HOJE NO
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Investidores pagam
para emprestar dinheiro a Portugal
Portugal levou hoje a cabo duas emissões de
dívida de curto prazo e, numa das operações, os juros conseguidos foram
negativos. Embora não seja inédito, isto significa que os investidores
estão a pagar para emprestar dinheiro ao país.
Segundo dados divulgados hoje pelo IGCP, o organismo que gere a dívida pública, foi feita uma emissão de Bilhetes do Tesouro com maturidade de seis meses – a dívida emitida hoje por Portugal é reembolsada em janeiro de 2017.
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O Estado colocou 544 milhões de euros nesta modalidade, tendo
conseguido uma taxa negativa em 0,003%. Na última operação semelhante,
feita em maio deste ano, tinha tido juros positiva de 0,021%, recorda
Filipe Silva, diretor da Gestão de Ativos do Banco Carregosa.
“Não sendo a primeira vez que Portugal emite dívida de curto prazo a
taxas negativas – até já as emitiu mais negativas - é o sinal de que
este ambiente de baixas taxas de juro, com os países mais prósperos com
taxas negativas, faz da a dívida portuguesa uma alternativa menos
negativa para os investidores. Na Alemanha, a dívida a 1 ano tem um juro
negativo de 0,65%”, explica o gestor.
A explicação para os investidores aceitaram taxas negativas,
acrescenta, é a de que “não há alternativas melhores”. E, embora paguem
para emprestar dinheiro, esperam que valor dos títulos de dívida suba
nos próximos meses e daí possa vir algum rendimento.
Além da operação a seis meses, o IGCP concretizou uma emissão de
dívida a 12 meses. Nestes Bilhetes do Tesouro com maturidade em Julho de
2017, a taxa foi de 0,038% - o que compara compara com a taxa de 0,043%
do último leilão semelhante. Nesta modalidade, foram colocados 1360
milhões de euros.
“Nem se esperava outra coisa – as duas emissões de dívida de curto
prazo correram bem para o Estado português, com as taxas de juro a
descer em ambos os prazos, conseguindo mesmo ir a taxas negativas nos 6
meses. O leilão correu bem ainda porque houve uma procura dentro do que
é habitual e o montante colocado até ficou acima do pretendido”,
conclui Filipe Silva.
* Portugal ainda corre riscos financeiros graves, não tanto pela gestão mas pelo ódio visceral do aglomerado Popular Europeu, que não perdoa aos novos governantes o atrevimento de o contestar, tal era o sibilino rastejar do governo de Passos Coelho.
Mas a notícia é boa.
Mas a notícia é boa.
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