16/06/2016

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HOJE NO
"RECORD"

Rússia assegura que cumpre 
critérios antidopagem da IAAF

O ministro dos Desportos da Rússia afirmou, esta quinta-feira, que as autoridades do país têm cumprido as medidas de antidopagem exigidas pela Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF) e afirmou-se disponível para colaborar com a Agência Mundial Antidopagem (AMA).
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Em causa está um relatório divulgado quarta-feira pela Agência Mundial Antidopagem (AMA) sobre o trabalho recentemente desenvolvido na Rússia, referindo situações de ameaças, intimidação dos serviços secretos e grandes dificuldades para realizar controlos no país.

"Temos cumprido todos os critérios exigidos pelos organismos internacionais. Todos os nossos atletas estão sob controlo", referiu o ministro Vitaly Mutko à agência de notícias Interfax.

O relatório da AMA foi tornado público dois dias antes de uma decisiva reunião da IAAF, em Viena, em que estará sobre a mesa o possível levantamento da suspensão internacional da federação russa da modalidade, ainda a tempo de participação nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro (5 a 21 agosto).

"A Rússia está pronta a permitir o acesso aos agentes responsáveis pelos controlos desde que o solicitem antecipadamente", refere ainda Vitaly Mutko, acrescentando que se for necessário uma ajuda do Estado só têm de a solicitar.

O relatório da AMA refere que "agentes armados do FSB (serviços secretos russos) ameaçaram expulsar do país controladores" e cita ainda casos de extrema dificuldade em se chegar a atletas residentes em cidades de difícil acesso.

O acesso a essas cidades foi pedido em fevereiro e só em maio ele foi garantido pela agência antidopagem russa (RUSADA), sem que, no entanto, tenham sido fornecidos documentos pelo Ministério dos Desportos.

Sem documentação, os controladores que se 'aventuraram' a ir lá foram "vítimas de intimidação", acusa a AMA, pelo que foi muito complicado avaliar o progresso da Rússia no combate ao doping.

Foram feitos 2.947 controlos entre 18 de novembro 2015 e 29 de maio de 2016, com 52 resultados anormais, dos quais 49 por meldonium, só que, no mesmo período, ficaram por fazer 736 controlos, um número considerado muito elevado pela AMA.

Entre outras situações, a AMA cita ainda os casos de amostras colhidas na Rússia e enviadas para laboratórios acreditados fora do país terem sido abertas pela alfândega russa.

* Entre a URSS e a Rússia de "putin" a diferença de procedimentos é nenhuma, os fins justificam, como outrora, os meios. Vitaly Mutko é tão mentiroso quanto o seu chefe.

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