HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Drogas ilícitas
Cidadãos europeus gastam
24 mil milhões/ano
Os cidadãos europeus gastam, no mínimo, 24 mil milhões de euros por
ano em drogas ilícitas, segundo estimativa do relatório deste ano sobre
os mercados de estupefacientes na União Europeia, publicado hoje pelo
Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (OEDT) e pela
Europol. Em causa está um comércio que representa "uma das principais
actividades lucrativas da criminalidade organizada" em solo europeu.
.
O documento procede a uma profunda análise à situação do mercado,
evolução ao longo da cadeia de abastecimento, incluindo produção e
tráfico, comercialização, distribuição e consumo, mas também se debruça
sobre os custos dessa actividade no plano social e nos impactos
exercidos sobre empresas, instituições governamentais, vizinhanças,
famílias, indivíduos e meio ambiente.
O Comissário europeu responsável pela Migração, Assuntos Internos e
Cidadania, Dimitris Avramopoulos, explicou durante a apresentação do
documento: "Os criminosos envolvidos no negócio da droga conseguem muito
rapidamente tirar partido e prejudicar os fluxos globais de transporte,
mercadorias e pessoas, representando simultaneamente uma ameaça para a
saúde pública. Utilizam as novas tecnologias e a Internet, o crescimento
do comércio mundial e as infra-estruturas comerciais para movimentar
rapidamente os produtos ilícitos através das fronteiras internacionais.
Além disso, a instabilidade nas regiões vizinhas da UE poderá ter
profundas repercussões no mercado da droga na Europa. Este valioso
relatório aborda as ligações a outras actividades criminosas e a forma
como as receitas ilícitas do tráfico de droga podem financiar o tráfico
de migrantes e o terrorismo e comprometer os esforços internacionais de
desenvolvimento."
O director do OEDT, Alexis Goosdeel, acrescentou: "O mercado da droga
na UE é impulsionado por dois objectivos - lucro e poder. A compreensão
desta realidade, bem como das repercussões mais vastas dos mercados da
droga na sociedade, é crucial se quisermos reduzir os danos relacionados
com a droga. Essa compreensão é essencial para o desenvolvimento de
novas estratégias para combater o crime e proteger a saúde, a segurança e
a prosperidade dos nossos cidadãos."
Por fim, Rob Wainwright, director da Europol, disse: "Produção e
tráfico de drogas ilícitas continuam a representar um dos maiores e mais
inovadores mercados criminosos na Europa. Este mercado, que se está a
tornar cada vez mais complexo e interligado com outras formas de
criminalidade, e até mesmo com o terrorismo, representa uma importante
ameaça para a segurança interna da UE. Uma cooperação policial
transfronteiras concertada é fundamental para reduzir a dimensão e o
impacto desta ameaça; esse objectivo pode ser alcançado recorrendo às
capacidades operacionais únicas da Europol e de outros.
* O Crime compensa? Tão não!
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