08/06/2016

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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Bolsa nacional no vermelho 
penalizada pelo BCP e Nos

A praça lisboeta encerrou a sessão terreno negativo pela primeira vez em três dias. O BCP e a Nos foram as cotadas que mais penalizaram. Entre as restantes praças europeias, o sentimento é também de perdas.

Pela primeira vez esta semana, a bolsa de Lisboa encerrou em terreno negativo. O PSI-20 encerrou a cair 0,65% para 4.825,88 pontos, com a maioria das empresas em queda: 12 terminaram o dia a desvalorizar e seis em alta. Entre as restantes praças europeias, o sentimento negativo é também dominante, com o sector bancário a ser o que mais pressiona.
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Esta evolução das acções europeias tem lugar depois de o Banco Mundial ter revisto em baixa as projecções de crescimento global em 2016. O Banco Mundial estima que o crescimento global este ano seja de 2,4%, uma percentagem inferior aos 2,9% projectados no seu anterior relatório semestral. "O crescimento económico é o principal motor da redução da pobreza e, por isso, estamos muito preocupados por o crescimento estar a diminuir de forma aguda nos mercados emergentes exportadores de matérias-primas devido aos baixos preços", escreve o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, no relatório divulgado esta terça-feira.

Michael Hewson, analista de mercado na CMC Markets, em Londres, em declarações à Bloomberg, apontou que "os mercados estão, no geral, a lutar para encontrarem uma direcção numa altura em que os dados económicos não são maus mas também não são fantásticos".

A marcar o dia nos mercados está também o facto de o Banco Central Europeu (BCE) ter já dado inicio ao programa de compra de dívida de empresas anunciado em Março. E começou pelo sector das "utilities" e das telecomunicações.

Por cá, destaque para as acções do BCP e da Nos. As acções do banco liderado por Nuno Amado encerraram a cair 8,24% para 2,34 cêntimos. Durante esta quarta-feira, os títulos chegaram a valorizar 7,84% para 2,75 cêntimos.

Ainda no sector financeiro, o BPI fechou a sessão a subir 0,17% para 1,153 euros.

A Nos recuou 1% para 6,333 euros.

A retalhista Jerónimo Martins terminou o dia a perder 0,68% para 14,515 euros. A Sonae desceu 0,44% para 91,3 cêntimos.

No sector energético, não se verificou uma tendência definida no fecho da sessão. A Galp Energia encerrou a subir 1,09% para 12,04 euros, num dia em que os preços do petróleo estão a subir nos mercados internacionais. O Brent do Mar do Norte, que serve de referência para as importações europeias, sobe 1,21% para 52,06 dólares por barril.

No verde fechou também a EDP, que somou 0,67% para 3,015 euros. Por outro lado, a EDP Renováveis desceu 0,57% para 6,94 euros. A REN cedeu 0,15% para 2,636 euros.

No sector da pasta e do papel, a Semapa subiu 0,80% para 10,75 euros. A Navigator apreciou 0,48% para 2,906 euros. A Altri, por outro lado, desceu 0,62% para3,207 euros.

*  Uma praça financeira que quando as grandes bolsas se constipam a lusitana agarra uma peneumonia.

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