mais postos de atendimento personalizados para ser mais fácil tirar o bilhete para o destino. Há uma série de informações que são escusadas no ecrã”, sugere.

Ana Raquel Reis, que trabalha na Pastelaria Batalha, mesmo em frente às máquinas automáticas, conta que, entre as 9h00 e as 12h00, o rodopio na troca de notas por moedas intensifica-se. “O facto de muitas máquinas não aceitarem notas faz com que os turistas acabem sempre a trocar dinheiro”.

Há filas que chegam a circundar a banca. “Podiam abrir mais bilheteiras em vez de máquinas. O facto de os estrangeiros não conseguirem mexer com as máquinas e não terem seguranças ou alguém para os ensinar, faz aumentar as filas”. Acresce outro porblema: As máquinas não têm opções em francês e Jean Claude vai ter de ir para a bilheteira porque não conseguiu comprar o bilhete correctamente.

Contactada pelo PÚBLICO, a Comboios de Portugal (CP) reconhece que “nos períodos de maior volume de deslocações às zonas de praia, como é o caso da Linha de Cascais, a afluência de clientes regista picos de procura muito superiores ao habitual, tornando mais difícil evitar filas de espera para aquisição dos títulos de transporte”. Contudo, salienta que são tomadas “medidas de reforço”, nomeadamente nos postos de venda. Quanto às máquinas de bilhetes, “nem sempre é possível garantir a completa operacionalidade”. Os motivos apontados são o seu mau uso, grande parte devido a actos de vandalismo. Para evitar as longas filas, a CP recomenda “a aquisição antecipada de títulos pré comprados”.

Kaky Woon veio do Colorado, EUA, e está encostada numa parede em frente à bilheteira, observando o cenário em volta das máquinas automáticas: “Isto é de loucos.”

* O paradoxo de as autoridades locais gostarem de ter turistas e de os receberem de modo incompetente.
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