19/06/2016

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ESTA SEMANA NO
"SOL"

INE: 
Somos cada vez menos e cada vez mais velhos

Em 2015, o número de filhos por mulher era de 1,3, número que em 2014 se ficava pelos 1,23 e em 2013 pelos 1,21. Na prática, no ano passado houve um aumento de 3,6% de nascimentos, num total de 85 500, quando em 2014 se tinha situado nos 82 367. Apesar de positivo, este aumento não é suficiente para colmatar os dados que ficam do outro lado da tabela: em média, por dia, nasceram no ano passado 234 crianças, mas o aumento de óbitos contribuiu para que o saldo natural da população se mantivesse com valor negativo.
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Segundo os números divulgados ontem pelo Instituto Nacional de Estatística, entre 2005 e 2015 o número de idosos aumentou em mais de 316 mil e o número de jovens até aos 15 anos sofreu uma quebra de 208 mil. O número de pessoas em idade ativa - entre os 15 e os 64 anos - reduziu-se em 278 mil.

Em termos gerais, 2015 veio confirmar a tendência de decréscimo populacional dos últimos anos. São 33 492 pessoas que, num ano, deixaram de residir em Portugal.

Emigração  
No ano passado, emigraram 40 377 portugueses, número bem acima daquele que dá conta dos estrangeiros que decidiram escolher Portugal para viver: 29 896. Apesar do saldo migratório se manter negativo, verifica-se uma melhoria. Se atualmente se situa nos -10 481, em 2014 chegava aos -30 056.

Vive-se mais tempo  
Apesar das notícias não deixarem espaço para entusiasmos, nem tudo o INE revelou é negativo. prova disso é a esperança média de vida, que tem vindo a aumentar de forma contínua. O número médio de anos que uma pessoa à nascença pode esperar viver era de 77,72 anos no triénio 2003-2005, passando para 80,41 anos no triénio 2013-2015.  Nas mulheres este valor é mais elevado tendo evoluído, no mesmo período, de 80,86 para 83,23 anos. A esperança de vida à nascença dos homens, embora mais baixa, também aumentou, tendo passado de 74,35 para 77,36 anos.

Contas feitas, no ano passado, a população residente em Portugal foi estimada em 10 341 330 pessoas - das quais 4 901 509 homens e 5 439 821 mulheres - valor que representa uma diminuição da população residente de 33 492 habitantes face ao ano anterior, correspondendo a uma taxa de crescimento efetivo de -0,32%. 

* As famílias portuguesas não  aguentam muitos filhos face à  situação económica do país, não há  estímulos que justifiquem mais viagens de sucesso dos espermatozóides rumo ao óvulo.

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