09/09/2016

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HOJE NO
"i"

Nuno Artur Silva dá a sua versão
 da história na polémica da RTP

A administração da RTP enviou esta sexta-feira um esclarecimento aos trabalhadores para tentar pôr um ponto final na polémica lançada pela entrevista de Luís Marinho ao i, que acusa o administrador Nuno Artur Silva e o diretor Daniel Deusdado de contratar profissionais e conteúdos das suas produtoras, a Produções Fictícias e a Farol de Ideias.

Na nota interna a que o i teve acesso, Nuno Artur Silva desmente que isso esteja a acontecer e garante estar a cumprir as recomendações feitas pela CRESAP e pela ERC (Entidade Reguladora para a Comunicação Social) aquando da sua contratação.

“Desde que Nuno Artur Silva começou a exercer o cargo de administrador da RTP não houve nenhum contrato, venda de programa, ou conteúdo das Produções Fictícias à RTP”, assegura-se no documento, que garante que o administrador deixou de exercer funções nas Produções Fictícias “antes mesmo de ter entrado na Administração da RTP”.

Quanto aos profissionais ligados às Produções Fictícias que, entretanto, têm sido contratados pela estação do Estado, a administração também assegura não haver qualquer privilégio ou promiscuidade.

“Em relação às dúvidas sobre a contratação de profissionais das Produções Fictícias para a RTP, importa esclarecer que a RTP apostou desde sempre em conteúdos de humor, rubricas, programas, textos, etc., contratando largas dezenas de profissionais para projetos específicos para a rádio e a televisão nos últimos anos. Alguns deles colaboraram com as PF, como freelancers, antes e depois de terem colaborado com a RTP, facto absolutamente natural, dado o humor ser uma área a que as duas empresas deram particular atenção. Estas colaborações são temporárias e não implicam a entrada nos quadros da RTP”, esclarece a administração.

A nota interna dá também garantias de que o diretor de Programas Daniel Deusdado não tem privilegiado a produtora da qual a sua mulher ainda é sócia.

“A RTP não contratou nem contratará nenhum conteúdo novo à produtora “Farol de Ideias/Biocastelo” a que Daniel Deusdado pertenceu, continuando a emitir apenas o programa “Biosfera”, em antena na RTP desde 2005 (aliás na RTP 2, que não depende de Daniel Deusdado) e autorizado pela ERC”, garante a administração.

Uma vez que esta semana o PSD enviou, através do Governo, um conjunto de perguntas para esclarecer os contornos das denúncias feitas pelo ex-administrador Luís Marinho na entrevista ao i, Nuno Artur Silva aproveita a nota interna para assegurar estar disponível para dar todas as explicações necessárias.

“O Conselho de Administração da RTP estará, como sempre esteve, disponível para esclarecer todos os seus atos de gestão, nos fóruns próprios, em nome do rigor, da transparência e de um Serviço Público de Media cada vez mais forte”, lê-se no documento.


* É muito fácil em Portugal atacar a seriedade das pessoas, o que tornou Luís Marinho tão despeitado???


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