13/09/2016

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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"

Juiz pergunta a vítima de violação 
porque não manteve joelhos juntos

Robin Camp arrisca ser afastado do cargo

Um juiz federal canadiano core o risco de ser afastado do cargo devido aos comentários feitos durante um julgamento de violação. Entre outras declarações, Robin Camp perguntou à vítima porque não mantivera os joelhos juntos.
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E SE ALGUÉM O ENRABA?
O caso remonta a 2014, quando Robin Camp era juiz em Calgary (tornou-se juiz federal no ano passado) e tem por base a violação de uma jovem de 19 anos no lavatório de uma casa de banho durante uma festa particular. Segundo os registos do julgamento, o juiz perguntou à jovem porque é que não posicionou a pélvis de forma a evitar a penetração e "porque é que não manteve simplesmente os joelhos juntos".

Robin Camp também afirmou que "as jovens querem fazer sexo, sobretudo quando estão bêbedas" e defendeu que "sexo e dor às vezes andam juntos" e que "não é necessariamente uma coisa má".
O juiz absolveu o homem que estava acusado de violação, tendo-lhe recomendado que dissesse aos amigos para serem para carinhosos com as mulheres. "Têm de ser mais pacientes. Têm de ser mais cuidadosos. Para se protegerem, têm de ser mais cuidadosos", disse.

O veredicto acabou por ser anulado por um tribunal de recurso, tendo sido marcado um novo julgamento para novembro.

À conta destes comentários, o juiz, que entretanto foi promovido a juiz federal, pode ser afastado. Segundo a estação CBC, Robin Camp pediu desculpa à vítima de violação, admitindo que os seus comentários foram incorretos. O juiz admitiu ter o preconceito de que todas as mulheres agem da mesma maneira e deveriam resistir, mas garantiu ter tomado pedidas para corrigir essa ideia.

Um professor que testemunhou a seu favor declarou que Robin Camp, enquanto sul-africano, desconhecia a lei criminal canadiana, uma vez que se dedicara quase sempre a casos financeiros.
A acusação defende que Camp deve ser afastado pois falhou na sua missão enquanto juiz.

* Afinal não é só o sr. juiz Carlos Alexandre que diz coisas brilhantes.

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