21/03/2016

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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"

Manifesto anti-espanholização da banca
. junta 50 empresários e economistas

O manifesto anti-espanholização da banca, que deverá ser anunciado a 5 de Abril, conta já com 50 subscritores entre economistas e empresários, apurou o Económico. Estas categorias profissionais são as mais sensíveis ao facto de os bancos portugueses passarem a ser braços comerciais dos bancos espanhóis.

Na lista dos subscritores estão Manuel Pinto Barbosa e João Salgueiro, que se assumirão como porta-vozes do manifesto. Alexandre Patrício Gouveia é um dos promotores.

Manuel Pinto Barbosa, economista da Universidade Nova de Lisboa, foi 'chairman' da TAP e João Salgueiro foi presidente da Associação Portuguesa de Bancos e da Caixa Geral de Depósitos.
João Duque foi um dos economistas contactados para subscritor, soube o Económico, e diz que está a avaliar o manifesto.
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Este movimento vem dar expressão a uma preocupação crescente que surgiu desde que o Santander Totta comprou o Banif. Há a convicção de que o BCE, que tem a supervisão bancária no espaço europeu, quer bancos ibéricos fortes para evitar os défices de capital que têm afectado os bancos nacionais.

A venda do Novo Banco prevista para Julho e as negociações no BPI para a saída de Isabel dos Santos do capital e venda ao Caixabank, são os acontecimentos que alimentam esta preocupação.

A notícia do nascimento de um manifesto contra a espanholização da banca portuguesa foi revelada, este domingo, pelo comentador da SIC, Luís Marques Mendes. "Está a ser preparado um manifesto contra o domínio dos bancos espanhóis das instituições financeiras em Portugal", disse, acrescentando que Alexandre Patrício Gouveia, que é administrador do Corte Inglês e presidente da Fundação Batalha de Aljubarrota é um dos promotores da iniciativa.

A preocupação com o facto de os bancos portugueses serem todos comprados por espanhóis começou por um envolvimento político do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que no seu discurso de tomada de posse aflorou o tema. Naquilo que foi entendido como um apelo à oposição à espanholização da banca portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa disse esperar que o "sistema financeiro previna em vez de remediar e não crie ostracismos ou dependências contrárias ao interesse nacional, política a ensaiar novas fórmulas, exigência de respostas mais claras, mais rápidas e mais equitativas".

Segundo o "Expresso", o Presidente está concertado com o primeiro-ministro, António Costa e o com o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, para diversificar as fontes de capital accionista dos bancos. António Costa surge com um papel activo de exercício de uma magistratura de influência não oficial para que os accionistas espanhol e angolano do BPI dêem gás a um entendimento que passa pela saída de Isabel dos Santos do banco liderado pro Fernando Ulrich e em contrapartida abriu as portas à uma entrada da empresária angolana no capital do BCP, que o mercado antevê que poderá precisar de um aumento de capital a curto prazo.

O eventual domínio do sector por grupos espanhóis foi ainda motivo de um alerta do novo Presidente da República, na sua visita oficial a Espanha: "É importante haver uma participação significativa, o que é diferente de haver um exclusivo. É uma posição de fundo. Nenhuma economia deve ter uma posição exclusiva noutra economia".

* Estranha-se esta manifestação de portuguesismo súbito, quando se sabe  que muitos viviam satisfeitos até agora com o domínio da economia espanhola em Portugal. Quem deseja o "macho/religioso" J. Duque no movimento está apresentado.
"Heroses do mar" é o que eles são.

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