06/09/2016

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HOJE NO 
"OBSERVADOR"

Presidente da Proteção Civil demite-se

Francisco Grave Pereira pediu a demissão à ministra da Administração Interna após ser imputado de "violação do dever de zelo na forma" como geriu o processo de venda de seis helicópteros.

O major-general Francisco Grave Pereira, presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), pediu a demissão do cargo. O pedido foi feito à ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, que aceitou a sua demissão, esta segunda-feira.
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Grave Pereira era o presidente da ANPC desde maio de 2014 e demitiu-se na sequência das conclusões do relatório da Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI) “que lhe imputa a violação do dever de zelo na forma como a autoridade geriu o processo de transferência dos seis helicópteros pesados Kamov” para a empresa privada Everjets que os está a operar, de acordo com o jornal Público.

Segundo a IGAI, a Proteção Civil não acautelou os interesses do Estado no processo de transferência dos helicópteros.

O inquérito levado a cabo pela IGAI foi instaurado em junho de 2015 por ordem de Anabela Rodrigues, ministra da Administração Interna à altura. As conclusões das investigações deviam ser entregues num prazo de 30 dias, mas o inquérito durou vários meses e só foi entregue há poucas semanas ao Ministério.

O facto de Grave Pereira fazer parte do Exército obrigou a que o processo tivesse de ser remetido para o Ministério da Defesa, afirma o Público.

A ministra da Administração Interna recusou-se a comentar na Proteção Civil, onde se encontrava para o balanço operacional intercalar da Fase Charlie do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais de 2016 relativo ao mês de agosto.

Constança Urbano de Sousa afirmou que a Proteção Civil “vai continuar o seu excelente trabalho que tem feito nesta época de incêndios” e que ainda não foi encontrado um substituto para Grave Pereira.
Demissão não vai interferir no combate aos fogos, diz o comandante operacional O comandante nacional operacional da Proteção Civil, José Manuel Moura, defendeu hoje que a demissão do presidente da Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC) não vai interferir no combate aos incêndios florestais.

José Manuel Moura falava numa conferência de imprensa na proteção Civil para o balanço operacional intercalar da Fase Charlie do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais de 2016 relativo ao mês de agosto, depois de ter sido conhecida a demissão do presidente da ANPC, na sequência do inquérito aos problemas com os helicópteros Kamov.

“Queremos acreditar que tudo vai decorrer como estava determinado”, afirmou José Manuel Moura, sublinhando: “Temos o dispositivo na rua e está motivado”.

* Não é só ele o  responsável pelo combate deficiente aos incêndios.

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