15/11/2016

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HOJE  NO
"OBSERVADOR"
Invenções tecnológicas que prometem
. revolucionar o nosso futuro

Há maravilhas tecnológicas que vemos nos filmes de ficção científica que já passaram do ecrã para a realidade. Estas são algumas que estão prestes a revolucionar o nosso futuro. 

Quando assistimos a filmes de ficção cientifica ficamos sempre incrédulos com as invenções tecnológicas que nos são apresentadas como o tele transporte, mover objetos com a mente ou robôs com sentimentos. No entanto, muitas destas invenções são já uma realidade.

O El País elaborou uma lista de 12 áreas e invenções que, consideram, vão mudar a nossa vida. O Observador já abordou todas elas , ainda assim achamos que vale a pena aproveitar a dica e fazer uma síntese.

1- Implantes cerebrais
São dispositivos tecnológicos que se ligam ao cérebro e atuam como próteses biomédicas em zonas que se tornaram disfuncionais, por exemplo, como consequência de uma lesão cerebral. Os implantes neurológicos têm-se revelado muito úteis nos casos de imobilidade física, mas não só. Prevê-se que, no futuro, esta tecnologia venha a permitir que as pessoas acionem mecanismos robóticos apenas com o pensamento.

2- Impressoras 3D
Basta uma impressora 3D ligada a um computador para se imprimir qualquer objeto. São já acessíveis para uso doméstico e, à medida que vão sendo acrescentados novos materiais para “impressão”, o limite aproxima-se da imaginação do utilizador. Já foram construídas peças grandes como móveis para a casa ou até mesmo carros, mas uma das aplicações mais interessantes desta tecnologia está relacionada com a medicina: através destas impressoras é possível criar próteses (um “osso”, por exemplo) em 3D e adaptadas a cada indivíduo.

3- Sistema CRISPR

Este sistema é uma forma eficaz, barata e fácil de modificar o genoma com o intuito de eliminar doenças hereditárias, não apenas do paciente como também dos seus descendentes. Este sistema foi descoberto em 1993 pelo microbiologista Francis Mojica, mas foram os cientistas Jennifer Doudna e Emmanuel Charpentier que o tornaram, em 2012, no atual sistema de edição de genoma.

4- Carros autónomos

Os carros autónomos, com piloto automático, são algo com que as pessoas sonham há muitos anos, e essa fantasia pode estar quase a tornar-se uma realidade para todos. Estes veículos irão minimizar alguns dos inconvenientes relacionados com a mobilidade, com melhorias no trânsito, menos poluição e menos acidentes.

São várias as empresas que estudam este meio de transporte automatizado (Tesla, Google, Apple, etc.) e, apesar de já existirem alguns a circular em modo de teste, ainda há muito trabalho pela frente para que estes carros possam circular em conjunto com os automóveis controlados pelo ser humano.

5- Grafeno
 O prémio Nobel da Física de 2010 foi para os cientistas Andre Geim e Konstantin Novoselov, da Universidade de Manchester. Porquê? Por que criaram o grafeno, um material composto exclusivamente por átomos de carbono que se interligam num único plano, como uma “folha” com apenas um átomo de espessura. É o material mais leve descoberto até ao momento e consegue ser cerca de 200 vezes mais forte que o ferro. É um bom condutor de calor e da corrente elétrica, ainda melhor do que o cobre e poderá ser utilizado na indústria automóvel como filtro de escape ou ainda como um filtro de água (para enumerar algumas utilizações mais simples do dia a dia).

6- Inteligência artificial emocional
As maiores empresas tecnológicas, como a Microsoft e a Google, competem por expandir os limites da inteligência artificial, procurando que as máquinas aprendam por si próprias, que tomem decisões e resolvam problemas. Mas agora a ambição é conseguir que a tecnologia seja capacitada com inteligência emocional, isto é, que sejam capazes de reconhecer e interpretar as nossas emoções e que tomem decisões em função delas (computação afetiva).

Já existe uma empresa, EmoShape, que desenvolve um microchip capaz de determinar o estado de espírito de uma pessoa, através de um algoritmo que avalia os dados recolhidos de 45 músculos da nossa cara. E uma entrevistadora virtual chamada Ellie, capaz de identificar sinais de depressão.

O filme “Uma História de Amor” é o exemplo daquilo que pode vir a ser o futuro com este tipo de tecnologia. Um mundo em que os robôs vão conseguir fazer parte do quotidiano de uma maneira tão natural como se se tratasse de uma pessoa.

7- Baterias

No meio de todas estas invenções a bateria pode parecer ultrapassada, porém, o seu desenvolvimento será o principal impulsionador de novas e importantes invenções. Atualmente as três grandes limitações das baterias são o custo de produção, a capacidade de armazenamento e o tempo de recarga. Mas todas elas estão a ser ultrapassadas. Prova disso é o carro elétrico cuja autonomia, nos modelos mais avançados, chega já aos 600 quilómetros. Some-se a isto a aposta contínua nas energias renováveis, com a utilização combinada de painéis solares e baterias de lítio.

E nos dispositivos móveis? Já havíamos referido o desenvolvimento de uma bateria de alumínio que poderá substituir as atuais de maneira a ser carregada, na totalidade, em apenas um minuto e correndo menos risco de explodir, em comparação com as baterias de lítio.

8- Agricultura de precisão

Conhecer o campo ao milímetro é fundamental para tirar o máximo proveito das colheitas: a composição química do solo, necessidades de rega, controlo das pragas, etc. São utilizados dados de GPS e de diferentes sensores que medem a composição do subsolo e a sua qualidade e que, posteriormente, elaboram um mapa da zona com toda a informação recolhida e que seja relevante para os agricultores. Esta tecnologia está a avançar depressa e a melhorar significativamente o controlo das colheitas, nomeadamente através do smartphone.

Ainda que noutra escala, no topo da inovação aplicada à agricultura está, provavelmente, a aeroponia e a hidroponia, duas outras maneiras de aliar a tecnologia à agricultura a fim de promover um futuro mais sustentável.

9- Assistentes virtuais


Os assistentes virtuais dos smartphones são uma das principais apostas das grandes empresas e a sua evolução permitirá que sejam proativos e que conheçam todas as nossas preferências, que nos proponham atividades e que nos organizem o dia a dia. O próximo passo é conseguir que comuniquem uns com os outros – levá-los a interagir como se fossem pessoas.
Dos smartphones às casas inteligentes, cada vez mais as empresas apostam nos assistentes virtuais. A Google foi das últimas a apresentar (em grande) algo nesta área: Google Assistant e Google Home.

10- Encriptação Biométrica

Já não é necessário o uso de senhas de acesso para aceder aos dados. Agora, tal poderá fazer-se através da impressão digital, identificação da íris, batimento cardíaco, entoação da voz ou até mesmo pela forma de andar, que permite identificar um indivíduo. O FBI, por exemplo, criou um banco de dados de reconhecimento com mais de 52 milhões de imagens de rostos e mais de 170 milhões de impressões digitais de indivíduos estrangeiros. Contudo, a encriptação biométrica não está regulamentada e há dúvidas que persistem quanto à sua segurança.

Neste campo, a empresa Byonim já tinha começado a dar alguns passos ao desenvolver um sistema que conseguia ler e interpretar os batimentos cardíacos e mesmo os movimentos dos músculos de cada pessoa a fim de conseguir identificar um indivíduo.

Também a Samsung já estava avançada neste ramo e, apesar dos problemas com o Galaxy Note 7, a verdade é que o leitor de íris presente no dispositivo parecia funcionar bem, tornando assim dispensável a utilização de códigos para aceder à informação presente no dispositivo.

11- Robôs cirúrgicos 

STAR é capaz de suturar com maior precisão do que os cirurgiões mais experientes. O robô cirúrgico está programado para tomar decisões e operar sem necessidade de médicos. Ainda assim, os especialistas garantem que robôs como este nunca substituirão completamente os humanos.
Outro exemplo são os robôs Da Vinci, que começaram a ser utilizados em 2000 e já operaram mais de três milhões de pessoas. O cirurgião controla os braços robóticos e os bisturis usando um comando dotado com um sistema tridimensional. Os Da Vinci reduzem ao mínimo o tamanho das incisões.

* Quando a tecnologia não faz artefactos para matar pessoas, é maravilhosa.

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