05/07/2016

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HOJE NO 
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"

Praça do Saldanha 
terá "mais 69 árvores"

Em prol das obras de requalificação do Eixo Central haverá uma manutenção das árvores previstas no projeto

A Câmara Municipal de Lisboa informou hoje que serão transplantadas duas das 26 tipuanas existentes no Saldanha, enquanto "todas as outras serão mantidas" e a praça ganhará "mais 69 árvores".
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"No que concerne ao projeto da nova praça do Saldanha e por força da alteração da geometria da ligação da Avenida Casal Ribeiro à futura rotunda do Saldanha, está previsto que, das 26 tipuanas existentes, duas sejam transplantadas", informou o departamento de comunicação do município.

Quanto ao local da sua replantação, será determinado após a devida avaliação - resultante de uma vistoria da Direção Municipal de Estrutura Verde, Ambiente e Energia - mas prevê-se que ocorra na nova Praça do Saldanha.

"Todas as outras árvores existentes na Praça Duque de Saldanha (tipuanas) são mantidas, sendo ainda plantadas nesta área mais 69 árvores novas das seguintes espécies: jacaranda-mimoso, coreutéria, pereira-de-jardim, cerejeira-brava, plátano e tipuana", aponta a nota enviada à agência Lusa e entretanto divulgada no 'site' da autarquia.

Na semana passada, a Assembleia Municipal de Lisboa aprovou por unanimidade uma recomendação do Partido Comunista Português (PCP) para que o executivo de maioria socialista "envide esforços para a manutenção das árvores previstas no projeto de requalificação do Eixo Central" (zonas do Saldanha e Picoas).

O PCP advogava que "foram abatidas e transplantadas um grande número de árvores, nomeadamente um conjunto de choupos negros", e apontou dúvidas relativamente ao futuro das tipuanas existentes na Praça Duque de Saldanha.

O município confirmou o "abate de cinco árvores (choupos), que decorreu no passados dias 16 e 18 de junho" na Avenida Fontes Pereira de Melo, acrescentando que "em substituição serão plantadas na nova avenida 192 novas árvores".

Face às críticas do PCP relativamente à carência das "devidas informações no local" do abate, a autarquia afirmou que "a remoção de qualquer árvore, determinada por razões de necessidade fitossanitária ou autorizada pelo senhor presidente da Câmara por necessidade imperiosa de realização de obra de interesse público, é previamente comunicada à Junta de Freguesia e publicitada na zona em causa".

"A preservação e incremento dos exemplares arbóreos existentes no local foi um dos principais pressupostos que presidiu à elaboração do projeto" de requalificação daquela zona da cidade, informou a autarquia.

Este projeto "integrou o relatório do arvoredo realizado em 2015 pela Direção Municipal de Ambiente e Espaço Público, que avaliou minuciosamente o estado de cada uma das árvores existentes, de modo a permitir que as opções de projeto prosseguissem eficazmente o propósito de preservação do maior número possível das árvores existentes", acrescentou.

Após queixas de um grupo de cidadãos face ao abate de alguns exemplares, a Lusa questionou o município, que informou em meados de junho que, na totalidade do projeto de requalificação do Eixo Central, vão ser plantadas 741 novas árvores, enquanto 15 das atuais seriam abatidas e 30 transplantadas.

O projeto do Eixo Central, já em obras, prevê o alargamento dos passeios, a criação de zonas verdes, a repavimentação das faixas de rodagem, o reordenamento do estacionamento e a criação de uma ciclovia bidirecional, no âmbito do programa "Uma praça em cada bairro".

* Embora não acreditemos nas vantagens desta megalomania construtora, a não ser como objectivo eleitoral, o número  da notícia é fetiche.

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