18/05/2016

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HOJE NO  
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
PSD quer que executivo se preocupe
. "mais em governar"

O PSD manifestou, esta quarta-feira, "satisfação" pela ausência de sanções a Portugal pela Comissão Europeia, desejando que "os portugueses não sejam obrigados a pagar a irresponsabilidade" deste executivo", que se deve "preocupar mais em Governar e menos em sobreviver".

"O PSD olha com satisfação para a circunstância de não ter sido aplicada nenhuma sanção a Portugal, que considerávamos que era absolutamente desadequado e injusto", disse o líder da bancada parlamentar do PSD, Luís Montenegro, à entrada para uma reunião com a Confederação Nacional do Turismo, quando questionado sobre as decisões hoje conhecidas da Comissão Europeia em relação ao défice.
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Sobre o primeiro-ministro ter recusado já hoje que sejam necessárias "medidas adicionais" para cumprir o défice abaixo dos 3%, Luís Montenegro destacou que António Costa "já disse tudo e o seu contrário sobre as medidas adicionais" e por isso não valoriza aquilo que tem sido as suas intervenções.

"Aquilo que eu desejo é que os portugueses não sejam obrigados a pagar a irresponsabilidade das decisões deste Governo com mais impostos, com uma carga de restrição maior", apelou, considerando que "está mais do que na altura deste Governo afirmar a sua política, de se preocupar mais em Governar e menos em sobreviver".

Em Bruxelas, o comissário europeu para os Assuntos Económicos, o francês Pierre Moscovici, anunciou que a Comissão Europeia decidiu propor "mais um ano, e apenas mais um ano" a Portugal para colocar o seu défice abaixo dos 3% do Produto Interno Bruto (PIB).

O colégio de comissários manteve o país sob Procedimento por Défice Excessivo (PDE), recomendando ao Governo que avance com uma correção duradoura do défice até 2017 e prometendo voltar a olhar para a situação do país em julho.

O líder da bancada parlamentar social-democrata apelidou ainda o atual de Governo de "felizardo" por ter herdado um défice de 3%, desejando ao país e aos portugueses que o executivo "possa ser diligente no sentido de manter uma trajetória positiva de se ter em Portugal reformas estruturais que sustentam o crescimento da economia e que sustentam a consolidação das contas públicas".

"Os portugueses não querem e não merecem pagar com mais impostos, mais dívida e mais despesa excessiva eventuais erros de governação. Isso deve ser evitado e é esse o desafio que está diante deste Governo, com as dúvidas que são suscitadas, mas nós não desejamos o mal os portugueses. Nós queremos mesmo que o país seja capaz de cumprir essas metas, apesar das dúvidas que temos", insistiu.

Para Luís Montenegro, "a perspetiva do primeiro-ministro tem sido tão errática" que não "parece ter muita credibilidade", considerando que é preciso "aguardar pela execução do orçamento".
"Já sabemos que o senhor primeiro-ministro se vai adaptar às circunstâncias que tem em cada momento. É assim que ele tem feito, mais ou menos como nas 35 horas [de trabalho semanal]", atirou ainda.

O líder do PSD destacou também o "esforço notável para diminuir o défice" que os portugueses fizeram nos últimos anos, um "esforço coletivo que não teria nenhuma justificação de ser suscetível da aplicação de qualquer sanção que pudesse discriminar negativamente o nosso país".

"Nós entendemos que está na mãos do Governo poder responder aquilo que é a perspetiva de concretização dos objetivos e das metas que estão traçados", responsabilizou, evidenciando as várias dúvidas, incertezas e riscos acerca da estratégia do Governo que tem sido anotadas por diferentes entidades.

* Não entendemos a dialética. Este governo, não votámos nele, confronta Bruxelas várias vezes, recupera na medida do possível  poder de compra, dá mais igualdade a cidadãos, baixa impostos sobre rendimento, aguenta com as distorções do anterior governo, que se agachou tanto com a troika que se viram os fundilhos manchados da trampa que fez.

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