05/07/2016

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HOJE NO 
"CORREIO DA MANHÃ"
Bial lança fármaco para reduzir sintomas
. da doença de Parkinson 

Medicamento também retarda a progressão da doença. 

Um medicamento desenvolvido pela farmacêutica portuguesa Bial para reduzir durante duas horas o estado de rigidez e incapacidade nos doentes com Parkinson bem como a retardar a progressão da doença, foi aprovado pela Comissão Europeia e apresentado esta terça-feira no Porto. 

Este é o segundo medicamento totalmente desenvolvido pela Bial e o primeiro apresentado após o ensaio clínico ocorrido em França que ficou associado à morte de um dos voluntários e a danos neurológicos em outros quatro, a 17 de janeiro. 

O Ongentys é um medicamento de toma única diária, que deve ser combinado com outros fármacos ou terapias, e que permite aos doentes uma qualidade de vida adicional durante duas horas do dia, indicou o presidente da empresa, António Portela, durante a apresentação. 

"A doença de Parkinson é neurodegenerativa, crónica, progressiva e irreversível e caracteriza-se por uma progressão lenta, não existindo cura nem forma de a travar eficazmente, somente algumas terapêuticas para retardar o progresso", como é o caso do Ongentys. 

De acordo com António Portela, estima-se que existam 1,2 milhões de doentes com Parkinson na Europa, sendo que 22 mil registam-se em Portugal, valores avançados pela Associação Europeia da Doença de Parkinson (EPDA). 

Normalmente, a doença manifesta-se entre os 55 e os 60 anos, sendo a prevalência de um em cada 100 indivíduos para essa faixa etária. O Ongentys foi desenvolvido ao longo de 11 anos, tendo este sido testado em mais de 900 doentes, em 30 países, ao longo de dois ensaios de farmacologia humana, explicou o presidente. 

Depois do verão, o medicamento vai começar a ser produzido em Portugal e comercializado na Alemanha (maior mercado europeu, onde existem cerca de 260 mil portadores da doença) e no Reino Unido. O desenvolvimento deste medicamento, cujo investimento rondou os 300 milhões de euros, vem "reforçar o compromisso com a saúde, com as pessoas e com a inovação terapêutica", acrescentou António Portela. 

A Bial faturou, em 2015, cerca de 215 milhões de euros, estando no primeiro semestre desta no crescer "a dois dígitos", segundo o presidente da empresa, que investe cerca de 40 milhões por ano em investigação, correspondente a 20% da sua faturação.

* Estamos de pé atrás, não esquecemos aquele grave incidente em França.

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