20/06/2016

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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"

Brexit: 
Donald Tusk alerta para risco 
de desintegração da UE

"O melhor comentário, apesar de velho e banal, é mesmo 'Unidos venceremos, divididos cairemos'", avisou o presidente do Conselho Europeu em Lisboa.

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, apelou aos britânicos para que fiquem na União Europeia (UE), advertindo que uma vitória do denominado 'Brexit' pode ser o primeiro passo da desintegração europeia.
"Quero aqui apelar aos britânicos, estou certo de que em nome de todos os europeus: fiquem connosco", disse Tusk esta segunda-feira, 20 de Junho, numa conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro português, António Costa, quando faltam três dias para o referendo sobre a permanência do Reino Unido na UE.

O presidente do Conselho Europeu admitiu o "tom dramático" do seu apelo, justificando-o com o medo que lhe suscitam as consequências políticas imprevisíveis de um eventual resultado a favor da saída.

"A maior ameaça é o que não sabemos sobre possíveis consequências de um 'Brexit' e não tenho dúvidas de que as consequências políticas e geopolíticas são completamente imprevisíveis e isso é sempre muito perigoso", afirmou.

Donald Tusk disse ter "a certeza" de que os inimigos da Europa vão "abrir uma garrafa de champanhe" se o resultado for pelo Brexit e sublinhou que o seu "maior medo" é que ele "seja um encorajamento para outros eurocépticos" e "algo como um primeiro passo de todo um processo de desintegração".

"O melhor comentário, apesar de velho e banal, é mesmo 'Unidos venceremos, divididos cairemos'", concluiu Tusk.

Donald Tusk, em visita de trabalho a Lisboa, reuniu-se com o primeiro-ministro português, com quem almoça, dirigindo-se depois para o Palácio de Belém, onde é recebido pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

* A verdade é que nos últimos dez anos estamos a assistir a uma ditadura de dois ou três países europeus sobre todos os outros. A verdade é que os países submissos são uma espécie de penico onde os outros mijam e em troca recebem água potável. A verdade é que a UE tem um comportamento vergonhoso com os refugiados, o acordo com a  Turquia é um vómito. A verdade é que o Brexit é uma rara confrontação política a furar a blindagem financeira dos donos do  dinheiro. Se a Inglaterra saír, não acreditamos que seja possível, talvez outros países se libertem das grilhetas económicas dos burocratas e ditadores europeus, não estamos preocupados.

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