02/12/2016

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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"

O que o PS disse no passado 
sobre Paulo Macedo

O Governo de António Costa escolheu Paulo Macedo para liderar a Caixa. Mas no passado, o ex-ministro da Saúde de Passos Coelho e antigo director-geral dos Impostos de Durão Barroso já foi alvo de críticas de socialistas. Mas não só. Também foi elogiado.

Paulo Macedo foi o nome escolhido pelo Governo para liderar a Caixa Geral de Depósitos (CGD). Antes, Macedo já foi ministro da Saúde de Passos Coelho e director-geral dos Impostos no governo de Durão Barroso, entre 2004 e 2007, tendo também passado pelo BCP. 

A opção para substituir Domingues recaiu sobre uma personalidade ligada ao PSD que no passado já foi criticada por vários socialistas, entre eles o actual primeiro-ministro, então na qualidade de apenas secretário-geral do PS. Mas Macedo conseguiu também arrancar elogios. Foi o que aconteceu quando deixou a direcção-geral dos Impostos, em 2007, quando Teixeira dos Santos era ministro das Finanças. O Negócios fez um levantamento de algumas frases para ver como o PS via Paulo Macedo no passado. 

28 de Maio de 2004
"O terceiro director-geral dos impostos foi recrutado num grupo económico privado e irá auferir uma remuneração de 23.340 euros, claramente superior àquela que é devida ao mais alto magistrado da Nação, àquele que representa todos os portugueses, S. Ex.ª o Presidente da República, violando nessa medida a lei que determina, mesmo quando há possibilidade de opção pelo vencimento de origem, a existência de um limite remuneratório do Presidente da República. Esta é a verdade da reforma da Administração Pública da maioria!"
   

Eduardo Cabrita, então deputado do PS, quando Paulo Macedo assumiu a liderança da Direcção-Geral de Impostos

1 de Março de 2007
"Sou o primeiro a reconhecer o mérito do trabalho do Dr. Paulo Macedo à frente da Direcção Geral dos Impostos (DGCI), mas o melhor tributo que lhe podemos prestar não é endeusá-lo nem transformá-lo num D. Sebastião do nosso sistema tributário, e sim reconhecer que ele mudou a Administração."

Fernando Teixeira dos Santos, ministro das Finanças, quando Macedo saiu da Direcção-Geral de Impostos

26 de Agosto de 2013

"[Portugal não pode continuar a ter] um ministro das Finanças na Saúde, [precisando] de um ministro que cuide da saúde dos portugueses."

Álvaro Beleza, secretário nacional do PS para a área da saúde, quando Paulo Macedo era ministro da Saúde

8 de Janeiro de 2014
"Tem havido nestes últimos dois anos um conjunto de medidas de austeridade que afectaram decisivamente os cuidados de saúde dos portugueses."


Álvaro Beleza, secretário nacional do PS para a área da saúde

6 de Janeiro de 2015
"Gostaria de manifestar a minha preocupação com o facto de agora também o sector da saúde estar paralisado, tal como já tinha acontecido com a abertura do ano lectivo, com a avaliação dos professores e com o sistema informático da justiça. Uma paralisia por incapacidade da acção governativa."

António Costa, secretário-geral do PS, quando Paulo Macedo era ministro da Saúde

26 de Janeiro de 2015
"O desinvestimento do Governo na área da saúde faz com que esta chegue cada vez mais a menos pessoas e em piores condições, pelo que ficam criadas as condições para que os privados comecem a criar respostas no mesmo território. Eu acho que isso é muito perverso, com uma saúde para ricos e outra para pobres, e eu acho que esse é o verdadeiro intuito deste Governo."

Idália Serrão, deputada do PS

4 de Fevereiro de 2015
"Como é que o SNS, um dos melhores do mundo ate o senhor ministro chegar, chegou a este ponto? Agora os hospitais estão verdadeiramente na falência porque a função dos hospitais é tratar doentes, e quando não conseguem tratar doentes podemos dizer que faliram. Faliram porque não atendem os doentes e o senhor ministro falhou porque não foi capaz de manter um serviço de qualidade no SNS", acusou a parlamentar socialista.

Luísa Salgueiro, deputada do PS na comissão parlamentar de saúde

* Curiosamente.....

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