18/06/2016

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  "OJE"
Portugueses criam 114 empresas por dia

A constituição de empresas voltou a aumentar em maio, depois de três meses de descidas homólogas. De acordo com o “Observatório de Negócios, Insolvências, Créditos Vencidos e Constituições”, da Ignios, foram constituídas 5% mais empresas que em igual período do ano passado.

Nos últimos meses o volume de empresas constituídas tinha diminuído em termos homólogos, exceto em fevereiro que tinha subido ligeiramente (3%).

Nos primeiros cinco meses de 2016, foram criadas 17 138 novas empresas, menos 4,7% face ao período homólogo. Foram criadas cerca de 114 empresas por dia.No mesmo período, as insolvências totalizaram 3 577 empresas.

O mês de janeiro continua a ser o mais dinâmico do setor, registando-se uma ligeira quebra ao longo dos primeiros cinco meses.

O Observatório de Negócios, Insolvências, Créditos Vencidos e Constituições apura as constituições e insolvências segmentando-as por setores de atividade.

O aumento setorial mais expressivo na criação de empresas foi observado na Hotelaria & Restauração, refletindo o impacto do aumento de exportações de serviços turísticos. Este setor, com 2 202 novas empresas nascidas até maio de 2016, registou um crescimento de 4,6% face ao período homólogo, continuando a liderar neste indicador. O Comércio a Retalho foi o segundo setor mais dinâmico (1 945 empresas criadas).

“Confirma-se que o dinamismo verificado em 2016 tem o seu foco na criação de empresas nos setores relacionados com o turismo e serviços relacionados. A este crescimento não será alheio o facto de estarmos a iniciar o período estival onde se observa regularmente um crescimento na procura dos serviços prestados por estes setores”, assinala António Monteiro, CEO da Ignios.

De acordo com o Observatório da Ignios, até maio de 2016 a criação de empresas desacelerou 4,7% face ao mesmo período do ano passado, com menos 839 empresas constituídas. Nestes primeiros cinco meses do ano, tiveram quebras significativas os setores de Comércio de Veículos (-8,1%), o Comércio a Retalho (-15,1%) e o Comércio por Grosso (-6,3%). Em sentido contrário, destacam-se o Alojamento e Restauração (+4,6%).

Na segmentação geográfica, destacam-se os distritos de Faro (com 932 empresas criadas, aumentou o peso de 4,9% para 5,4%), Setúbal (com 1.087 empresas criadas aumentando o peso de 6,2% para 6,3%), Viana do Castelo (345 empresas criadas e o peso cresceu de 1,8% para 2%). Também Lisboa, que continua a ser o distrito mais representativo (5 230 empresas criadas), aumentou o seu peso no total nacional de 29,2% para 30,5%. O Porto, que é o segundo mais expressivo no total (3 097 empresas criadas), reduziu o seu peso de 18,6% para 18,1%.

A Ignios apurou ainda que em maio de 2016 houve um aumento acumulado das insolvências, com 3 577 empresas insolventes, mais 484 em relação ao período homólogo de 2015 (+15.6%). No acumulado de maio verificou-se uma quebra entre 2014 e 2015, mas com uma forte inflexão para crescimento em 2016.

O aumento mais significativo de insolvências foi no Porto, ao passarem de 609 para 786 empresas, mais 177 do que em 2015 (+29,1%). Aumentaram também em Lisboa para 895 (+173), Setúbal com 238 (+43), Santarém para 143 (+44), Viseu para 103 (+34), Madeira para 89 (+16), Beja para 22 (+14) e Coimbra aumentou para 136 (+11).

Braga, Faro, Viana do Castelo e Horta registaram descidas nas insolvências face ao mesmo período do ano passado. Em termos setoriais, os serviços dependentes da procura interna e de consequentes importações continuaram a ser os mais afetados, concentrando a maioria das insolvências e do seu aumento. Destaque para o Comércio a Retalho (+15,9%) e por Grosso (+11,6%), e para a Construção (+15,6%).

* Não esquecer que inúmeras destas empresas são lavandarias....de dinheiro.

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