20/07/2016

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HOJE NO 
"RECORD"

Cicinho diz que Casillas e companhia
. manipulavam imprensa e treinadores

Depois das declarações bombásticas de terça-feira, a ESPN Brasil emitiu uma nova parte da entrevista a Cicinho, onde agora surgem revelações surpreendentes sobre o ambiente que se vivia no Real Madrid em 2006. Tudo começou quando, com a saída de Roberto Carlos, os merengues tiveram de encontrar um novo capitão.
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"Quando o Roberto Carlos saiu, eu era titular, o Sergio Ramos era central e, às vezes, lateral direito, enquanto que o Michel Salgado era o terceiro lateral. Fizeram uma eleição e disseram que nos iam apresentar ao terceiro capitão. O primeiro era Raúl, o segundo era o Casillas, que cedeu o seu estatuto ao Michel Salgado, para este poder jogar. Aí começou toda essa 'panelinha'. O Júlio Baptista disse-me logo que estava tudo acabado", começa por recordar, em entrevista ao programa 'Bola da Vez'.

"Eu prejudiquei-me a mim próprio. Quando me sentei para falar que queria sair para a Roma, que o Totti e o Doni estavam sempre a dizer-me para ir, que não iria ter espaço para jogar no Real Madrid, que me estavam a 'lixar', porque eles sabiam, que eu falava com eles... Se eu fosse profissional, estaria lá até hoje", confessou.

Depois, no seguimento da mesma declaração, Cicinho revelou quem compunha o grupinho que, na sua opinião, comandava tudo e todos no Real Madrid: "Guti, Michel Salgado, Helguera, Raúl, Casillas... Eles tinham a sua 'panelinha'. Entrava quem fazia o que eles mandavam. Fazem cabeça de imprensa, do treinador... Por exemplo, um dia o Ronaldo jogava mal e, no dia seguinte, aparecia na capa do jornal que o Raúl era melhor que o Ronaldo. O Raúl tem de nascer três vezes para tentar ser como o Ronaldo".

Na memória do brasileiro, de 36 anos, está também um episódio com Michel Salgado. "Além disso, estava no país deles, ganhando o mesmo que eles e a jogar no lugar deles. Cheguei lá e o Michel Salgado tinha onze anos de clube. No balneário todos os jogadores tinham o seu cacifo. Ele chegava e cumprimentava todos os jogadores, mas quando chegava a minha vez, fazia como se não estivesse ali. Isso foi das primeiras vezes. Depois eu baixava-me, fazia de conta que estava a apertar os atacadores e dava-me igual. Mas depois passamos a ter uma relação muito boa. Ele foi alguém que nunca me tentou 'lixar'. Ao princípio excluiu-me um pouco, mas eu fui o grande culpado de não ter continuado no Real Madrid", acrescentou.

* No desporto só Jesus, o descrito na bíblia, não é manipulável, de resto é o forró dos agentes desportivos e dos políticos.

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