01/05/2016

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 ESTA SEMANA NA   
"SÁBADO"
A história, as manifestações e 
os elogios ao actual Governo

Há 130 anos, cerca de 500 mil trabalhadores marcharam pelas ruas de Chicago, exigindo uma redução do horário de trabalho e por melhores condições de trabalho. A brutalidade policial nos protestos feriu e matou dezenas de pessoas. Ainda neste dia, cinco sindicalistas foram condenados à morte e três a pena de prisão perpétua - tudo isto originou o Dia do Trabalhador. 


A manifestação regressou às ruas de Chicago, quatro dias depois e a 5 de Maio a tragédia repetiu-se: oito líderes presos, quatro trabalhadores executados e três condenados a prisão perpétua.Em 1919, o Senado francês decretou o 1º de Maio como o Dia Internacional dos Trabalhadores e aceita a redução para as oito horas de trabalho.

O 1º de Maio em Portugal, celebrava-se com pequenos piqueniques de confraternização e pequenos discursos e só a partir de Maio de 1974 (após o 25 de Abril) é que se voltou a comemorar livremente este feriado. Hoje em dia serve para os trabalhadores alertarem o Governo e outras entidades sobre os seus direitos, salários e condições. 

A CGTP e a UGT são as entidades que assinalam este domingo o Dia do Trabalhador em Portugal. Arménio Carlos, secretário-geral da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN) confessou à agência Lusa que que para este ano "a expectativa é boa, pois comemora-se o 1.º de Maio num novo quadro político, na sequência da luta da população que levou à queda do Governo PSD/CDS-PP, e que se traduziu na reversão dos cortes e na reposição de direitos." A CGTP vai marcar presença em várias localidades do país com as habituais manifestações e actividades preparadas.

Já o líder da UGT (União Geral de Trabalhadores), reforçou à Lusa a importância deste dia, afirmando que "o movimento sindical tem de saber o que pedir e quando pedir". Carlos Silva aproveitou também para deixar alguns elogios ao Governo, nomeadamente sobre a "paz social" que considera conseguir manter e ainda sobre "a reversão de um conjunto de medidas que de uma forma muito liberal foram impostas nos últimos anos." O líder vai estar durante o este dia em Viseu acompanhado pelo comício sindical. 

* É essencial a dignificação do 1º de Maio, é uma questão de cultura.

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