17/09/2016

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ESTA SEMANA NO  
"OJE/
JORNAL ECONÓMICO"

Passos preocupado por o país
 “não crescer o que devia”

O ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho voltou a deixar sinais de crítica à ação do Executivo liderado por António Costa. “Preocupa-me que o país não esteja a crescer aquilo que precisa, devia e nem sequer aquilo que foi projetado pelo atual Governo que tem uma abordagem radicalmente diferente da do anterior”, indicou.
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De visita a Proença-a-Nova, área recentemente atingida por incêndios, Passos referiu: “As coisas não são por acaso, não caem do céu. O que me preocupa é a previsão do médio e longo prazo, qual é a perspetiva no horizonte do país nos próximos dois, três anos e por aí fora. E essa perspetiva é muito limitada conforme foi realçado pelo Conselho de Finanças Públicas, pois, se tudo continuar como está, se este tipo de abordagem política se mantiver, as perspetivas deste órgão independente são de que andaremos sempre a lutar todos os anos por ter um bocadinho menos de 3% do défice ou talvez um bocadinho mais, muito dependentes do exterior para ter de adotar políticas mais restritivas internamente e, portanto, o país não crescerá mais de 1 ou 1,5%. Esta é uma perspetiva muito limitadora e devemos encarar o futuro com mais ambição.”

Voltando aos seus tempos de governação, o dirigente social-democrata referiu: “Estávamos a crescer a um ritmo maior do que estamos hoje, a recuperar confiança e credibilida no exterior, atraindo mais investimento e tudo isso está, de certa maneira, a perder gás, a andar para trás e isso é mau, porque podíamos estar melhor do que hoje e estamos a desperdiçar oportunidades.”

Passos recusou ainda comentar o Orçamento do Estado para 2017, recordando que “o Governo ainda está a negociar medidas no seio da maioria”. Contudo, acerca de questões relacionadas com o imposto sobre o património que tem sido referido, o líder do PSD defendeu que “é preciso valorizar o património que temos e valorizar o investimento direto estrangeiro no património”.

* Preocupações dum malandro que pôs a economia a minguar como não devia.

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