28/04/2016

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HOJE NO  
"DIÁRIO ECONÓMICO"

Accionistas do BPI chumbam 
continuidade de Ulrich à frente do banco

A Assembleia Geral do BPI, que terminou cerca das 12h30, chumbou um ponto da ordem de trabalhos que previa o aumento da idade dos administradores para além dos 62 anos, o que inviabiliza a recondução do actual presidente executivo, Fernando Ulrich.
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Para que Ulrich pudesse ser reeleito teria de ser eliminada a regra relativa à idade, pretensão que reuniu 63,68% dos votos expressos, abaixo dos 66,67% necessários para que a medida passasse.

Questionada sobre se a Santoro, segundo maior accionista do BPI, votou contra a eliminação desta cláusula dos estatutos, fonte próxima da empresária angolana Isabel dos Santos não confirmou. Contudo, o Económico sabe que a Santoro foi mesmo a principal responsável pelo chumbo.

Na reunião magna do banco, insuficientes foram também os 63,62% dos votos a favor da possibilidade de aumentar o capital do banco até 500 milhões de euros, apenas por decisão da administração. Também neste caso seriam necessários 66,67% dos votos.

A maioria de dois terços, necessária para aprovar a alteração da idade dos administradores não foi alcançada. Na AG, "estiveram presentes ou representados 229 accionistas, detentores de acções correspondentes a 81,70% do capital social", informa o BPI no comunicado entretanto divulgado no site da CMVM. Neste é ainda indicado que a AG "aprovou, por 99,99% dos votos expressos, um voto de confiança e louvor ao Conselho de Administração e ao Conselho Fiscal, extensivo a todos e a cada um dos membros dos órgãos sociais pela forma como exerceram as respectivas funções durante o exercício de 2015".

Esta decisão surge no dia em que o CEO do Caixabank, instituição que é o maior accionista do BPI, afirmou a sua confiança na administração. Em declarações durante a apresentação dos resultados da entidade espanhola, Gonzalo Gortázar mostrou um claro sinal de apoio à equipa de Ulrich.

No início de Abril, em declarações aos jornalistas, à saída de um evento promovido pela Associação Cristã de Gestores e Empresários (ACEGE), o presidente do conselho de administração do BPI tinha afirmado que "Fernando Ulrich é o líder para o futuro do BPI". "Fernando Ulrich é um homem notável à frente de um banco notável", defendeu então Santos Silva.

* Foi a ganância da administração do BPI, Ulrich incluído, que depositou grande parte do banco nas mãos de uma das maiores facínoras africanas fruto de tradição familiar.
A vingança é arma dos mais reles, no entanto a OPA pode ditar outras regras.

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