ESTA SEMANA NA
"GERINGONÇA"
Mais uma derrota para os colégios:
tribunal chumba providência cautelar
O Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra (TAFC)
recusou hoje dar provimento à providência cautelar interposta pelos
colégios com contratos de associação com o Estado. Não é acolhida assim a
pretensão dos colégios de fazer suspender as normas do despacho das
matrículas referentes à origem geográfica dos alunos.
Aliás, o Tribunal faz questão de afirmar que a matéria
reclamada pelos colégios na ação “inexiste” nos atos praticados pelos
ministério. Torna-se particularmente difícil de entender que a recusa
das pretensões dos colégios possa ser titulada como uma pretensa vitória
dos colégios, como faz o jornal Público.
Além de recusar suspender os efeitos dos despachos do
Ministério da Educação, o Tribunal afirma ainda que a matéria sobre a
qual os colégios se queixam não está refletida nos despachos objeto da
ação. Este reconhecimento de ausência de fundamento leva a jornalista
Clara Viana a titular “Tribunal de Coimbra nega limites às matrículas
nos colégios com contratos de associação”.
MANIFESTANTE MADURA |
Não sabemos quantas vezes um jornalista em Portugal terá
classificado como alegado um facto constante de um acórdão. Admitimos
que possa haver precedente, mas admitimos mais facilmente que a
jornalista Clara Viana está a trilhar novos caminhos na forma de fazer
jornalismo.
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O fabuloso caso do colégio
onde quase todos têm 20 a Direito
onde quase todos têm 20 a Direito
Dos 23 alunos alunos que frequentaram a disciplina de
Direito no Colégio D. Leonor, 21 tiveram a classificação 20 valores. É
caso para questionar que mal fizeram os outros dois alunos que tiveram
19 e 17 valores. A disciplina em causa pertencia ao plano curricular do
12º ano findo o qual muito alunos se candidatam ao ensino superior em
que as notas determinam o lugar na seriação.
A informação foi avançada na semana passada pela Gazeta das Caldas
que questionou o estabelecimento de ensino sobre a possível inflação
das notas. O Colégio D. Leonor respondeu que sendo uma disciplina
opcional os alunos se encontram particularmente motivados, sendo essa a
razão pela qual o seu desempenho é tão extraordinário.
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Contudo, a Gazeta das Caldas adianta que analisando as notas das
disciplinas em que não se realizam exames nacionais, o Colégio das
Caldas apresenta notas inflacionadas dando aos seus alunos uma vantagem
sobre os restantes no acesso ao Ensino Superior. Um ex-aluno conta ao
jornal online das Caldas que “no Colégio não se fazem testes na maioria
das disciplinas opcionais do 12º ano” e que numa das disciplinadas a
avaliação, o Inglês, a avaliação tinha consistido apenas numa prova
oral, acrescentando: “raramente demos matéria”.
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«Comparando as médias das disciplinas optativas anuais, o colégio
regista 18,1 valores, enquanto as escolas Raul Proença e Bordalo
Pinheiro, registam, 16,0 e 15,4 valores, respectivamente» pode ler-se na
referida notícia da Gazeta. A notícia já originou o protesto de alunos, pais e professores da Escola Raul Proença que acusam justamente o Colégio D. Leonor de desvirtuar as notas.
Provedor de Justiça
desmente colégios em comunicado
desmente colégios em comunicado
O porta-voz dos colégios com contratos de associação,
Rodrigo Queiroz e Mello, mentiu. É o que se pode concluir do comunicador
do Provedor de Justiça referido hoje no jornal Sol. «O Provedor de
Justiça não antecipou qualquer tipo de juízo valorativo e final sobre a
matéria» pode ler-se no comunicado citado pelo semanário.
Recorde-se que na quarta-feira, em conferência de imprensa, o
porta-voz dos colégios com contratos de associação havia afirmado que “o senhor provedor de Justiça considera que a interpretação do contrato apresentado pelo Governo publicamente não é viável“. Esta afirmação é agora taxativamente negada pelo comunicado do Provedor de Justiça.
Não é primeira vez que os colégios fazem interpretações
abusivas a roçar a difusão de falsidades. E para ilustrar de forma
grosseira os abusos dos responsáveis dos colégios estão aí os
desmentidos de que já foram alvo por parte do Tribunal de Contas, do Presidente da República e, agora, do Provedor de Justiça.
* Crónicas da "peste amarela"
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