04/05/2016

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HOJE NO
 "JORNAL DE NEGÓCIOS"
Judiciária faz buscas por causa 
de ataques informáticos
 contra sites do Estado

A Polícia Judiciária está a realizar um raide no âmbito da investigação de ataques informáticos a vários sites de organismos públicos. 
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A Polícia Judiciária (PJ) e o Ministério Público (MP) estão a efectuar buscas relacionadas com ataques informáticos em várias zonas do país. O raide foi já confirmado, em comunicado, pela Procuradoria-Geral da República que explicita que estão em curso 16 buscas domiciliárias.

Isto é feito no âmbito de um inquérito onde estão a ser investigados diversos ataques contra sistemas informáticos do Estado, nomeadamente o ocorrido a 25 de Abril último. O Público noticiou que nesse dia houve ataques aos sites do Supremo Tribunal de Justiça e do Citius, a aplicação informática dos tribunais, provocando a inacessibilidade destas páginas durante uma hora. O Supremo e o Ministério da Justiça garantiram, então, que os "hackers" não acederam a qualquer tipo de informação.

As buscas decorrem em vários locais do país.
No comunicado, a PGR explica estar em causa "crimes de acesso ilegítimo, de dano informático, de sabotagem informática e ainda de associação criminosa".

De acordo com uma fonte da PJ, citada pela Lusa, as buscas tiveram início às 07:30 em várias zonas do país, incluindo Lisboa e zona norte.

Em Fevereiro de 2015 a PJ deteve oito pessoas, entre os 17 e os 40 anos, por pirataria informática.

Os detidos eram suspeitos da prática dos crimes de sabotagem informática, dano informático, acesso ilegítimo e acesso indevido a diversos sistemas informáticos do Estado e também de empresas do sector privado.

As detenções ocorreram após a Directoria de Lisboa da PJ, em articulação com o Gabinete do Cibercrime da Procuradoria-Geral da República (PGR), desenvolver em vários pontos do território nacional uma vasta operação de combate à criminalidade informática e tecnológica, designadamente à actividade ilícita conhecida como "hacktivismo". Fonte policial revelou, na altura, à Lusa que uma das buscas incidiu sobre o Tugaleaks, que se apresenta como um órgão de comunicação social inspirado no Wikileaks.

Os detidos residiam nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto e pertenciam ao Anonymous Portugal e a outros grupos associados. Segundo a PJ, a investigação iniciou-se em Abril de 2014.

* Quem ataca sites do Estado prepara-se para molestar cidadãos.


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