05/12/2016

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DA MADEIRA"

Rússia e China vetam resolução da ONU
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A Rússia e a China vetaram hoje a resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidos, que determina a um cessar-fogo de sete dias na cidade síria de Alepo, que tem sido alvo de violentos conflitos.
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O texto, apresentado por Espanha, pelo Egito e pela Nova Zelândia, teve 11 votos a favor, uma abstenção (Angola) e três contra, incluindo o da Rússia e o da China, que têm poder de veto, o que trava a iniciativa.

Moscovo tentou até ao último momento adiar a votação, alegando problemas de procedimento e defendendo a necessidade de esperar pelo resultado das negociações entre a Rússia e os Estados Unidos sobre a retirada dos rebeldes da zona este de Alepo.

O embaixador russo das Nações Unidas, Vitaly Churkin, considerou que submeter esta resolução à votação hoje “violou” as regras do Conselho de Segurança, considerando que não se cumpriram os prazos necessários, uma acusação que outras delegações rejeitaram.

Segundo Churkin, atrasar a decisão teria dado tempo para conhecer os resultados das negociações que estão agendadas para terça-feira, em Genebra, entre especialistas russos e norte-americanos.

O embaixador russo garantiu que este processo abre a possibilidade de “resolver de forma efetiva” a situação naquela cidade síria e acusou as potências ocidentais de pressionaram a votação desta resolução para o quanto antes.

A delegação norte-americana, por seu lado, considerou que os argumentos de Moscovo não são mais do que um “álibi inventado” e disse que as duas partes não estão próximas de alcançar um acordo em relação a Alepo, apesar do que adianta a Rússia.

A resolução agora vetada foi negociada durante semanas e tinha como objetivo estabelecer uma interrupção imediata dos combates por um período inicial de sete dias, para permitir a entrada de ajuda humanitária nas zonas sitiadas pelas forças governamentais.

As forças do líder sírio, Bashar al-Assad, e aliados continuam a avançar sobre as zonas de Alepo controladas pelos rebeldes, depois de terem recuperado o poder, até agora, em cerca de 60% da cidade, de acordo com a organização não-governamental Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), que tem um rede alargada de informadores no terreno.

Desde o início, a 15 de novembro, da última ofensiva do regime sírio na zona oriental de Alepo, pelo menos 311 civis foram mortos, indicou o OSDH, com sede em Londres.

Ao mesmo tempo, os ataques rebeldes contra a zona ocidental da cidade, nas mãos do regime, causaram pelo menos 70 mortos.

A Rússia, aliada de Al-Assad, intervém na guerra desde setembro de 2015 através de ataques aéreos.

A guerra na Síria, desencadeada em março de 2001 devido à brutal repressão de manifestações a exigir reformas, causou mais de 300.000 mortos.

*  As ditaduras nunca estão ao lado dos que sofrem.

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