18/04/2016

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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Associação quer estudantes
 a doar espermatozoides 

A Associação Portuguesa de Fertilidade vai lançar uma campanha para doação de óvulos e espermatozoides junto das universidades e associação de estudantes, por considerar que aqui existe "um elevado número de pessoas com potencial para se tornarem dadores".

A campanha, que começará brevemente, consistirá na afixação de cartazes e na distribuição de folhetos explicativos do processo, contando-se atualmente 104 faculdades e institutos politécnicos que já aceitaram divulgar a campanha juntos dos seus alunos.
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Para Cláudia Vieira, presidente da Associação Portuguesa de Fertilidade, "há muitos casais que precisam da doação de gâmetas (óvulos e/ou espermatozoides) para conseguirem concretizar o sonho de serem pais".
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"Estes casais apenas podem contar com o altruísmo de outras pessoas, que aceitam doar os seus gâmetas", disse.
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"É um primeiro passo para abordar esta questão, que ainda levanta tantas dúvidas à sociedade em geral. O que queremos é que as pessoas percebam que este é um gesto altruísta, que ajudará um casal a concretizar o sonho de uma vida", acrescentou.
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A falta de dadores é um problema há muito reconhecido pela Associação Portuguesa de Fertilidade. Em janeiro, a agência Lusa noticiou que o único banco público de gâmetas em Portugal não dispunha de sémen de dadores de raça negra.
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Os gâmetas deste banco são angariados através de dadores, que para tal recebem a compensação financeira definida por lei, e utilizados em casais que são seguidos no centro de Procriação Medicamente Assistida (PMA) do Centro Hospitalar do Porto.
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No entanto, o banco foi criado com o objetivo dos gâmetas armazenados serem disponibilizados, não só para os utentes desta unidade de saúde, mas sim para todas as instituições públicas que o solicitassem, o que ainda não acontece.
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Desde o seu início, o banco tem-se deparado com dificuldades na obtenção de dadores, sendo que estes têm de obedecer a um conjunto de critérios, além do seu material genético necessitar de um tempo de "quarentena" antes de ser disponibilizado.
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Até janeiro deste ano não tinha sido recolhida, armazenada ou disponibilizada qualquer amostra de dadores de raça negra, conforme explicou à agência Lusa a responsável do banco, Isabel Sousa Pereira.
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Por esta razão, sempre que o banco foi procurado por casais de raça negra - ainda assim poucos casos - não pode responder positivamente à solicitação, adiantou.

* Alguma coisa tem de mudar  nos procedimentos técnicos da APF a ideia de recorrer a estudantes universitários é excelente.


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